Acompanhamos aqui os desenvolvimentos sobre a propagação da pandemia da Covid-19 à escala internacional. Em Portugal, a prorrogação do estado de emergência aprovada esta quinta-feira pelo Parlamento estará em vigor até dia 17 de abril. O país regista 209 mortos e 9.034 casos confirmados. A variação do número de casos entre quarta-feira e quinta-feira foi de 9,5 por cento. Nesta altura há 1042 doentes internados, dos quais 240 em unidades de cuidados intensivos.
A RTP pediu a profissionais de saúde que enviassem fotografias nos seus locais de trabalho.
São estes os rostos que estão a combater a pandemia em Portugal.
O vice-presidente do PSD André Coelho Lima considerou esta tarde que a libertação de reclusos como medida para conter a propagação da covid-19 é "difícil de compreender", mas assinalou que as limitações à circulação têm o apoio do partido.
"No que concerne às limitações de circulação e à supressão de direitos em geral têm, de facto, o nosso apoio. Esta, a medida da libertação dos prisioneiros, é difícil de compreender, e aquela específica de se excecionar políticos, juízes e agentes de segurança é realmente difícil de compreender tendo em conta o período excecional que vivemos e que exige de todos nós particular sentido de responsabilidade", disse.
O Presidente da República decretou esta tarde a renovação do estado de emergência em Portugal, por novo período de 15 dias, até 17 de abril, para permitir medidas de contenção da covid-19.
Depois de escutado o discurso ao país do chefe de Estado, o comentador da Antena 1 Raul Vaz considera que Marcelo Rebelo de Sousa foi mobilizador.
Os residentes da cidade de Wuhan, na China, podem finalmente ir aos parques e visitar as famílias. As barreiras de proteção começaram a ser levantadas no epicentro da pandemia, mas o controlo mantêm-se.
Toda a gente é obrigada a usar uma aplicação nos telefones onde cada pessoa é localizada e onde são registados sintomas como a temperatura e relacionadas as cadeias de transmissão.
A maioria das cidadãos começou a regressar ao trabalho.
O presidente do Parlamento Europeu defendeu respostas comuns da União a crise gerada pela pandemia. David Sassoli encara a forma como Portugal está a enfrentar a crise como um modelo de solidariedade.
Silas doou 7 mil máscaras de proteção ao hospital de Almada: o antigo treinador do Sporting disse estar a receber ajuda que continua a encaminhar.
A medida abrange mais de 2400 trabalhadores e surge após uma quebra de 96% nas operações em terra na assistência aos passageiros. Entretanto, uma parte das pequenas empresas não conseguiram pagar salários em março.
Especialistas em todo o mundo dividem-se sobre o uso generalizado das máscaras. Nos países asiáticos a medida foi adotada sem hesitação e em Portugal há profissionais de saúde que admitem que este pode ser um meio eficaz. O problema é que faltam máscaras no país.
A Cruz Vermelha tem capacidade para fazer 200 testes por dia de rastreio à Covid-19. A instituição quer aumentar a capacidade e está a colaborar no rastreio aos idosos nos lares de Lisboa.
Um em cada oito infetados com o novo coronavírus em Portugal é profissional de saúde. A grande maioria são auxiliares e técnicos de diagnóstico que trabalham nos hospitais. O sindicato quer saber os números para perceber o que está a falhar.
A presidente da Comissão Europeia reconheceu que a União falhou no apoio à Itália no início da pandemia. Mas Ursula von der Leyen disse que a solidariedade entre os 27 já se está a fazer sentir e propôs a criação de um fundo de 100 mil milhões de euros para acautelar os efeitos económicos provocados pela covid-19.
No total 1355 pessoas morreram nestas 24 horas devido a covid-19. Nos lares foram agora contabilizadas as mortes de 884 idosos.
Dez milhões de pessoas ficaram sem trabalho nas últimas duas semanas. Além disso, a resposta médica está a falhar, com os governadores a queixarem-se de que os hospitais não têm equipamento de proteção e ventiladores.
Espanha, Itália e França ultrapassaram o número de mortos oficialmente registados na China - isto apesar de a China ter muito mais população.
O Reino Unido está prestes a entrar para o grupo dos países mais afetados do mundo, com o número de mortos e contágios a duplicarem a cada três dias.
A Espanha voltou a ser o país onde mais se morre em todo o mundo com covid-19. Nas últimas 24 horas faleceram 950 pessoas com a doença, o que significa que proporcionalmente a Espanha está atingir valores mais graves do que os piores registados em Itália.
O primeiro-ministro quer libertar presos para prevenir a propagação do novo coronavírus nas cadeias. António Costa considera tratar-se de uma questão de saúde pública.
O primeiro-ministro foi ao parlamento considerar imprescindível prolongar o estado de emergência. Rui Rio disse que se a banca tiver lucros avultados, este ano e no próximo, será uma vergonha.
Nas últimas 24 horas houve um abrandamento nas mortes e nas infeções registadas em Portugal. De ontem para hoje morreram 22 pessoas com a Covid-19. O número total de mortos ultrapassou a barreira das duas centenas e chegou aos 209. O número de infeções registadas também abrandou. Nas últimas 24 horas, houve 783 novos positivos, uma subida de cerca de 10 por cento, menos do que nos dois dias anteriores.
O Governo já anunciou novas medidas relacionadas com o novo período do estado de emergência. As deslocações para fora do concelho de residência estão proibidas durante os cinco dias do período da Páscoa. Os ajuntamentos passam a estar limitados a cinco pessoas.
Os pedidos de subsídio de desemprego disparam nos Estados Unidos e fixaram um novo recorde de 6,6 milhões na semana passada, devido ao encerramento de numerosas atividades em resposta à pandemia de covid-19.
Os Estados Unidos são o país com mais infetados com o novo coronavírus no mundo.
Inquilinos e proprietários vão poder recorrer a apoios do Governo para fazer face a dificuldades provocadas pela pandemia.
A proposta do Governo foi apresentada e aprovada apenas com os votos do PS esta quinta feira no Parlamento.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde afirmou hoje que tudo indica que Portugal está a "ir num bom sentido", mas que é fundamental a população não esquecer que "vai sair lentamente" da pandemia.
"Parece que as coisas estão a ir no bom sentido, mas não podemos fazer de conta que não se passou nada, que o mundo volta a ser como era e decretar o fim da epidemia como se decreta um feriado no país", salientou hoje Henrique Barros.
O também presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), que falava à Lusa a propósito da declaração da Associação de Escolas de Saúde Pública da Região Europeia (ASPHER) sobre a covid-19, lembrou que é fundamental a população "não esquecer" os cuidados de higiene que tem vindo a adotar.
A companhia aérea British Airways vai colocar 28 mil funcionários em situação de desemprego parcial, devido à crise causada pela pandemia de covid-19, que paralisou o setor.
A Turquia anunciou esta quinta-feira que o número de vítimas mortais por infeção do novo coronavírus aumentou de 79 para os 356. É o maior aumento no país. O númer ode infetados também subiu exponencialmente. Quando antes existiam mais de dois mil casos confirmados, existem agora mais de 18 mil.
Os números foram avançados pelo ministro da Saúde turco e que os mesmos se devem ao elevado número de testes realizado.
A Universidade Johns Hopkins anunciou esta quinta-feira que a pandemia de covid-19 já provocou 50 mil vítimas mortais todo o mundo. O número de infetados está a aproximar-se do primeiro milhão.
Os Estados Unidos têm o maior número de casos, seguidos por Itália e Espanha.
A Proteção Civil italiana anunciou que que de ontem para hoje foram registadas mais 760 mortes em Itália. O país transalpino regista até agora 13.915 mortes.
Já o número de novas infeções parece ter estabilizado. Foram registados mais 4668 casos, em contraste com os 4782 de ontem. A Itália tem agora 115 mil casos no país.
Esta quinta-feira foi o quarto dia consecutivo em que o número de novos casos permaneceu estável, parecendo confirmar as previsões do governo italiano de que a epidimia está a atingir o planalto.
Em Leiria, foi montado um centro de triagem para a covid-19. Tem capacidade para 100 testes por dia.
Abriu portas esta tarde de quinta-feira, como conta o jornalista da Antena 1 Joaquim Reis.
Uma medida saída do Conselho de Ministros desta quinta-feira. Depois de o prolongamento do estado de emergência ter sido aprovado na Assembleia da República, ficou a saber-se que durante o período de Páscoa não vão ser permitidas deslocações para fora do concelho de residência, excepção feita para pessoas que forem trabalhar.
Também não vão ser permitidas mais de duas pessoas por veículo, com excepção para os veículos de transporte de famílias.
A covid-19 atingiu até hoje 205 Estados e territórios, mas segundo a página eletrónica da Organização Mundial da Saúde (OMS) existem mais de 15 países aparentemente livres do novo coronavírus ou onde os dados não estão disponíveis.
Alguns países do Pacífico Sul, como Samoa, Tonga, Tuvalu, Ilhas Salomão, Kiribati, Nauru, Palau, Vanuatu e outros, não apresentam, do que se sabe até ao momento, casos de infeção pelo novo coronavírus.
O isolamento geográfico destas ilhas no Pacífico Sul, combinado com restrições das viagens, pode ser uma explicação para estes locais não registarem ainda casos da covid-19.
A Comissão Europeia apresentou esta quinta-feira feira um plano, de 100 mil milhões de euros, de apoio aos trabalhadores e empresas em dificuldades.
A ideia é aligeirar os efeitos da recessão económica que se adivinha com a crise da pandemia e evitar despedimentos e empresas em "lay-off".
A comissão anunciou também medidas para apoiar os pescadores e os agricultores e quer reorientar os fundos de coesão para o combate de emergência.
A proposta de lei que permite aos inquilinos em dificuldades suspender o pagamento da renda durante o estado de emergência e mês subsequente foi aprovada no parlamento com o voto favorável do PS e abstenção das restantes bancadas.
As novas regras agora aprovadas no parlamento preveem, no caso das famílias, que possa haver lugar à suspensão do pagamento da renda nos meses em que vigore o estado de emergência e no mês subsequente caso se registe uma quebra superior a 20% dos rendimentos do agregado familiar face aos rendimentos do mês anterior ou do período homólogo do ano anterior.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, tem estado no Concelho de Leiria esta quinta-feira.
Elogiou as empresas e universidades da região pela forma como estão a adaptar-se à pandemia. Fez um balanço positivo do ensino à distância nas universidades.
Nas últimas 24 horas houve uma descida do número de novos casos e baixou o número de novas vítimas mortais.
Ontem morreram 22 pessoas de Covid-19, menos do que no dia anterior. Houve um aumento significativo do número de pessoas internadas.
O fundo, com um montante "por determinar", seria financiado pelos Estados-membros ou por um imposto próprio e teria uma duração temporal, de entre cinco e dez anos, explicou Le Maire.
A proposta, como tinha explicado numa entrevista ao Financial Times publicada na quarta-feira, permite ultrapassar as objeções de alguns países aos chamados coronabonds, a emissão de dívida europeia.
A Comissão Europeia pediu esta quinta-feira que o primeiro-ministro da Hungria, Victor Órban, que os poderes que foram aprovados sejam para usar durante a pandemia de covid-19 e que não haja a suspensão da democracia no país.
Estas declarações acontecem depois de na segunda-feira ter sido aprovado no parlamento que Victor Órban possa governar por decreto.
O Governo dos Açores decidiu esta quinta-feira fixar um cordão sanitário em todos os concelhos de São Miguel, para conter a disseminação da pandemia da covid-19.
Ficam interditadas, segundo Vasco Cordeiro, "as deslocações entre concelhos" a partir das 00h00 de sexta-feira e as 00h00 de dia 17 de abril.
"Estas medidas aqui anunciadas pretendem salvaguardar a saúde pública, concretamente na ilha de São Miguel, mas só surtirão efeito se todos nós as cumprirmos escrupulosamente".
O presidente russo anunciou esta quinta-feira que o isolamento obrigatório no país vai estender-se até ao dia 30 de abril, como medida para conter a disseminação do novo coronavírus.
O anúncio foi feito na televisão, depois de anunciado um isolamento parcial, pedindo aos cidadãos da capital, Moscovo, para ficarem em casa, exemplo seguido por muitas outras regiões.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) vai reavaliar as suas recomendações sobre o uso de máscaras para prevenir a contaminação com covid-19, disse hoje o presidente do grupo de especialistas.
Atualmente, a OMS considera que as máscaras só devem ser usadas pelas pessoas que já estão infetadas com covid-19 ou que cuidam dos doentes.
Também os Estados Unidos estão a ponderar mudar a sua posição, tornando obrigatório o uso de máscaras para conter a disseminação da covid-19, seguindo o exemplo de países asiáticos e europeus, admitiu o diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças.
Segundo o diário local Wolfsburger Allgemeine Zeitung, citado pelas agências internacionais, a investigação foi aberta após uma queixa fundamentada por informações facultadas por funcionários da equipa do lar que apontam para uma eventual negligência e uma "situação de higiene catastrófica".
Dezasseis bombeiros dos Sapadores de Braga acusaram positivo nos testes de despistagem da covid-19 e estão em casa em isolamento, sendo que a esmagadora maioria não apresenta "grandes sintomas", disse hoje o presidente da Câmara.
Em declarações à Lusa, Ricardo Rio referiu que o primeiro caso positivo foi confirmado no domingo, tendo logo os restantes bombeiros que integravam esse turno sido postos em quarentena.
Foram, entretanto, efetuados testes a todo o turno, tendo 16 bombeiros acusado positivo e sete negativo, havendo ainda dois casos inconclusivos.
"A esmagadora maioria dos que acusaram positivo não apresenta grandes sintomas", acrescentou Ricardo Rio.
Os infetados estiveram envolvidos no combate a um incêndio registado em 25 de março na ala de psiquiatria do Hospital de Braga, mas o autarca considera que não é possível associar uma situação à outra.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse hoje que nos próximos dias o mundo registará mais de um milhão de casos confirmados de covid-19 e 50.000 mortes.
"Este vírus, que nos era desconhecido há três meses, expôs as fraquezas e desigualdades nas nossas sociedades e sistemas de saúde, a nossa falta de preparação e as lacunas nas nossas cadeias e sistemas essenciais", afirmou o responsável pela OMS.
Tedros Ghebreyesus defendeu que os sistemas de saúde devem ser preparados para um maior número de casos.
O responsável reconheceu que são necessárias "soluções inovadoras" para comunidades que não dispõem de água limpa ou que vivem em condições onde é difícil manter a recomendada distância social.
A OMS, a UNICEF e a Federação Internacional da Cruz Vermelha estão a pedir aos países que ofereçam estações públicas gratuitas de higiene das mãos em áreas sem acesso a água e desinfetante, acrescentou.
"Já estamos a assistir aos efeitos económicos e sociais desta pandemia nos países desenvolvidos. Nas comunidades pobres esses efeitos podem ser ainda mais graves e duradouros", alertou Tedros.
A OMS apelou aos governos para reforçarem a resposta social, por forma a não faltar alimentação e outros bens às pessoas mais vulneráveis durante esta crise.
A OMS, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional uniram-se num pedido de alívio da dívida para os países em desenvolvimento, para permitir que adotem essas medidas, referiu.
A pandemia de covid-19 matou quase 48 mil pessoas em todo o mundo desde que a doença surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11:00, a partir de dados oficiais.
De acordo com a agência de notícias francesa, morreram 47.993 pessoas, foram diagnosticados mais de 944.030 casos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19.
Foram consideradas curadas pelo menos 182.700 pessoas.
Itália, que registou a primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro, é o país com o maior número de mortes, 13.155 para 110.574 casos e 16.847 pessoas foram consideradas curadas pelas autoridades.
Depois de Itália, os países mais afetados são Espanha com 10.003 mortes para 110.238 casos, os Estados Unidos com 5.137 mortes (216.721 casos), França com 4.032 mortes (56.989 casos) e China continental com 3.318 mortes (81.589 casos).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, registou um total de 81.589 casos (35 novos entre quarta e hoje), incluindo 3.318 mortes (seis novas) e 76.408 curados.
Também os Estados Unidos estão a ser bastante afetados pela pandemia tendo sido registadas oficialmente 216.721 infeções, 5.137 mortes e 8.672 curados.
Até às 19h00 de quarta-feira, a República Turca do Norte de Chipre (TRNC) anunciou as primeiras mortes relacionadas com o vírus.
A Europa totalizou até às 11h00 de hoje 34.574 mortes para 508.577 casos, os Estados Unidos e o Canadá 5.248 mortes (226.247 casos), Ásia 3.994 mortes (111.877 casos) e Médio Oriente 3.298 mortes (62.809 casos), América Latina e Caribe 615 mortes (22.157 casos), África 237 mortes (6.416 casos) e Oceânia 27 mortes (5.949 casos).
A AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, já que um grande número de países está agora a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.
O Irão confirmou até hoje mais de 50 mil contágios pelo novo coronavírus, sendo que 3.160 iranianos morreram desde que os primeiros casos de covid-19 começaram a ser diagnosticados no país, há seis semanas.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianush Yahanpur, informou que nas últimas 24 horas morreram 124 pessoas e confirmaram-se 2.875 novos contágios, totalizando 50.468 o número de pessoas infetadas pelo coronavirus responsável pela pandemia da covid-19.
O mesmo responsável assinalou que há quase quatro mil doentes que se encontram em estado considerado crítico mas acrescentou que 16 mil pessoas que estavam contagiadas superaram a doença.
O país está a produzir máscaras e fatos de proteção sanitários, ventiladores e testes de diagnóstico.
"A luta contra a pobreza é tão importante como a luta contra o coronavírus" disse Rohani, cujo governo admite levantar algumas das medidas para impulsionar a economia.
As limitações estão em vigor até ao dia 08 de abril, dia em que o país vai decidir ou não a manutenção de algumas medidas.
O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) criou um centro de quarentena para a covid-19, no assentamento do Lóvua, onde se encontram mais de 6.000 refugiados da República Democrática do Congo (RDCongo).
Segundo a chefe da Área de Relações Externas do ACNUR em Angola, Juliana Ghazi, apesar de não ter sido registado nenhum caso suspeito do novo coronavírus, como medida preventiva, foi criado um centro de quarentena e estão a ser formados trabalhadores da comunidade para a triagem de casos.
"Estamos a estabelecer ainda mais medidas para que se consiga evitar que a covid-19 chegue ao assentamento, a gente não tem nenhum caso registado ainda e esperamos que continue assim", acrescentou.
Juliana Ghazi, que falava hoje em declarações à agência Lusa, frisou que foram ampliadas as clínicas do campo do Lóvua, na província angolana da Lunda Norte, para a triagem de casos.
O ACNUR conta com apoio de parceiros, nomeadamente os Médicos do Mundo, para realizar formações para os trabalhadores da comunidade sobre a covid-19, relativamente à prevenção e processo de triagem para doenças respiratórias.
A complementar os esclarecimentos da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, o secretário de Estado, António Sales, garantiu que mesmo a população mais vulnerável, como migrantes ou refugiados, terão direito e acesso a um médico de família. “Não haverá ninguém sem médico de família”, asseverou.
O secretário de Estado da Saúde salientou que muitas indústrias portuguesas têm estado disponíveis para a produção dos materiais necessários, agradecendo essa capacidade de produção nacional das indústrias que se têm mobilizado.
Questionado sobre se o Estado está a aproveitar a capacidade dos hospitais privados, em concreto se estes estão apenas a receber doentes com seguro, António Sales refere que a capacidade dos privados está a ser gerida “de forma escalada”.
Muita da capacidade dos privados está já a ser aproveitada, mas o Serviço Nacional de Saúde tem sido competente na resposta à epidemia, diz António Sales.
“Estamos a aproveitar a capacidade pública do SNS, que se encontra felizmente robusto” e que tem apresentado condições de resposta a elevadas necessidades, frisou o secretário de Estado.
Graça Freitas reagiu a uma denúncia dos médicos da zona norte que afirmam que receberam uma indicação para dar alta aos doentes sem sintomas durante 14 dias e sem terem os dois testes negativos.
“Continuamos a considerar que o padrão de boas práticas é ter dois testes negativos”.
No entanto, “na ausência de dois testes é fundamental a condição clínica e recomendar que continuem a manter distanciamento social e isolamento”.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, há 1.124 profissionais de saúde infetados, 206 médicos, 382 enfermeiros.
Os restantes 636 são assistentes técnicos, assistentes operacionais ou técnicos de diagnóstico, por exemplo.
António Sales acrescentou ainda que na quarta-feira estavam sete médicos e um enfermeiro em cuidados intensivos.
Graça Freitas afirmou “que estamos a subir a curva” e “ainda estamos francamente em ascendência, não uma ascendência exponencial e abrupta”.
“Temos tido uma subida aplanada. Mas não sabemos quando vai ser o pico com certeza. O que dizem as pessoas que fazem as projeções matemáticas, é que quanto mais lenta for a nossa progressão, mais para a frente irá o pico”, acrescentou.
Segundo Graça Freitas, “esse pico poderá ser um planalto mais do que um pico”.
“Nós só saberemos que estivemos no pico quando começarmos a descer. E mesmo assim, não é nos primeiros dias de descida (…) Os dados relacionados com o pico têm de ser muito cautelosos”.
A diretora-geral da Saúde frisou que nesta altura, “o que interessa é saber o número de doentes que temos por semana. Para ter capacidade de os tratar da melhor forma possível”.
“Esse é o grande objetivo do serviço e do sistema de saúde. O objetivo é tratar bem todos os doentes”.
João Gouveia garante que todo o material comprado tem garantia e é analisada a hipótese de haver material para arranjo ou consumíveis para que seja “uma compra que sirva o país”.
Quanto às máscaras, o presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI) diz ter informação de alguns casos de falta de qualidade, “mas a maior parte das informações que tenho é que quando há material, o material cumpre as necessidades que são pedidas”. “Não há queixas em relação a esse material”, acrescenta.
João Gouveia respondia a perguntas sobre uma eventual falta de qualidade do material que chega aos hospitais.
A diretora-geral da Saúde esclareceu, na conferência de imprensa, quais são os critérios para os testes “que são bem claros”.
“Quem tem principal indicação para ser testado são os doentes suspeitos, obviamente, e depois na segunda linha os contactos próximos desses doentes, especialmente se estiverem, por exemplo, em lares”, explicou.
Questionado sobre a capacidade de testagem e proteção em Portugal, o secretário de Estado da Saúde revelou que sexta-feira à noite chegarão a Portugal 80 mil zaragatoas e estão encomendadas mais 400 mil zaragatoas que vão chegar faseadamente.
Vão chegar também 400 mil máscaras FFP2, três milhões de máscaras cirúrgicas e 400 mil testes.
Na noite de quarta-feira chegaram a Portugal 2,8 milhões de máscaras cirúrgicas e 116 mil máscaras FFP2.
Em concreto, sobre os testes, António Sales diz que foram efetuados, desde 1 de março até ao momento, cerca de 75 mil testes e dá o exemplo de 31 de março, em que foram efetuados “cerca de 6.355 testes”, reforçando que Portugal tem uma capacidade de testagem entre os 5 mil e os 6 mil testes.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI) participou na conferência de imprensa de hoje.
João Gouveia ouviu o secretário de Estado dizer que Portugal vai duplicar a capacidade de ventilação, com compras (900 ventiladores), empréstimos (140 ventiladores não invasivos) e ofertas (400 ventiladores invasivos).
João Gouveia diz que, de facto, “é necessário que a medicina intensiva consiga aumentar capacidade”, admitindo que já houve um aumento da capacidade, com mais profissionais. Quanto ao material, diz que se está a conseguir material, quer com aquisição, quer com arranjos em equipamentos.
Quanto às máscaras, o presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI) diz ter informação de alguns casos de falta de qualidade, “mas a maior parte das informações que tenho é que quando há material, o material cumpre as necessidades que são pedidas”.
João Gouveia respondia a perguntas sobre uma eventual falta de qualidade do material que chega aos hospitais.
António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, confirmou no início da conferência de imprensa os 9034 casos de Covid-19, mais 783 casos que ontem, o que representa uma subida de 9,5%.
Há 1042 casos em internamento, dos quais 240 em cuidados intensivos. Registo de 209 óbitos e 68 casos de recuperação, mais 25 que ontem.
De acordo com o governante, a taxa de letalidade global é de 2,3% e, acima dos 70 anos, esta taxa é de 9,2%.
Dos 9.034 doentes, 85,4% estão a ser acompanhados no domicílio, confirma António Sales.
“Numa altura em que se renova o estado de emergência importa manter a malha apertada, através da contenção social, crucial nos próximos dias”, salientou.
O governante explica que o Executivo está a robustecer os mecanismos de resposta do sistema de saúde.
“Sobre a testagem, estamos a articular a disponibilidade de meios de forma a que exista um equilíbrio entre locais com carência e locais com maior disponibilidade”, explicou.
Ainda esta quinta-feira serão distribuídas seis mil zaragatoas e estão encomendadas mais 400 mil zaragatoas, das quais 80 mil chegam na sexta-feira a Portugal. As restantes têm entrega prevista para as próximas semanas.
Na próxima semana chegam mais 200 mil testes a Portugal. “Todos os dias, os serviços partilhados do Ministério da Saúde estão a trabalhar para que sejam repostos os kits de testagem e de proteção individual”, garantiu.
Para além disso, existe também o esforço no sentido de reforçar a capacidade de ventilação, uma vez que as situações mais graves levam a internamento em cuidados intensivos, e muitos destes doentes precisam de ventiladores.
“Entre ofertas, compras e empréstimos, estaremos em condições de duplicar a nossa capacidade de ventilação”, sublinhou António Sales.
O secretário de Estado da Saúde confirma que foram oferecidos 400 ventiladores invasivos por diversas entidades, dos quais “muitos já chegaram aos hospitais” e outros vão chegar “muito em breve”.
“Recebemos 140 ventiladores não invasivos a título de empréstimo, a maioria já está distribuída por todo o país”, assinalou.
Destaque ainda para os 900 ventiladores foram adquiridos pela administração central, dos quais alguns já estão em Portugal. Chegam este fim de semana mais 144 ventiladores ao país.
Em relação ao dia de ontem são mais 22 mortos e mais 783 pessoas infetadas. A taxa de variação é de nove por cento.
Há1.042 pessoas hospitalizadas- um aumento de 40 por cento face ao dia de ontem - das quais 240 estão em Unidades de Cuidados Intensivos.
Dados por concelho de ocorrência. Quando os casos confirmados são inferiores a 3, por motivos de confidencialidade, os dados não são apresentados.
A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) defendeu hoje o aumento dos apoios governamentais às transportadoras africanas e do Médio Oriente, que podem perder 23 mil milhões de dólares devido à pandemia.
"A IATA fortaleceu o seu apelo para uma ação urgente dos governos em África e no Médio Oriente para fornecerem apoio financeiro às transportadoras, já que o último cenário para a potencial queda de receitas este ano aponta para perdas de 23 mil milhões de dólares [21 mil milhões de euros], sendo 19 mil milhões de dólares [17,3 mil milhões de euros] no Médio Oriente e 4 mil milhões de dólares [3,6 mil milhões de euros] em África", lê-se num comunicado hoje divulgado em Genebra.
"Isto traduz-se numa queda de receita para a indústria na ordem dos 32% para África e 39% para o Médio Oriente este ano, em comparação com o ano passado", acrescenta-se no texto, que indica que a África do Sul, a Nigéria, a Etiópia e o Quénia estão entre os países mais afetados.
As grandes perdas, no entanto, concentram-se nas companhias do Médio Oriente, com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos a serem os mais atingidos, com perdas de receitas a superarem os 10 mil milhões de dólares, cerca de 9,1 mil milhões de euros.
"Para minimizar os danos alargados que estas perdas representam para as economias, é vital que os governos aumentem os esforços de ajuda à indústria", lê-se no comunicado, que aponta, entre outros, o exemplo de Cabo Verde, que diferiu o pagamento do aluguer dos aviões, e de Angola, que está entre os países que "fizeram considerações positivas sobre apoio financeiro" às companhias aéreas.
"A indústria do transporte aéreo é um motor económico, representando 8,6 milhões de empregos em África e no Médio Oriente, vale 186 mil milhões de dólares [170 mil milhões de euros] do PIB e cada emprego criado nesta indústria apoia outros 24 na economia", disse o vice-presidente para a região, Muhammad Al Bakri, alertando que "ter companhias aéreas saudáveis será essencial para relançar a economia do Médio Oriente a nível global a seguir à crise".
O Presidente filipino, Rodrigo Duterte, pediu às autoridades de segurança que abatam qualquer pessoa que cause "distúrbios" em áreas mantidas em isolamento devido à pandemia do covid-19.
Com frequência, as autoridades filipinas minimizam as palavras do seu Presidente.
Quase metade dos 110 milhões de habitantes do arquipélago está confinada em suas casas e milhões de filipinos vivem em grande precariedade e encontram-se desempregados.
O chefe de polícia filipina, Archie Gamboa, disse hoje que a polícia não começaria a atirar nas pessoas que causassem distúrbios.
"O Presidente provavelmente enfatizou demais a aplicação da lei durante este período de crise", afirmou.
Horas antes das declarações de Duterte, na noite de quarta-feira, quase 20 pessoas que moram nas favelas de Manila foram detidas por organizarem uma manifestação contra o Governo, acusado de não fornecer ajuda alimentar aos pobres.
"Ordenei que a polícia, o exército e os responsáveis das vilas atirassem nas pessoas se houver um problema ou uma briga que coloque as suas vidas em risco", disse o Presidente.
"Em vez de causar problemas, enviarei você para o túmulo", declarou Duterte antes de explicar que, após duas semanas de confinamento, a epidemia continua a progredir.
As Filipinas registaram 2.311 casos do novo coronavírus, que matou 96 pessoas, mas como o país começou a aumentar a realização de testes, espera-se que o número de pessoas infetadas aumente ainda mais.
A Autoridade de Saúde dos Açores elevou hoje para 63 o número de casos positivos de covid-19 na região, com três novos infetados em São Miguel, dois na Terceira e um na Graciosa.
No comunicado diário, a Autoridade de Saúde Regional informa que, em São Miguel, foram diagnosticadas três mulheres de 23, 45 e 48 anos, "profissionais de saúde, que estiveram em contacto com um caso positivo".
Na ilha Terceira, um dos casos positivos é de uma mulher de 50 anos e o outro um homem de 25 anos, "na sequência de contacto com um caso positivo", de acordo com a Autoridade Regional de Saúde.
Na Graciosa, foi diagnosticada uma mulher de 58 anos "do mesmo agregado familiar dos dois casos reportados na quarta-feira" naquela ilha.
A Autoridade de Saúde dos Açores adianta ainda que "todos" estes novos casos "apresentam situação clínica estável e estão, de momento, no domicílio".
Estes casos estão a ser acompanhados pelas delegações de saúde concelhias, estando em curso os procedimentos definidos para caso confirmado e de vigilância de contactos próximos.
Até à data, foram detetados na região 63 casos positivos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, sendo 28 em São Miguel, 11 na ilha Terceira, 3 na Graciosa, 7 em São Jorge, 9 no Pico e 5 no Faial.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reconheceu a necessidade de o país "aumentar maciçamente" o número de testes de diagnóstico à Covid-19, perante críticas de que a capacidade do Reino Unido é inferior à de outros países.
"O que precisamos de fazer é aumentar maciçamente (...) os testes para que as pessoas possam saber se já tiveram ou não a doença, o chamado testes aos anticorpos, porque isso vai permitir que regressem ao trabalho confiantes de que não voltarão a ser infetadas ou ser contagiosas", disse, num vídeo publicado na rede social Twitter na quarta-feira à noite.
Boris Johnson está em isolamento na residência oficial, em Downing Street, depois de ter sido diagnosticado com a Covid-19 na passada sexta-feira, mas continua a trabalhar e a conduzir o trabalho do governo no combate à pandemia.
Nos últimos dias, têm aumentado de tom as críticas à falta de capacidade do governo para realizar mais testes, o que o governo atribuiu à falta de reagentes químicos e equipamento necessários.
De acordo com a atualização diária do Ministério da Saúde britânico, até quarta-feira foram testadas 152.979 pessoas no Reino Unido, das quais 29.474 foram diagnosticadas com covid-19, tendo 2.352 morrido.
O deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, foi o único a votar contra.
“Pior do que o vírus, é só mesmo o vírus do medo”, alerta Costa.
Agradeceu a várias entidades, entre profissionais de saúde a empresas que continuam a funcionar para manter o país.
António Costa diz que no dia 7 começa a ser analisado reinício ou não das aulas, dizendo que vai ser analisado o risco específico de alunos voltarem às escolas.
No dia 9 será comunicada a decisão sobre como vai continuar o ano letivo e diz que o lema vai ser “máximo de contenção, o mínimo de perturbação”.
O primeiro-ministro insiste que a contenção social e distanciamento são essenciais para controlar o vírus e que as pessoas não podem ir à terra nem ir à segunda habitação. Nem os emigrantes devem voltar este ano a Portugal.
Tudo o que se fez até agora pode ser um “esforço comprometido” se nada mais for feito, diz o PM.
António Costa diz que é muito cedo para “qualquer um de nós ver a luz ao fundo do túnel”.
“É o momento de prosseguir com determinação e disciplina”, argumenta Costa no Parlamento.
António Costa diz que houve “notável disciplina e consciência” dos portugueses. Houve 22 violações de confinamento e 11 violações da ordem de encerramento de instalações.
Lembra que a Páscoa vai ser de extremo risco.
“Há 44 anos ninguém sonhava que celebraríamos assim a aprovação da Constituição”, diz António Costa
“O combate a esta epidemia não pode ser pretexto para violar os direitos e as liberdades individuais, sem escrutínio e sem critério”.
Para a Iniciativa Liberal com este decreto são “várias linhas vermelhas”, que a “democracia não deve ser suspensa” e que “o combate a esta pandemia não deve ser pretexto para violar os direitos, as liberdades e as garantias”.
Segundo Cotrim Figueiredo, o que vai ser votado é “a confiança do Governo e que o primeiro-ministro não vai abusar destes poderes”.
E questiona: “Merece confiança um primeiro-ministro que disse que medidas eram suficientes agora quer endurecer as medidas? Que assegurou que nada faltava ao SNS para ser desmentido o pelo setor? Que há mais de uma semana prometeu abrir os dados epidemiológico e não o fez?”
André Ventura anunciou que o Chega vai votar contra o prolongamento do estado de emergência e afirma “que não necessitamos de portugueses em casa” e “aeroportos abertos a passageiros que chegam de países onde está a epidemia”.
“Momento de reforçarmos a unidade de Portugal e lembrarmos os milhões que continuam a trabalhar para que outros milhões possam estar em casa”, afirmou.
André Ventura recorda que o seu partido foi “o primeiro a pedir o estado de emergência e o encerramento de fronteiras. Quando outros diziam que era uma medida populista”.
“O que o Chega nunca vai aceitar e não poderá aceitar é a liberação de presos das nossas cadeias”, disse.
“Não aceitamos um estado de emergência que vai por mais bandidos na rua (…) uns fechados em casa e outros retomados á liberdade numa altura em que Portugal precisa de mais e mais segurança”.
José Luís Ferreira começa por enviar condolências às famílias das vítimas e a agradecer aos que estão na linha da frente do combate, bem como quem continua a trabalhar.
Elogia ainda a “atitude responsável” dos portugueses, considerando que as medidas aplicadas “vão continuar a ser decisivas” no combate ao novo coronavírus.
PEV considera “imperioso continuar medidas de contenção”, que não se confundem com estado de emergência, dizendo, como exemplo, que as medidas mais importantes, como encerramento das escolas, foram tomadas antes. E diz que o estado de emergência não está a impedir abusos das entidades patronais.
PEV volta por isso, a abster-se, como o fez há duas semanas.
O porta-voz do PAN defendeu ainda que a renovação do estado de emergência é uma "medida lógica", e pediu ao Governo para "ir mais longe em alguns aspetos", restringindo "ainda mais os movimentos".
A medida lógica, baseada na evidência científica, é pois renovar o estado de emergência", assinalou.
O líder do PAN pediu que nos próximos 15 dias se mantenham "todas as cautelas" e pediu ao Governo para "ir mais longe em alguns aspetos".
"Não se trata de endurecer medidas, trata-se de proteger e salvar mais vidas, de manter a máxima intensidade na autodisciplina das medidas de contenção para termos sucesso no controlo, implementando maiores restrições à circulação, nomeadamente no período da Páscoa, ou de, se necessário impor o tele-ensino", justificou.
O PAN instou também o executivo liderado por António Costa a "restringir ainda mais os movimentos admitidos ao estritamente essencial, reforçar os testes e rastreios, fixar preços de bens essenciais ao combate à pandemia, assegurar requisição de instalações para acolher de forma digna pessoas em situação de dificuldade económica, aumentar a proteção social de quem dela precisa" e ter "especial vigilância e reforço de proteção aos mais vulneráveis".
“A generalidade dos portugueses” tem cumprido, lembra, mas recorda outros comportamentos menos cívicos. O CDS pede por isso que haja uma clarificação do que as pessoas “podem fazer e o que não podem fazer” e questiona se o Governo admite um quadro sancionatório “proporcional e adequado”.
Telmo Correia começa logo por dizer que o partido vai voltar a favor do prolongamento do estado de emergência.
“Não é útil”, o unanimismo, garante, lembrando as medidas propostas pelo CDS.
O PCP voltou a manifestar as suas reservas ao estado de emergência devido à pandemia de covid-19 e pediu medidas para que o "problema de saúde não se transforme num problema social de ainda maiores dimensões".
"São muitas as necessidades a que é preciso dar resposta para que o problema de saúde pública não se transforme num problema social de ainda maiores dimensões", afirmou o líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira, no debate, no parlamento, sobre o prolongamento do estado de emergência devido à pandemia.
“Precisamos de medidas de reforço no Serviço Nacional de Saúde para a resposta que se impõe. Essas medidas não obrigam ao estado de emergência”, defendeu o líder da bancada parlamentar comunista.
Com o "surto epidémico", afirmou, o país enfrenta "um conjunto grande de problemas sanitários, económicos e também sociais" e para a sua solução o estado de emergência não é obrigatório.
"É nas decisões políticas que, com ou sem estado de emergência, têm de ser tomadas que devem ser feitas opções que resolvam os problemas que temos e teremos pela frente", disse, recusando que o estado de exceção seja "o pretexto para se impor a lei da selva na vida e nos direitos dos trabalhadores".
Portugal "não tem de viver amarrado ao estado de emergência enquanto vigorarem as medidas de prevenção e contenção do surto epidémico porque não é do estado de emergência que o país precisa", acrescentou.
O país, acrescentou ainda, "precisa também com urgência de medidas económicas e sociais de maior fôlego", de "proteção do emprego e de apoio a quem se vê sem rendimentos mas com encargos" e de "medidas de apoio à produção nacional, a começar pela produção agroalimentar".
Já no final da sua intervenção, João Oliveira, enumerou as "dificuldades" que se colocam daqui para a frente e que necessitam de resposta por parte do executivo.
"Da perda do emprego e do salário até às dificuldades de um idoso que não pode ir às compras", da "proteção dos profissionais de saúde, das forças de segurança, do apoio aos idosos, da recolha e tratamento de resíduos, da distribuição comercial e outros serviços essenciais até à proteção da saúde mental de quem pode ter de ficar confinado à sua habitação durante meses", enumerou.
Governo deve usar poderes para requisição de materiais necessários, “sejam hospitais privados, laboratórios ou técnicos de diagnóstico, ou materiais de proteção individual”.
Defende ainda que a banca ajuda e que empresas sejam proibidas de distribuir dividendos.
“Um cenário de catástrofe que, mais do que sanitária, ou económica, seria humanitária. É para impedir essa catástrofe, que temos de agir”, alerta, dizendo que as medidas de restrição de circulação e de afastamento parecem estar a resultar.
“O perigo não está afastado, é muito real”, diz a coordenadora do Bloco.
Catarina Martins lembra que neste período de Páscoa, as deslocações devem ser travadas.
O Governo da Madeira deu parecer favorável à proposta de prorrogação do estado de emergência durante mais 15 dias em Portugal, anunciou hoje a presidência do executivo.
O Governo madeirense de coligação PSD/CDS, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, recorda em comunicado que o decreto é hoje votado na Assembleia da República e "vem complementar o conjunto de medidas anunciadas há 15 dias, impondo novos limites em diversas áreas".
Na quarta-feira, a Comissão Permanente da Assembleia Legislativa da Madeira também aprovou, por maioria, um parecer favorável à proposta de decreto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"O decreto que será apreciado e votado pela Assembleia da República concede mais poderes ao Governo nacional, aos governos regionais [da Madeira e dos Açores], aos senhores representantes da República e às autoridades de saúde pública para novas medidas de contenção e mais restrições à circulação de pessoas, nos próximos 15 dias", sublinhou José Manuel Rodrigues.
O responsável mencionou que a nova proposta "adita várias matérias" respeitantes à proteção do emprego, ao controlo de preços, ao apoio a idosos em lares ou no domicílio, ao ensino e à adoção de medidas urgentes para proteção dos cidadãos privados de liberdade.
"Tem um grande enfoque na restrição à liberdade de circulação, designadamente da circulação acompanhada e do direito de deslocação e fixação em qualquer parte do território nacional", referiu.
“Sem estado de emergência tinha sido um desastre catástrofe” o combate à doença afirma Rio
Rui Rio afirma que “a banca não pode querer ganhar dinheiro com a crise”.
"A banca deve muito, mesmo muito, a todos os portugueses e impõe-se agora que ajude quer as famílias quer as empresas. A banca não pode querer ganhar dinheiro com a crise", avisou, no debate parlamentar de renovação do estado de emergência, recebendo palmas da sua bancada.
Para o líder do PSD, a banca deve ter "lucro zero" nos exercícios de 2020 e 2021.
"Se a banca apresentar em 2020 e em 2021 lucros avultados, esses lucros avultados serão uma vergonha e uma ingratidão para com os portugueses", disse.
Quanto à crise sanitária, o líder do PSD defendeu que Portugal registou progressos desde que foi implementado o estado de emergência.
"Por isso, é indiscutível que temos de prolongar o estado de emergência e o PSD irá votar naturalmente favoravelmente", disse.
Rui Rio salientou que, antes da declaração do estado de emergência, a taxa de crescimento da covid-19 em Portugal era da ordem dos "35 por cento ao dia", valores que caíram para cerca de 20 por cento.
"Se essa taxa continuasse teríamos hoje mais de 40 mil infetados", avisou, apontando que cada infetado contaminava mais de três portugueses, taxa que desceu para entre 1,1 e 1,3.
O líder do PSD admitiu que se está "a criar um problema económico ao país" e pediu rigor: "Aquilo que é bom para a saúde é mau para a economia, mas neste momento a saúde tem de estar em primeiro lugar, temos de salvar vidas e qualidade de vida", defendeu.
"Tudo o que agora estamos a dar, tudo vai ter de ser pago no futuro, temos de ajudar com critério, sem critério o nosso futuro será bem pior. Temos que dar tudo o que é necessário, mas só o que é necessário", alertou.
É aqui, defendeu, que o setor da banca terá um papel "absolutamente decisivo" no curso dos acontecimentos em Portugal.
"A banca sabe que se empresas morrerem a banca morre com ela", afirmou.
Rio terminou o seu discurso com dois apelos e um agradecimento.
"Primeiro, aos portugueses que se têm comportando de forma absolutamente impecável, mas à medida que o tempo passa começam a saturar. Renovo o apelo para que fiquem em casa, pensem em si e nos outros", disse.
O líder do PSD apelou ainda à solidariedade da União Europeia: "Sem uma resposta conjunta, irá crescer o euroceticismo, os extremismos, e iremos ter no futuro menos, muito menos Europa".
"Se conseguirem ser solidários e se tiverem êxito nas medidas, nós relançamos com força brutal o projeto europeu, disso não tenho dúvida", afirmou.
Rui Rio agradeceu ainda "a todos os portugueses que continuam a trabalhar" e garantem a todos bens e serviços.
Ana Catarina Mendes, da bancada socialista, abre o debate sobre o prolongamento do estado de emergência.
“Temos de fazer tudo o que está nosso alcance para depois não estarmos a viver uma situação de emergência social”, alerta.
A Assembleia da República está a debater a renovação do estado de emergência em Portugal, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter decretado a prorrogação deste período por mais 15 dias.
A China regista dezenas de novos casos diários de contágio pelo novo coronavírus oriundos do exterior, apesar de ter interditado, no sábado passado, a entrada de estrangeiros no país.
Foram detetadas 35 pessoas infetadas com a Covid-19, todas vindas do exterior, nas 24 horas até à meia-noite na China (16:00 de quarta-feira em Lisboa), segundo as autoridades de saúde chinesas.
A Comissão Nacional de Saúde do país asiático informou ainda que morreram seis pessoas devido à infeção pelo novo coronavírus, na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da epidemia.
No mesmo dia foram detetados 20 novos casos suspeitos, também importados.
O Governo australiano reforçou hoje o aviso aos seus cidadãos que estão na Indonésia para que "saiam agora, sem demora" do país, indicando que a transmissão de Covid-19 "se espalhou por todo o arquipélago".
"Se é um turista em Bali (ou na Indonésia em termos mais amplos) saiam agora - sem demora (...). Se é um residente a longo prazo na Indonésia, considere se tem o apoio e acesso necessário aos serviços de saúde que você e a sua família precisam", refere o aviso.
O Governo australiano explica que "não há planos de evacuação" e que as opções de regresso à Austrália "estão a diminuir rapidamente" depois da suspensão de voos da Quantas, Jetstar e Virgin.
Este alerta surge depois de a Indonésia proibir, a partir de hoje e por tempo indefinido, a entrada ou o trânsito de estrangeiros não residentes.
A Groundforce Portugal, afirma em comunicado, que vai recorrer às medidas excecionais e temporárias disponibilizadas pelo Governo no apoio à recuperação económica das empresas com vista a assegurar a proteção da manutenção dos postos de trabalho.
A decisão foi apresentada ontem pela Comissão Executiva aos representantes de todos os Sindicatos - SIMA, SINTAC, SQAC, SITAVA, STAMA, STHA e STTAMP – e comunicada a todos os trabalhadores.
O Sindicato Independente dos Médicos alerta para o facto de alguns doentes infetados estarem a terminar o isolamento, antes da realização de novas análises, para saber se o vírus se mantém ativo. A situação é mais grave no norte do país, onde os médicos estão a receber a indicação para considerarem recuperados estes doentes ao fim de 14 dias sem sintomas.
O presidente do sindicato, Jorge Roque da Cunha, confirma que já teve conhecimento de alguns casos, que diz representarem um risco para a população.
O Papa Francisco rezou hoje pelos sem-abrigo na missa matinal, pedindo às pessoas que mostrem proximidade “nestes dias de dor e tristeza" devido à pandemia da Covid-19.
“Estes dias de dor e tristeza revelam tantos problemas ocultos”, disse o Papa antes de se referir aos sem-abrigo durante uma missa realizada na sua residência, a Casa de Santa Marta.
Durante a homilia, o Papa falou sobre os sem-abrigo colocados num parque de estacionamento ao ar livre na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos.
“O jornal de hoje divulga uma fotografia que impressiona o coração. Tantas pessoas sem-abrigo num parque de estacionamento sob observação”, contou, referindo-se à medida tomada em Las Vegas para colocar os sem-abrigo naquele local.
Francisco pediu que a intercessão de Santa Teresa de Calcutá "desperte uma sensação de proximidade nas pessoas que, na sociedade, na vida normal, vivem escondidas, mas, como os sem-abrigo, no momento da crise, se destacam desta maneira".
Terminou ontem a operação conjunta das autoridades portuguesas para o repatriamento de todos os passageiros que se encontravam a bordo do navio de cruzeiro MSC Fantasia, no Porto de Lisboa, com o desembarque dos últimos cinco passageiros colombianos que deram entrada em Portugal mediante concessão de visto especial por razões humanitárias.
Segundo uma nota do Ministério da Administração Interna, os passageiros “ficarão agora em confinamento obrigatório”.
Os últimos passageiros a sair de Portugal foram nove argentinos. Cerca de 500 tripulantes regressarão aos seus países esta semana.
O navio navio MSC Fantasia acostou no porto de Lisboa a 22 de março, com 1.338 passageiros, maioritariamente da União Europeia, Reino Unido, Brasil e Austrália.
“A bordo encontravam-se 27 cidadãos nacionais e oito cidadãos estrangeiros residentes em Portugal. Os restantes passageiros estavam distribuídos em 38 nacionalidades”, recorda o comunicado.
O músico norte-americano de jazz Ellis Marsalis, 85 anos, patriarca de uma família de grandes nomes do jazz morreu infetado pelo novo coronavírus, anunciou o filho Brandford Marsalis.
Ellis Marsalis, pianista e compositor com mais de 20 discos gravados nas últimas décadas, é pai do trompetista Wynton Marsalis e do saxofonista Brandford Marsalis.
"É com grande tristeza que anuncio a morte do meu pai, Ellis Marsalis Jr., após complicações de saúde devido ao coronavírus", escreveu o filho numa nota publicada na internet.
O pianista estava hospitalizado desde sábado.
"O meu pai era um génio da música e um pai extraordinário" acrescenta Brandford Marsalis na mesma nota.
Wynton Marsalis publicou na conta que mantém na rede social Twitter fotografias do pai com o epitáfio "Ellis Marsalis, 1934-2020 / Morreu como viveu: aceitando a realidade".
Natural da cidade de Nova Orleães, Ellis Marsalis, em novembro de 1934, tocou com músicos como Cannonbal e Nat Adderleu, Marcus Roberts e Courtney Pine.
Também entre os trabalhadores, estão infetados 9 em 17 funcionários deste lar de Maçãs de Dona Maria, no distrito de Leiria. É o que confirma à Antena 1, a presidente da câmara de Alvaiázere, Célia Marques.
O Município de Alvaiázere ativou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
O número de casos na Rússia subiu hoje para 3.548, um aumento diário recorde de 771.
Os casos foram registados e 76 das 80 regiões da Rússia, mas Moscovo continua a ser o epicentro do surto com 595 casos.
Há ainda o registo de mais seis mortos, o que eleva para 30 o número de vítimas mortais no país.
O município de Anadia iniciou, na quarta-feira, uma "campanha de testes de despiste da infeção por COVID-19" nos idosos das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) deste concelho do distrito de Aveiro.
"Esta ação, que vinha sendo preparada pelo executivo camarário há já algum tempo, e que foi dificultada pela falta de respostas disponíveis no mercado, irá abranger, numa fase inicial, os utentes das estruturas residenciais para idosos (ERPI)", avança a Câmara Municipal liderada pela independente Teresa Cardoso.
A autarquia bairradina revela manter contacto diário com as IPSS, "no sentido de acompanhar a situação vivida em cada uma, bem como averiguar eventuais necessidades e problemas relacionados com o atual contexto de pandemia".
Até ao momento, avança a autarquia, "não foram detetadas sintomatologias ou circunstâncias que requeiram uma intervenção das entidades competentes, mas a vigilância e os cuidados continuam reforçados".
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e a associação dos profissionais da GNR deixam um alerta: se nada for feito quanto à organização do trabalho, daqui a algumas semanas o número de elementos ao serviço vai ser insuficiente. Entre os problemas apontados pela ASPP, está o facto de os polícias não fazerem parte da lista de profissionais prioritários no acesso aos testes da Covid-19.
Polícias e militares da GNR preocupados com a disponibilidade dos contingentes, numa altura em que vigora o estado de emergência em Portugal.
O Governo grego impôs hoje o confinamento a mais de duas mil pessoas que vivem no campo de refugiados de Ritsona após terem sido detetados 20 casos da Covid-19.
De acordo com o Ministério das Migrações do governo de Atenas, durante os próximos 14 dias fica totalmente proibida a entrada e a saída do campo situado a 75 quilómetros a noroeste da capital grega.
A decisão foi anunciada após ter sido detetado um primeiro caso de Covid-19 numa refugiada de origem africana que deu à luz no hospital Alexandras de Atenas e que se encontrava em Ritsona.
O bebé, que nasceu no sábado passado, encontra-se bem de saúde, não apresentando sinais de infeção.
Na quarta-feira, equipas médicas do Departamento Nacional de Saúde Pública fizeram testes a 63 pessoas que tinham estado em contacto com a mulher tendo confirmado 20 casos de contágio até ao momento.
Hoje, as autoridades sanitárias continuam a submeter os refugiados a testes médicos aos 2.200 refugiados que vivem em contentores repartidos pelos três setores do campo de Ritsona.
Devido à falta de testes de rastreio, alguns doentes com Covid-19 estão a deixar o isolamento antes da realização de novas análises, para saber se o vírus se mantém ativo.
O caso acontece na região norte, onde os médicos estão a receber a indicação para considerarem recuperados estes doentes ao fim de 14 dias sem sintomas, apesar dos infetados não realizarem os dois testes a que estariam obrigados, num intervalo de 24 horas e com resultado negativo.
A Segurança Social de Espanha revelou que 898.822 trabalhadores espanhóis perderam o seu emprego desde o início da pandemia no país a 12 de março.
Mais de metade dos quais são trabalhadores temporários.
O número de pessoas oficialmente registradas como desempregadas em Espanha subiu para 3,5 milhões em março, os níveis mais altos desde abril de 2017.
O Japão confirmou que nas últimas horas foram registados 90 novos casos em Tóquio, a capital do país, marcando o maior aumento de número de infetados na cidade desde o início da pandemia.
O país tem 2.384 casos de Covid-19 confirmados e regista 57 vítimas mortais.
A presidente da parceria da ONU "Água e Saneamento para Todos", Catarina de Albuquerque, considera que a Covid-19 só será estancada quando todos tiverem acesso a água para lavar as mãos, "um luxo" para 40 por cento da população.
Em declarações à agência Lusa, a jurista portuguesa sublinhou a importância das medidas preventivas contra a infeção pelo novo coronavírus, mas recordou que nem todos têm acesso ao mais essencial dos bens: a água.
Catarina Albuquerque, que foi a primeira relatora especial das Nações Unidas para a defesa do direito humano à água potável e ao saneamento, referia-se, nomeadamente, aos mais vulneráveis, "os mais pobres, a viver em bairros informais, migrantes, sem-abrigo".
Resumindo, "a todos a quem temos fechado os olhos como sociedade, fingindo que estas pessoas não existem".
"Estas pessoas às quais temos negado atenção, são estas a quem temos de prestar atenção, nem que seja por egoísmo. Se queremos estancar o contágio temos de assegurar que estas pessoas têm acesso a água para poder lavar as mãos", frisou.
A este propósito, recordou que esta prática tão defendida como meio de prevenção pelo novo coronavírus - lavar as mãos - é "um luxo" para 40% da população mundial, ou seja, 3.000 milhões de pessoas.
Três mil milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria na África Subsaariana, continuam sem acesso a água potável e sabão para lavar as mãos, de acordo com dados das Nações Unidas.
De acordo com estimativas da ONU, duas em cada cinco pessoas em todo o mundo, ou seja, três mil milhões, não têm água potável ou sabão em casa para lavar as mãos, uma medida considerada "crítica" na prevenção de várias doenças, desde logo a Covid-19.
Destas, 1,6 mil milhões têm acesso limitado a água e sabão e 1,4 mil milhões não têm simplesmente acesso.
Os mesmos dados referem que 900 milhões de crianças não têm água ou sabão nas escolas, ou seja, cinco em cada dez escolas não os diponibilizam.
Por outro lado, 40 por cento das infraestruturas de saúde não estão equipadas para permitir a lavagem frequente nem têm desinfetante para as mãos.
7h53- Brasil subsidia suspensão de contratos e cortes salariais
O Governo brasileiro anunciou nas últimas horas a intenção de subsidiar a suspensão de contratos e a redução de salários e horas de trabalho, como parte de um programa de resposta ao impacto económico da pandemia da Covid-19.
As medidas impedem que pelo menos 12 milhões de trabalhadores percam o emprego devido à paralisação das empresas afetadas pelas medidas restritivas impostas para combater a epidemia, de acordo com as contas do Executivo de Jair Bolsonaro.
O "Programa de Emergência de Manutenção do Emprego" permite que as empresas cortem os salários e as jornadas de trabalho em 25, 50 ou 70 por cento por três meses, bem como a suspensão do vínculo laboral por dois meses.
Em caso de suspensão provisória do contrato por dois meses, a empresa terá de se comprometer a garantir o vínculo laboral pelos dois meses seguintes, no mínimo.
Por seu turno, o Governo compromete-se a oferecer subsídios aos trabalhadores cujos salários forem reduzidos pelo mesmo período em que a restrição durar.
"Queremos manter os empregos e trazer paz de espírito às pessoas. Criamos um benefício que protege o funcionário e também as empresas", afirmou ontem, em conferência de imprensa, o secretário brasileiro da Previdência e Trabalho, Bruno Bianco.
7h40 - Empresas com dificuldade no acesso a apoios
As empresas portuguesas estão a experimentar dificuldades no acesso aos apoios anunciados pelo Governo para enfrentar as ondas de choque económico da pandemia da Covid-19. É o que mostra um inquérito da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.
"Para 66,1% das empresas que responderam ao inquérito promovido pela CCIP a maior dificuldade é a imprevisibilidade decorrente das sucessivas alterações às medidas. Por outro lado, a exigência da redução da faturação como critério de elegibilidade foi referida por 54,3% das empresas como um grande constrangimento", escreve a confederação em comunicado.
Por outro lado, 22,8 por cento das inquiridas dão conta de "dificuldades no que se refere à obrigatoriedade de resultados de exploração positivos" e 13,6 por cento na necessidade de "ter a situação regularizada face à Autoridade Tributária e Segurança Social".
No mesmo estudo, 52,2 por cento das empresas inquiridas manifestam a intenção de "pedir o fracionamento do pagamento de impostos" e 48,8 por cento indicam que querem diferir os pagamentos à Segurança Social, sendo que "40,1% considera vir a recorrer às linhas de crédito, e 38,3% indica que vai recorrer ao lay-off simplificado".
A CCIP apurou que a "análise individual das respostas revela também que 11% das empresas inquiridas não pretende aceder, de imediato, a uma ou mais destas medidas".
O inquérito mostra ainda que 73,5 por cento das empresas sentem o impacto negativo mais significativo nas vendas no mercado nacional. São também apontados "problemas de tesouraria" por 43,2 por cento.
7h00 - Ponto de situação
O estado de emergência em Portugal vai ser prolongado por mais 15 dias. O decreto do presidente da República é esta quinta-feira votado na Assembleia da República.
À tarde haverá novo Conselho de Ministros para finalizar a especificação das medidas estipuladas nesta declaração do estado de emergência. Às 20h00 Marcelo Rebelo de Sousa fala ao país.
O prolongamento do estado de emergência estará em vigor até dia 17 de abril.
O que contém o decreto?
O decreto elaborado pelo Chefe de Estado comporta algumas novidades que permitem ao Governo avançar com mais restrições.A suspensão da lei da greve, estabelecida no primeiro decreto do estado de emergência, continua em vigor.
As autoridades podem impor o confinamento compulsivo em outros locais que não a residência ou estabelecimento de saúde.
No que toca à educação, é dada a hipótese de alterar o calendário escolar, suspender exames e ajustar o modelo de acesso ao ensino superior. O decreto admite ainda limitações aos despedimentos e possibilidade de controlar preços para combater a especulação.
O quadro em Portugal
A Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, já causou 187 vítimas mortais em Portugal
Há 8251 pessoas infetadas, das quais 230 em unidades de cuidados intensivos.
O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirma que o Governo está a trabalhar na duplicação das camas ventiladas.
No capítulo da atuação das forças de segurança, foram já detidas 90 pessoas por violação das normas do estado de emergência.
As situações relacionam-se com violação do confinamento obrigatório, outros incuprimentos ou resistência.
Desde o início da entrada em vigor do estado de emergência, foram também encerrados 1633 estabelecimentos por incumprimento das regras.
A Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana têm levado a cabo ações de fiscalização, vigilância e sensibilização da população.
Quadro internacional
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo. Morreram quase 46 mil.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde admitia na quarta-feira "estar muito preocupado com a rapidez da propagação das infecções".
Nos Estados Unidos, mais 884 doentes com Covid-19 morreram em 24 horas. São já mais de cinco mil os doentes falecidos.
De acordo com o último balanço, conhecido esta madrugada, mais de 215 mil pessoas foram infetadas naquele país.