Coronavírus. Guterres quer conferência em Nova Iorque sobre mulheres com formato reduzido

por Lusa
Carlo Allegri - Reuters

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu o redimensionamento de uma conferência anual sobre mulheres prevista para Nova Iorque, EUA, devido à epidemia de coronavírus, disse hoje o seu porta-voz.

O início da conferência está agendado para 9 de março e deveria reunir 12.000 participantes de todo o mundo.

"Em vista da rápida disseminação" do vírus e da "necessidade de harmonizar o trabalho das Nações Unidas com os problemas de saúde pública, o secretário-geral sugeriu à Comissão sobre o Estatuto da Mulher que realizasse uma reunião de formato reduzido, com participação limitada em Nova Iorque", afirmou Stéphane Dujarric, em comunicado.

Mesmo limitada, a Comissão poderá "adotar decisões e exercer seu mandato" durante a sessão, que termina a 20 de março, acrescentou.

A posição do secretário-geral sobre a conferência "baseia-se nas considerações da equipa de emergência" criada nas Nações Unidas para coordenar a ação sobre a doença "e no estreito relacionamento estabelecido entre serviços médicos das Nações Unidas e da Organização Mundial da Saúde", afirmou o porta-voz.

As autoridades de saúde do estado norte-americano do Oregon anunciaram na sexta-feira que uma outra pessoa contraiu o novo coronavírus de uma fonte desconhecida, o terceiro caso do género nos Estados Unidos.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.916 mortos e infetou mais de 84 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 57 países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.835 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão com confirmação de infeção.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".

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