Num dia em que os casos confirmados no resto do mundo foram superiores aos contabilizados na China, vários foram os países a registar as primeiras incidências do vírus, que chegou ao continente americano. O Brasil confirmou o primeiro caso, de um homem que regressou de Itália. Grécia, Noruega, Roménia, Geórgia e Macedónia do Norte anunciaram também os primeiros casos, numa altura em os números globais dão mais de 80 mil casos, 2770 mortos e mais de 30 mil pessoas curadas. Em Portugal, a DGS confirmou que foram registados oito novos casos suspeitos nas últimas 24 horas. Sem casos confirmados até ao momento, a DGS sublinha que "o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado".
De acordo com um relatório da DGS, só nas últimas 24 horas foram registados oito novos casos suspeitos de infeção por coronavírus em Portugal: cinco no Hospital de São João, dois no Hospital Curry Cabral e um no Hospital Dona Estefânia.
“Todos os cidadãos são provenientes do norte de Itália, seis são do sexo feminino e dois do sexo masculino; dois são crianças”, diz a DGS.
No total, foram registados até ao momento 25 casos, 17 dos quais tiveram resultados negativos. Aguarda-se os resultados dos restantes sete casos suspeitos.
Não existem, até ao momento, casos confirmados em Portugal. A DGS sublinha, no entanto, que “o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado”.
O ministro da Saúde da Roménia confirmou o primeiro caso de coronavírus no sul do país, na região de Gorj. Victor Costache explicou que se trata de um cidadão que esteve em contacto com um italiano que chegou no princípio do mês.
"O homem esteve em contacto direto com um cidadão italiano que viajou para a Roménia no princípio deste mês. Ele está em boa condição e vai ser transferido para um hospital em Bucareste", disse Costache à comunicação social.
O português infetado com o novo coronavírus poderá saber amanhã se pode sair do hospital em Okazaki, no Japão. Adriano Maranhão disse à RTP que se tiver dois testes negativos deverá ter autorização para ter alta.
Fora da China, o maior surto está na Coreia do Sul e na Europa em Itália. O treinador português José Morais, campeão sul coreano de futebol, está apreensivo e já enviou a família para Portugal.
O Bahrain descobriu sete novos casos de coronavírus, aumentando para um total de 33 o número de pessoas infetadas no país.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde do Bahrain no Twitter, acrescentando que a maioria dos casos tiveram origem no Irão.
A Agência de Saúde Pública da Noruega confirmou esta quarta-feira o primeiro caso de coronavírus do país. Trata-se de uma pessoa que regressou da China na última semana e encontra-se em quarentena, em casa.
As autoridades norueguesas revelaram que o doente não apresentou sintomas quando regressou e parece não ter infetado outras pessoas.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde da Alemanha depois de cinco novos casos no país. São já 20 os casos confirmados na Alemanha.
Jens Spahn avisou que a origem destes cinco casos não consegue ser descoberta, revelando que a doença parece estar numa nova fase.
No entanto, o ministro garantiu que não existe a necessidade de pânico e que os hospitais alemães estão equipados para lidar com um eventual crescimento no número de casos.
Com várias informações falsas a circularem na internet, as redes sociais estão a tentar não expandir anúncios e notícias que contenham conteúdo falso ou que leve a pânico, tal como as teorias da conspiração.
O governo iraquiano proibiu todos os ajuntamentos públicos e não vai permitir a entrada de viajantes vindos do Kuwait e do Bahrain.
Os iraquianos não vão poder viajar para esses países, aos quais se juntam a China, o Irão, Japão, Coreia do Sul, Tailândia, Singapura e Itália. Escolas e Universidades foram encerradas, e cinemas, cafés e clubes fecharão entre 27 de fevereiro até 7 de março.
O Estado de Israel pediu aos seus cidadãos para reconsiderarem possíveis viagens para fora do país, devido ao aumento do número de casos do coronavírus fora da China.
O ministério da Saúde Israel anunciou que todos os que regressarem de Itália terão de ficar, obrigatoriamente, em quarentena domiciliária durante duas semanas. O mesmo vai acontecer com pessoas que regressem do Japão, Hong Kong, Coreia do Sul, Singapura e Tailândia.
Até agora, Israel tem dois casos confirmados de coronavírus, de dois passageiros presentes no cruzeiro Diamond Princess, que está atracado no porto de Yokohama.
A Itália é o páis mais afetado pelo coronavírus na Europa. Os últimos números avançam que já existem mais de 400 casos no país, com a região da Lombardia a ser a mais afetada.
A informação foi avançada por Angelo Borrelli, responsável da agência de Proteção Civil de Itália, que revelou também que são 12 os mortos, depois de um homem de 69 anos, da região de Emilia-Romagna, ter morrido.
Tal como todos os outros que morreram em Itália, este homem apresentava problemas de saúde que o tornou vulnerável ao vírus. De todos os casos confirmados, seis são de crianças.
As preocupações que o vírus está a gerar em Itália levou ao adiamento de eventos desportivos, como é o caso do jogo de rugby entre as seleções de Itália e Irlanda para prevenir viagens de italianos para a Irlanda e a partida da Liga Europa entre Inter de Milão e Ludogorets vai ser disputada à porta fechada.
O número de casos confirmados de coronavírus em França subiu para os 18. A informação foi avançada pelo ministro da Saúde francesa.
Numa conferência de imprensa, Olivier Veran revelou que não existe nenhuma epidemia em França, só "casos isolados". Veran acrescentou que 15 milhões de máscaras vão ser disponiblizadas para a população.
O governo francês avançou que dos 18 casos confirmados, duas pessoas morreram, 12 já se encontram curadas e quatro ainda permanecem nos hospital.
Esta quarta-feira, o ministério da Saúde da Geórgia reportou o primeiro confirmado de coronavírus no país. Ekaterine Tikaradze revelou que o cidadão esteve em viagem pelo Irão e regressou através da fronteira com o Azerbeijão.
"[O paciente] Foi levado imediatamente para o hospital, a partir do controlo feito na fronteira", declarou Tikaradze. O doente viajava num autocarro com outros 12 passageiros. Todos foram controlados e apenas um deu positivo para o vírus. No entanto, todos os passageiros foram transportados para o hospital e colocados em quarentena.
O primeiro-ministro georgiano anunciou a criação de um grupo para coordenar medidas para preveneir um surto no país. Durante duas semanas, estão suspensas as viagens entre a Geórgia e o Irão.
As autoridades iranianas anunciaram esta quarta-feira que em vez de colocar cidades em quarentena, as viagens dentro do país vão ser proibidas para não alastrar o vírus.
"Em vez de termos cidades em quarentena, nós vamos implementar restrições de movimentos dentro do país para aqueles que são suspeitos de estar infetados e para aqueles que estão infetados".
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde do Irão, Saeed Namaki, numa altura em que estão confirmados 139 casos no país.
A companhia aérea Real da Jordânia anunciou esta quarta-feira que suspendeu os voos entre Amã e Roma, num altura em há mais de 50 por cento de cancelamentos na Ásia.
"O presidente e diretor da Companhia Real da Jordânia, Stefan Pichler, revelou que estas decisões se devem à segurança dos passageiros, que a companhia coloca no topo das suas prioridades, à luz do crescente número de casos de coronavírus em Itália e alguns países asiáticos.", anunciou a companhia em comunicado oficial.
De acordo com o Centro para Controlo e Prevenção de Doenças, os Estados Unidos já registam 59 casos confirmados de coronavírus.
São mais dois casos desde terça-feira, sendo que são provenientes do cruzeiro, Diamond Princess, que está atracado no porto de Yokohama.
Marta Temido garantiu que não há nenhum caso confirmado no país, acrescentando, no entanto, ser previsível ter casos em Portugal.
"Um dos maiores desafios que enfrentamos é o facto de demasiados países afetados não estarem a partilhar os seus dados com a OMS", declarou o diretor da Organização.
Tedros Ghebreyesus, que não citou nenhum país em concreto, afirmou que a OMS está em contacto com vários ministérios da saúde para resolver a situação e "apela a todos os países para partilharem informação imediatamente".
A União Europeia garante estar a trabalhar "em todas as frentes" para prevenir a propagação do Covid-19 na Europa, insistindo sobretudo na necessidade de coordenação dos Estados-membros "em tempo real" para enfrentar um fenómeno que é "dinâmico".
A Comissão Europeia sublinha que o Covid-19 é naturalmente "motivo de preocupação", mas não de "pânico", considerando que o fundamental é a União, no seu conjunto, estar "preparada" para um eventual aumento da epidemia, quer a nível de tratamento, quer de contenção do surto.
Para tal, e além de estar a financiar investigação e a prestar apoio financeiro e material à China e ao repatriamento de cidadãos europeus, Bruxelas está coordenar uma resposta conjunta global e coordenada, através de três mecanismos: o Sistema de Alerta Rápido e de Resposta, o Comité de Segurança da Saúde e a rede de Comunicadores deste comité.
Também no quadro dos esforços de coordenação e troca de informação, os Estados-membros da União Europeia e a Comissão Europeia vão passar a reunir-se todas as quartas-feiras para preparar uma linha de prevenção e contenção do Covid-19, tal como revelou hoje a secretária de Estados dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, que na terça-feira esteve em Bruxelas.
O Japão pediu às empresas do país que coloquem os seus funcionários a trabalhar a partir de casa, de modo a ajudar a prevenir o contágio por coronavírus. O Governo japonês recomendou ainda que as empresas diminuam os turnos dos trabalhadores.
O Japão tem, neste momento, 160 casos confirmados de infeção pelo novo vírus, para além dos 691 casos de cidadãos japoneses que estavam a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess, no sul de Tóquio, e que já foram hospotalizados.
Dos passageiros infetados no navio, quatro morreram.
A Macedónia do Norte confirmou o primeiro caso de infeção por coronavírus. De acordo com o ministro da Saúde desse país, trata-se de uma mulher que viajou recentemente por Itália.
A mulher veio de Itália até à Macedónia do Norte numa carrinha, sendo que os restantes passageiros que a acompanhavam estão já a ser submetidos a exames.
O Departamento de Estado norte-americano lançou um “alerta de viagem” para a Itália, apelando aos cidadãos dos EUA para que “exerçam cuidados aumentados” devido ao coronavírus.
A mesma entidade, que é responsável pelas relações internacionais dos Estados Unidos, emitiu um comunicado semelhante em relação ao Irão, alertando os cidadãos norte-americanos para o risco de contágio por coronavírus, assim como para riscos de sequestro ou detenção.
Por fim, o Departamento de Estado emitiu um “alerta de viagem” para a Mongólia, alertando para as restrições que esse país tem imposto em relação à entrada de pessoas por receio de aumento do contágio.
Em França já há uma segunda morte devido ao coronavírus. O homem francês morreu durante a noite passada e, de acordo com as autoridades de saúde desse país, não tinha viajado para nenhuma das zonas onde o surto já chegou.
A primeira pessoa a morrer por coronavírus em França, em meados de fevereiro, era uma turista chinesa idosa.
O Ministério da Saúde do Líbano confirmou o segundo caso de coronavírus. Trata-se de uma mulher que chegou a esse país na semana passada vinda do Irão, no mesmo voo em que viajou o primeiro libanês infetado.
A mulher está em quarentena num hospital de Beirut desde segunda-feira, dia em que começou a mostrar sintomas de infeção.
"Agora é que vamos ver como este vírus se vai comportar num país tropical, durante o Verão. Veremos como será o padrão de comportamento deste vírus, que é novo e tanto pode manter o mesmo padrão de comportamento de transmissão que apresentou no hemisfério norte, onde, nesta época, faz frio", disse hoje o ministro, em conferência de imprensa.
"Em relação a fronteiras, o mundo é globalizado. Esse paciente [o primeiro com coronavírus no Brasil] saiu da Itália, mas fez uma conexão em Paris. É uma situação em que tentamos mapear para entender o deslocamento das pessoas e dos vírus. Aumenta a nossa vigilância e preparativos para atendimento", indicou o governante.
O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu hoje que Portugal está preparado para uma eventual "entrada" do coronavírus Covid-19 no país, com um plano de contingência pronto a ser ativado, mas que este é um problema global que exige ações concertadas.
Escusando-se a comentar as declarações feitas na terça-feira pelo Presidente da República, nas quais Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o Covid-19 pode transformar-se num "problema europeu", o ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que o coronavírus "já é um problema global" que só pode ser enfrentado com ações concertadas.
A Organização Mundial de Saúde "está a coordenar um esforço interno muito importante, quer de apoio aos países que mais têm sofrido com esta epidemia, a começar pela República Popular da China, quer na concertação das ações que tomamos para permitir o estancamento primeiro e depois a redução e eliminação" da epidemia, disse à saída de uma comissão parlamentar sobre assuntos europeus.
Augusto Santos Silva também sublinhou a cooperação entre países europeus, referindo as reuniões semanais para controlo feitas pelos Estados-membros da União Europeia desde hoje, e não descartou a eventual necessidade de encerrar fronteiras.
"Vivemos num espaço europeu em que uma das grandes riquezas é ser um mercado único e um espaço de livre circulação", mas "evidentemente, esse espaço de livre circulação tem de ser compatível com medidas técnicas que sejam necessárias para evitar a transmissão de doença", afirmou.
Lembrando que o controlo de fronteiras não é uma responsabilidade do seu ministério, Santos Silva adiantou que é preciso agir "com cautela" e adaptar "as medidas à evolução do conhecimento que vamos tendo, às sugestões que fazem as pessoas que têm capacidade técnica para lidar com estes fenómenos e também em função da coordenação com os parceiros europeus"
"O que faz sentido é que a decisão seja articulada", reforçou, explicando a vontade expressa por alguns países de fechar fronteiras só seria incompatível com as regras europeias se fossem decisões unilaterais.
"Nós beneficiaremos se a nossa decisão for concertada e é nesse trabalho de concertação que estamos empenhados ao nível europeu", concluiu.
A Federação Portuguesa de Esgrima cancelou a participação oficial nos Europeus de juniores, em Porec, na Croácia, devido ao receio com a propagação do surto de coronavírus Covid-19.
Apesar de os Europeus se disputarem na Croácia, grande parte dos 'transfers' eram feitos a partir de Veneza, no norte de Itália, onde se registaram vários casos, referiu à agência Lusa o diretor técnico nacional (DTN), Miguel Machado.
De acordo com o responsável, com o avolumar de casos, a organização decidiu cancelar o transporte a partir de Veneza, com a solução apresentada a passar por viajar de transportes públicos até Trieste, onde haveria transportes oficiais para Porec.
"Falámos com Ministério dos Negócios Estrangeiros e várias entidades e não nos aconselharam a fazer 'transfers' em transportes públicos", referiu o DTN.
A Federação enviou uma circular aos clubes a anunciar a decisão de cancelar a participação oficial e obrigando à assinatura de um termo de responsabilidade aos atletas que mantivessem a intenção de disputar a competição.
As autoridades de saúde da Andaluzia, sul de Espanha, confirmaram hoje o primeiro caso de infeção por Covid-19 na região, precisando que se trata de um paciente que foi admitido num hospital em Sevilha.
A informação foi confirmada pela Secretaria regional de Saúde à agência espanhola EFE, indicando que a pessoa em questão está internada no Hospital Virgen del Rocío de Sevilha e está a receber tratamento.
A Espanha elevou o nível de risco de infeção por coronavírus para moderado, numa altura em que o país regista já nove casos confirmados.
O ministro brasileiro da Saúde já confirmou o primeiro caso do novo Coronavírus no Brasil e na América Latina. Trata-se de um homem de 61 anos que esteve no norte de Itália de 9 a 21 de Fevereiro.
Outras quatro pessoas estão a ser sujeitas a exames nesse país. Todas elas chegaram a São Paulo vindas de Itália.
A ministra da Saúde refere que há planos de contingência elaborados, por exemplo, para a hotelaria. Os procedimentos estão agora a ser passados a escrito, para que não haja quaisquer dúvidas sobre a forma de agir em caso de um caso positivo.
A ministra diz, no entanto, que para já não há indicação da necessidade de tomada de medidas mais restritivas para quem regressa de locais onde há casos diagnosticados, argumentando que tanto a OMS como o centro europeu de controlo de doenças não advogam essa necessidade.
Marta Temido lembra sim as medidas de prevenção que cada um pode adoptar.
A epidemia do coronavírus poderá levar Itália a uma "recessão técnica", mas é improvável que tenha um impacto duradouro na economia e implicações na classificação de crédito do país, anunciou hoje a agência de notação financeira DBRS Morningstar.
"Dada a transição negativa do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) italiano no quarto trimestre de 2019, a desaceleração global, as medidas impostas e a suposição de que os medos em relação ao vírus provavelmente não desaparecerão rapidamente, afetando negativamente o consumo, Itália pode sofrer uma recessão técnica (dois trimestres consecutivos de crescimento negativo)", afirma a agência canadiana em comunicado.
A DBRS acrescenta que a epidemia do coronavírus em Itália, terá um "impacto modesto" na economia, sendo "improvável que tenha implicações duradouras na economia de Itália ou na sua classificação de crédito" pela DBRS Morningstar, que é de BBB (alta) com tendência estável.
A Federação Nacional dos Médicos diz que Portugal não está preparado para enfrentar o novo coronavírus.
O presidente João Proença utiliza uma expressão forte e afirma que vai ser um "pandemónio" quando se confirmar o primeiro caso.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional tem uma reunião amanhã na Direção-Geral da Saúde, com vista a debater "medidas preventivas" relacionadas com o coronavírus Covid-19, informou hoje o organismo representativo dos clubes profissionais.
"Este encontro, que vai realizar-se a pedido da Liga, servirá apenas para falar de medidas preventivas e antecipar cenários no futebol profissional português, numa altura em que o futebol italiano está a sofrer consequências dos casos existentes", indica a LPFP, em comunicado.
As autoridades espanholas confirmaram um segundo caso de coronavírus na Catalunha. Trata-se de uma mulher de 36 anos, residente em Barcelona, que chegou recentemente do norte de Itália.
O número de novos casos diários confirmados de coronavírus no resto do mundo ultrapassou pela primeira vez o que se verifica na China, anunciou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com 411 casos na China e 427 no resto do mundo registados na terça-feira, "o número de novos casos fora da China ultrapassou pela primeira vez o número de novos casos na China", declarou o diretor-geral daquela agência das Nações Unidas, Tedros Ghebreyesus, na sede da organização em Genebra.
"O aumento do número de casos fora da China incitou certos meios de comunicação e políticos a pressionarem para que seja declarada uma pandemia. Não devemos estar pressionados para a declarar sem uma análise aprofundada", afirmou, ressalvando que não hesitará em declará-la se a situação o exigir.
O diretor-geral da OMS frisou que "utilizar a palavra pandemia de forma imprudente não tem nenhuma vantagem, antes um risco importante de amplificação do medo e dos estigmas inúteis e injustificados".
Os Estados-membros da União Europeia e a Comissão Europeia vão passar a reunir todas as quartas-feiras para preparar uma linha de prevenção e contenção do coronavírus Covid-19, anunciou hoje a secretária de Estados dos Assuntos Europeus.
"Os Estados-membros estão a trabalhar com a Comissão Europeia para preparar uma linha de prevenção e contenção" e "vão reunir todas as quartas-feiras" para discutir o assunto, referiu Ana Paula Zacarias na comissão parlamentar dos Assuntos Europeus, onde decorre hoje a audição regimental do ministro dos Negócios Estrangeiros.
A secretária de Estado lembrou que a União Europeia já disponibilizou um primeiro pacote financeiro para dedicar à prevenção da transmissão do novo coronavírus.
A Direção-Geral de Saúde confirmou um novo caso suspeito de coronavírus. Trata-se de uma mulher proveniente de Milão que foi encaminhada para o Hospital de São João no Porto. A unidade é um dos hospitais de referência para estas situações.
Em declarações à emissora espanhola RAC-1, Maria Neira, diretora de saúde pública da Organização Mundial de Saúde, considerou ser "irracional e desproporcionado" que se esgotem as máscaras e os desinfetantes nas farmácias por medo do coronavírus.
A medida mais efetiva para prevenir o contágio - defendeu - é lavar as mãos com frequência.
Por outro lado, sublinhou que a diminuição de vítimas e contágios na China "poderá significar que a epidemia chegou ao cume e atingiu o pico epidémico".
A Grécia confirmou esta quarta-feira o primeiro caso de infeção por coronavírus no país.
De acordo com o Ministério grego da Saúde, trata-se de uma mulher de 38 anos que esteve em viagem no norte de Itália.
A Itália confirmou a 12ª morte de um paciente infetado por coronavírus: um homem de 69 anos.
Depois de uma fonte do Governo do Brasil ter anunciado o primeiro caso nesse país, o Ministério brasileiro da Saúde afirmou que irá divulgar oficialmente o resultado final da investigação às 11 horas locais (14h00 em Lisboa).
A conferência de imprensa é conjunta, com o titular da pasta da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e com o secretário da Saúde do Estado de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira.
O jornalista Pedro Sá Guerra, correspondente da Antena 1 no Brasil, está a acompanhar a situação.
Segundo a repórter da RTP, Rosário Salgueiro, a cidade de Milão está praticamente deserta, com escolas e museus fechados e parte da cidade parada.
A direção regional de Saúde aconselhou as pessoas a não saírem à rua, se possível, a trabalharem através de casa.
O cenário em Itália piorou esta quarta-feira, com as autoridades desse país a anunciar 30 novos casos nas duas regiões mais afetadas: Lombardia e Veneto. Entre os novos infetados estão crianças.
Em Lombardia, região que engloba a cidade de Milão, os casos subiram para 259, com quatro crianças entre os infetados. A criança mais nova é uma menina de quatro anos.
Já em Veneto, o número de doentes aumentou para 58.
Os casos confirmados em todo o país são mais de 350 e o número de mortos mantém-se nos 11, sendo que todas as vítimas eram idosos e a maioria possuía outros problemas de saúde.
A China colocou em quarentena 257 passageiros de dois voos provenientes da Coreia do Sul como parte das medidas para evitar o aumento da propagação do coronavírus, afirmaram esta quarta-feira os meios de comunicação chineses.
O primeiro avião veio de Seoul e aterrou na cidade chinesa de Nanjing na terça-feira, com 94 passageiros a bordo. Três deles mostravam sinais de febre, apesar de terem resultado negativo nos primeiros testes de despiste da doença, que voltarão a repetir.
Outros 163 passageiros estão em quarentena num avião que veio da Coreia do Sul até à cidade chinesa de Weihai, sendo que, neste caso, cinco passageiros revelavam sinais de febre.
A Coreia do Sul é o país com mais casos confirmados fora da China, registando até ao momento 1.261.
A mulher de Adriano Maranhão, o português que está no Japão infetado com o novo coronavírus, confirmou à RTP que o marido se encontra em "monitorização" e "observação".
Adriano Maranhão voltou a fazer testes esta quarta-feira de manhã e, de acordo com a sua mulher Emmanuelle, as autoridades japonesas têm estado a acompanhar a evolução do estado clínico do doente português.
O Irão confirmou esta quarta-feira mais 44 casos de infeção por coronavírus em apenas 24 horas, registando 139 casos no total. O número de mortos subiu para 19.
Já no Kuwait, o Ministério da Saúde anunciou seis novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 18 o número total. Esses seis casos dizem respeito a cidadãos do Kuwait que realizaram viagens ao Irão.
As reservas de sangue na China estão cada vez mais reduzidas. Os centros de recolha de sangue por todo o país estão a registar cada vez menos doações, tendo um deles emitido já um “alerta vermelho” por ver o seu stock perto do fim.
De acordo com os meios de comunicação social chineses, médicos e outros profissionais de saúde têm estado a doar sangue para compensar as faltas.
“As reservas de sangue alcançaram o nível mais baixo da história e o fornecimento de sangue para uso clínico está a enfrentar um desafio sem precedentes”, alertou o centro de recolha da cidade chinesa de Jining em meados de fevereiro.
Os hospitais da China têm estado a adiar cirurgias na esperança de que a epidemia seja controlada em breve, enquanto pacientes cancerosos ou com doenças relacionadas com o sangue possuem prioridade nas transfusões.
França confirmou esta quarta-feira mais três novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 17 o número total no país.
As autoridades francesas confirmaram ainda a segunda morte na sequência da infeção. Trata-se de um paciente de 60 anos que morreu em Paris.
Cerca de dez horas depois de ter sido confirmado, em Madrid, o primeiro caso de infeção por coronavírus, foi registado o segundo caso na capital espanhola. O número total de infetados em Espanha ascende, assim, a dez.
Ainda não são conhecidos pormenores sobre o mais recente caso. Já o primeiro infetado em Madrid é um homem de 24 anos que esteve em viagem pelo norte de Itália. O paciente encontra-se em bom estado, apesar de permanecer hospitalizado.
A diretora-geral da Saúde explicou à RTP os procedimentos em Portugal para evitar a chegada do coronavírus e para dar resposta eficaz quando surgem casos suspeitos no país. Graça Freitas garante que os hospitais portugueses estão preparados para uma eventual escalada da epidemia.
Desde que a fase de alerta começou, em janeiro, há três hospitais em Portugal que estão "permanentemente preparados" para receber casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, explicou Graça Freitas.
O Hospital de São João, no Porto, e o Dona Estefânia e o Curry Cabral, em Lisboa, estão na "primeira linha" quando se trata de uma emergência numa epidemia, e têm sido suficientes considerando o números de casos que têm aparecido.
Caso haja uma escalada desta epidemia, a Direção-Geral da Saúde tem mais cinco hospitais portugueses preparados para receber casos suspeitos e doentes infetados.
Quanto ao controlo de fronteiras, Graça Freitas considera que este "não tem muitos efeitos na deteção de casos", uma vez que as pessoas podem estar assintomáticas ou ainda no início do tempo de incubação da infeção.
Graça Freitas admitiu ainda que os casos confirmados em Itália e em vários países europeus têm assustado os portugueses.
O Governo de Hong Kong revelou esta quarta-feira que cerca de três mil dos seus cidadãos que atualmente se encontram na província de Hubei, epicentro do surto, o contactaram com pedidos de ajuda para serem repatriados.
Estes cidadãos de Hong Kong têm até sexta-feira para enviar pedidos formais de repatriamento e o Governo dessa região esclareceu que todos os que regressem têm de permanecer em quarentena por 14 dias.
Hong Kong tem, até ao momento, 90 casos de coronavírus confirmados, sendo que três pessoas já morreram.
Uma fonte do Governo do Brasil confirmou o primeiro caso de infeção por coronavírus. Trata-se de um homem de 61 anos que está em São Paulo e que os médicos decidiram que pode permanecer em casa, sem necessidade de internamento hospitalar.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, “o paciente encontra-se em bom estado clínico e sem necessidade de internação, permanecendo em isolamento respiratório que será mantido durante os próximos 14 dias”.
O homem infetado esteve em Itália de 9 a 21 de fevereiro, período que coincidiu com a explosão de casos de infeção nesse país europeu.
"Todos os visitantes provenientes de áreas de alta incidência [como a Coreia do Sul e algumas províncias chinesas] podem ser submetidos a exames médicos, a qualquer momento, em todos os postos fronteiriços, sem exceção", garantiu o Governo de Macau, em comunicado.
Esses visitantes são enviados a um dos "dois postos destinados à realização de exames médicos".
Os exames "têm uma duração de seis a oito horas e, pelo menos uma vez a cada duas horas, [esses indivíduos] serão avaliados através da medição da temperatura corporal, consulta médica e exame físico", explicou o Governo.
Posteriormente, reforçaram as autoridades, "será decidido o método de tratamento para os indivíduos examinados", caso seja necessário.
O número de infetados com o coronavírus Covid-19 em Macau desceu para três após uma nova alta hospitalar anunciada na terça-feira pelos Serviços de Saúde locais.
Dos 10 casos registados em Macau, este é o sétimo paciente a receber alta, continuando internadas outras três pessoas.
A Princess Cruises, empresa que detém o navio Diamond Princess, onde um português permaneceu infetado com Covid-19, disse esta quarta-feira estar em contacto com Adriano Maranhão e a mulher e que o irá acompanhar até que seja repatriado.
"A Princess Cruises pode confirmar que nossa equipa médica de apoio à tripulação está em contacto com Adriano Maranhão e com a sua esposa. Devido às leis de privacidade, não podemos divulgar detalhes médicos, mas podemos confirmar que o Sr. Maranhão foi transferido para uma instalação médica em terra", esclareceu a empresa.
"A nossa equipa de apoio aos tripulantes continuará em contacto com ele [Adriano Maranhão] e com a sua família para garantir que se sinta confortável até ser repatriado", adiantou.
Adriano Maranhão, canalizador no navio de cruzeiros Diamond Princess, foi transferido na terça-feira para o hospital da cidade de Okazaki, Japão, depois de no sábado as autoridades japonesas terem confirmado que o português deu teste positivo ao coronavírus Covid-19.