Coronavírus. Transportadora de Hong Kong acena com licenças sem vencimento

por RTP
A Cathay Pacific já tinha visto as suas receitas afetadas em 2019 pelas sucessivas vagas de protestos do movimento pró-democracia Thomas Peter - Reuters

A transportadora aérea Cathay Pacific, de Hong Kong, pediu aos seus 27 mil trabalhadores para tirarem três semanas alternadas de licença sem vencimento. O motivo: o impacto comercial do novo coronavírus com origem na China.

"Espero que participem todos, desde os nossos funcionários de primeiro linha aos quadros superiores", afirmou o presidente da companhia, Augustus Tang, numa declaração em vídeo divulgada online.

A medida é justificada pela administração da Cathay Pacific com o impacto do surto do novo coronavírus na operação da transportadora, que já tinha visto as suas receitas afetadas em 2019 pelas sucessivas vagas de protestos do movimento pró-democracia.

Na mensagem aos profissionais da Cathay, Augustus Tang admite que a empresa enfrentou "as férias de Novo Ano Chinês mais difíceis da sua história". "E não sabemos quanto tempo vai durar", acrescentou.


As autoridades da China atualizaram esta quarta-feira para 490 o número de mortes causadas pelo coronavírus. Só nas últimas 24 horas morreram mais 64 infetados.A Organização Mundial de Saúde declarou na passada quinta-feira a situação de emergência de saúde pública internacional, que enquadra medidas de prevenção e coordenação à escala global.

O 2019-nCoV infetou ao todo, desde a deteção, em dezembro, mais de 24.300 pessoas.

O surto de pneumonia viral teve início em Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China continental. A cidade mantém-se debaixo de quarentena.

Para além do território continental da China e das regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong, há casos de infeção por coronavírus em mais de 20 países.

c/ agências
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