Coronavírus. Número de mortos sobe para 1.770 na China continental

por RTP
EPA

O número de mortos devido ao coronavírus na China continental subiu hoje para 1.770, mais 105 em 24 horas, ao mesmo tempo foram registados 2.048 novos casos de infeção. No cruzeiro que está em quarentena no porto de Yokohama, no Japão, foram detetados mais 99 novos casos.

Segundo a Comissão de Saúde da China, o número de infetados pelo Covid-19 ascendeu a 70.548. Entre os novos casos, 1.933 dão na província de Hubei, centro do surto.

Das 105 mortes registadas nas últimas 24 horas, 100 ocorreram em Hubei.


A Comissão Nacional da China acrescentou que existem 10.644 casos graves de infeção pelo coronavírus, enquanto 10.844 pessoas foram curadas e receberam alta. Estão a ser acompanhadas 546.016 pessoas que mantiveram contacto próximo com os infetados. O órgão máximo legislativo da China poderá adiar a sua sessão plenária, o mais importante evento anual da agenda política chinesa. O Comité permanente da 13ª Assembleia Nacional Popular está previsto para 5 de março.

O Covid-19 provocou a morte a cerca de dois por cento dos infetados. E os casos espalharam-se mais rapidamente que outros vírus respiratórios.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades na província de Hubei, no centro da China, uma medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Para tentar conter a propagação do vírus, o Governo da província de Hubei impôs uma proibição ao tráfego automóvel. A partir de hoje, apenas carros de polícia, ambulâncias, veículos que transportem bens relacionados com o serviço público estão autorizados a circular.
Um camião que transportava papel higiénico foi hoje alvo de um assalto à mão armada em Hong Kong, onde a escassez do produto motivou uma corrida ao comércio local.

A nota governamental releva ainda que serão realizados exames regulares a todos os residentes. E as empresas não podem retomar o trabalho sem autorização prévia.

A província de Hubei e a sua capital Wuhan estão praticamente fechadas desde 23 de janeiro. Com escolas encerradas, fábricas e escritórios fechados e as viagens suspensas.

Mortos fora da China
Além dos mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, uma nas Filipinas, um no Japão e um em França.

A primeira morte na Europa foi um chinês de 80 anos que morreu num hospital de Paris.

Em termos de infetados, os números também continuam a aumentar. Há cerca de 500 casos em mais de 20 países. Para evitar a propagação do coronavírus, a Casa Imperial japonesa cancelou a tradicional cerimónia de cumprimentos ao imperador Naruhito do Japão, por ocasião do seu aniversário em 23 de fevereiro.

O maior número de infetados, fora da China continental, regista-se a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess, que está em quarentena no porto de Yokohama, no Japão, com o registo de mais 99 novos casos registados, elevando para o total de 454 entre os cerca de 3.700 passageiros e tripulantes que estão a bordo.

As autoridades japonesas decidiram manter o navio isolado até à próxima quarta-feira, como medida preventiva, embora na passada semana tenham autorizado a saída de passageiros idosos e com complicações de saúde, desde que os resultados das análises ao Covid-19 fossem negativos.

Vários países estão já a retirar os seus cidadãos que estão a bordo do Diamond Princess.

Os Estados Unidos já retiraram 380 cidadãos norte-americanos que estavam de quarentena a bordo da embarcação.

Os cidadãos norte-americanos embarcaram em dois voos charter, que partiram às 07h05 (23h05 de domingo em Lisboa) do aeroporto de Haneda, em Tóquio, para onde foram levados em autocarros das Forças de Autodefesa japonesa, com destino a bases militares nos Estados Unidos onde vão ficar de quarentena.

Também, as Filipinas anunciaram hoje que vão repatriar 531 tripulantes e sete passageiros filipinos que estão a bordo do cruzeiro Diamond Princess. O número de filipinos a bordo do cruzeiro infetados pelo novo coronavírus ascende a 27, todos tripulantes.

Outros países e regiões como Austrália, Canadá, Hong Kong, Itália, Israel e Taiwan estão a preparar o repatriamento dos respetivos cidadãos ainda a bordo do Diamond Princess, onde se encontram pessoas de 50 nacionalidades.

c/ Agências
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