O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que em Portugal "ninguém está acima da lei". António Costa refere ainda que que a confirmação das suspeitas de corrupção durante o Governo de José Sócrates seria "uma desonra para a democracia".
Estas declarações do primeiro-ministro acontecem um dia depois de Carlos César, presidente e lider parlamentar do Partido Socialista, e de João Galamba, deputado do mesmo partido, terem afirmado que os casos de alegada corrupção durante o Governo de Sócrates "envergonham" os socialistas.
Questionado pelos jornalistas se, tal como eles, também se sentia envergonhado pela situação, o primeiro-ministro começou por lembrar que se encontra no estrangeiro como "primeiro-ministro", em representação de Portugal no Canadá. No entanto, considerou que "não há nada pior para a democracia do que haver suspeições que não estão confirmadas em sentenças transitadas em julgado".
"Aquilo que desejo é que o nosso sistema de justiça funcione, confio que funcione, e que se apure o que houver a apurar", disse o atual líder do Governo.
Reiterando a tese de separação entre política e justiça em Portugal, António Costa considerou que não existe "nenhuma razão para não confiar integralmente na capacidade do nosso sistema de justiça para assegurar aquilo que é fundamental num Estado de Direito".
"Ninguém está acima da lei e seja quem for que cometa uma ilegalidade deve ser punido. Se essas ilegalidades se vierem a confirmar, serão certamente uma desonra para a nossa democracia.", afirmou ainda o primeiro-ministro.
Caso essas suspeitas não se confirmem, Costa considera que se trata de uma "demonstração que o nosso sistema de justiça funciona em todas as dimensões", disse António Costa em resposta aos jornalistas.
c/ Lusa