No balanço mais recente, as autoridades chinesas elevaram para 563 o número de mortes causadas pelo novo coronavírus e para mais de 28 mil os infetados. O grupo de portugueses provenientes da cidade chinesa de Wuhan continua em isolamento e as autoridades de saúde garantem que o país está preparado para uma eventual escalada.
Em Portugal, ainda não há casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus. Até à data, os quatro casos suspeitos não se revelaram positivos.
Também os portugueses repatriados de Wuhan na semana passada, continuam em isolamento e sob observação, mas sem qualquer sintoma de doença, garantiu Graça Freitas.
A diretora-geral de saúde afirmou, na quarta-feira, que as autoridades de saúde portuguesas estão preparadas para dar resposta numa eventual escalada do coronavírus.
Contudo, o bastonário da Ordem dos Médicos não descarta a possibilidade de surgirem casos em Portugal, uma vez que se prevê que o pico deste surto seja em abril. Mas "não é nenhum drama, não é nenhuma desgraça", esclarece Miguel Guimarães. Nesse sentido, e desdramatizando a eventual existência de casos em Portugal, o bastonário diz que é necessário reforçar a capacidade de resposta.
Vamos criar "imunidade de grupo"
Francisco George, antigo diretor-geral da Saúde, também acredita que, em Portugal, existem os meios adequados para lidar com a doença e meios que serão ativados caso seja necessário.
Francisco George não aponta prazos mas acredita que a vacina para o coronavírus vai surgir mais cedo do que o previsto.
O antigo diretor-geral da Saúde defende que vão existir outras defesas para além da vacina.
Considerando a magnitude desta epidemia, "pode haver uma imunidade de grupo". Isto é, as pessoas poderão começar a desenvolver anticorpos contra o vírus, explica.
Alta hospitalar em Macau, mas mais casos no Japão
Embora ainda não tenha chegado a Portugal o novo coronavírus, os números não param de subir noutras regiões do mundo. Em Macau, por exemplo, há confirmados casos de infeção desde janeiro.
O primeiro caso de infeção confirmado em Macau já teve alta médica, segundo os Serviços de Saúde do território, esta quinta-feira. Trata-se de uma turista chinesa, de 52 anos, que entrou no território a 19 de janeiro e que estava internada no Centro Hospitalar Conde de São Januário desde 21 de janeiro.
Depois de sujeita a várias análises consecutivas ao vírus e que tiveram resultado negativo, a mulher chinesa teve alta. Macau passa, assim, de dez a nove casos confirmados.
Depois de sujeita a várias análises consecutivas ao vírus e que tiveram resultado negativo, a mulher chinesa teve alta. Macau passa, assim, de dez a nove casos confirmados.
Já ao largo da costa do Japão mantém-se um navio em quarentena. Esta quinta-feira, foram confirmados mais dez casos a bordo do cruzeiro Diamond Princess, elevando para 20 o número de pessoas infetadas.
O número subiu depois de conhecidos os resultados das análises a 71 dos casos suspeitos a bordo do navio. As pessoas infetadas vão ser transportadas para centros médicos assim que o cruzeiro ancorar no porto de Yokohoma.
Quanto às pessoas a bordo não infetadas pelo novo coronavírus, o Ministério da Saúde japonês pediu que ficassem em quarentena dentro do navio 14 dias, uma vez que este é o período máximo estimado de incubação do vírus.
O número subiu depois de conhecidos os resultados das análises a 71 dos casos suspeitos a bordo do navio. As pessoas infetadas vão ser transportadas para centros médicos assim que o cruzeiro ancorar no porto de Yokohoma.
Quanto às pessoas a bordo não infetadas pelo novo coronavírus, o Ministério da Saúde japonês pediu que ficassem em quarentena dentro do navio 14 dias, uma vez que este é o período máximo estimado de incubação do vírus.
Segundo as autoridades de Macau há dois residentes do território que se encontram a bordo deste cruzeiro japonês, que viajaram com o passaporte português, mas são residentes de Macau.
O contágio no navio começou com um homem que desembarcou na passagem do navio por Hong Kong e todas as pessoas a bordo, passageiros e tripulantes, estão de quarentena desde segunda-feira.
Os últimos balanços indicam que o Japão, segundo país com maior número de casos registados, tem, assim, confirmados 45 casos de pessoas infetadas.