Coreia do Sul diz que Seul e Washington vão reforçar dissuasão contra Pyongyang

por Lusa
Piroschka van de Wouw - Reuters

O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse, no discurso de Ano Novo, que Seul e Washington vão completar a modernização do mecanismo de dissuasão contra Pyongyang.

"Até ao primeiro semestre deste ano, completaremos o quadro reforçado de dissuasão alargada da República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] e dos EUA para dissuadir de maneira fundamental quaisquer ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte", afirmou.

Yoon sublinhou que a situação atual na península, com Pyongyang a virar as costas ao diálogo e a investir cada vez mais na modernização do arsenal e forças armadas, exige uma demonstração de força para garantir "uma paz genuína e duradoura".

A chamada dissuasão alargada é o mecanismo através do qual Washington se compromete a proteger Seul de um ataque de Pyongyang e, a partir deste ano, inclui também a opção nuclear.

No início de dezembro, os dois países realizaram a segunda reunião do grupo consultivo nuclear e concordaram em estabelecer uma estratégia conjunta até meados do próximo ano para reforçar o quadro de dissuasão face aos avanços de armamento da Coreia do Norte.

Yoon também dedicou parte do discurso de Ano Novo às crescentes dificuldades económicas que muitos sul-coreanos enfrentam devido à inflação, ao aumento das taxas de juro e à subida dos preços do petróleo.

O chefe de Estado prometeu que "o calor da recuperação económica e do sucesso chegará [este ano] a todos os quadrantes da sociedade".

O Presidente sul-coreano sublinhou igualmente a necessidade de aumentar urgentemente a taxa de natalidade da Coreia do Sul, a mais baixa de todos os países desenvolvidos.

"Não nos resta muito tempo. Precisamos de uma abordagem completamente diferente para encontrar as causas e soluções para este problema", disse.

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