Pelo menos 25 sul-coreanos morreram após serem vacinados contra a gripe sazonal nos últimos dias. A Associação Médica da Coreia do Sul exigiu a suspensão da vacina em questão, mas os responsáveis negam qualquer relação entre a inoculação e as mortes, garantindo, contudo, que estão a investigar o sucedido.
As autoridades sul-coreanas recusaram-se a suspender a vacina contra a gripe sazonal e tentaram tranquilizar as pessoas, embora o número de mortos após a vacinação tenha já aumentado para 25.
A equipa médica que lidera um inquérito sobre as mortes disse não acreditar que a vacina e as fatalidades estejam conectadas, segundo a Reuters. Mas a confiança no programa de vacinação foi abalada com o número de vítimas a aumentar e a Associação Médica da Coreia do Sul pediu a sua suspensão até que a segurança seja garantida.
Pelo menos 22 dos mortos confirmados até agora, incluindo um menino de 17 anos, fizeram parte de uma campanha para inocular 19 milhões de adolescentes e idosos gratuitamente, disse a Agência de Prevenção e Controle de Doenças da Coreia (KDCA).
"O número de mortes aumentou, mas a nossa equipa vê pouca possibilidade de as mortes terem sido provocadas pelas vacinas", disse o diretor da agência, Jeong Eun-kyeong, ao Parlamento.
"O número de mortes aumentou, mas a nossa equipa vê pouca possibilidade de as mortes terem sido provocadas pelas vacinas", disse o diretor da agência, Jeong Eun-kyeong, ao Parlamento.
Até agora, cerca de 13 milhões de pessoas na Coreia do Sul receberam a vacina contra a gripe, num programa gratuito de vacinação, lançado pelo governo com o objetivo de evitar um surto de gripe sazonal e a sobrecarga dos serviços de saúde, numa altura em que o mundo enfrenta a pandemia da Covid-19.
"Eu entendo e lamento que as pessoas estejam preocupadas com a vacina", disse o ministro da Saúde, Park Neung-hoo, que confirmou à imprensa local que o programa gratuito iria prosseguir.
"Estamos a investigar as causas, e vamos examinar mais uma vez minuciosamente todo o processo, no qual várias agências governamentais estão envolvidas, desde a produção até a distribuição", esclareceu.
"Estamos a investigar as causas, e vamos examinar mais uma vez minuciosamente todo o processo, no qual várias agências governamentais estão envolvidas, desde a produção até a distribuição", esclareceu.
O médico e professor Kim Jun-kon, que lidera a equipa de investigação de danos, tentou também tranquilizar os sul-coreanos sobre a segurança do programa de vacinação, afirmando que a investigação até agora concluiu que as mortes não foram resultado da vacina contra a gripe. Segundo a mesma fonte, as autópsias estão a ser realizadas, sendo os corpos das vítimas também testados à Covid-19.
Confiança no Programa de Vacinação é novamente abalada
Este programa de vacinação da Coreia do Sul tem se revelado controverso. É a segunda vez que a confiança no programa de vacinação é abalada.
O programa já tinha sido suspenso, durante três semanas, depois de se descobrir que cerca de cinco milhões de doses da vacina contra a gripe, que precisam de estar refrigeradas, foram expostas à temperatura ambiente durante o transporte para um centro médico.
No entanto, nenhuma das pessoas que morreu nos últimos dias recebeu estas vacinas mal acondicionadas. Por isso, Kim não vê razão para que o programa de vacinação seja novamente suspenso.
Mas a verdade é que há muito para explicar sobre as 25 mortes confirmadas após a inoculação desta vacina. Uma das vítimas foi um jovem de 17 anos que morreu dois dias depois de receber a vacina, tendo sido este o caso que chamou a atenção das autoridades.
As outras mortes relatadas foram de pessoas acima dos 65 anos.
No entanto, nenhuma das pessoas que morreu nos últimos dias recebeu estas vacinas mal acondicionadas. Por isso, Kim não vê razão para que o programa de vacinação seja novamente suspenso.
Mas a verdade é que há muito para explicar sobre as 25 mortes confirmadas após a inoculação desta vacina. Uma das vítimas foi um jovem de 17 anos que morreu dois dias depois de receber a vacina, tendo sido este o caso que chamou a atenção das autoridades.
As outras mortes relatadas foram de pessoas acima dos 65 anos.
Os fornecedores de vacinas incluem empresas nacionais como GC Pharma, SK Bioscience, Korea Vaccine e Boryung Biopharma Co. Ltd., uma unidade da Boryung Pharm Co. Ltd., e ainda a francesa Sanofi.
Estas fornecem tanto o programa gratuito como os serviços pagos que, juntos, pretendem vacinar cerca de 30 milhões de pessoas, numa população de 52 milhões.
Dos 25 mortos, foram administrados produtos da SK Bioscience em dez pessoas, em cinco da Boryung e GC Pharma, um da Korea Vaccine e quatro da Sanofi.
Não está ainda esclarecido se alguma das vacinas fabricadas na Coreia do Sul era exportada ou se as fornecidas pela Sanofi também estavam a ser usadas noutros países.
A Associação Médica Coreana, um grupo influente de médicos, instou o governo a suspender todos os programas de vacinação por enquanto, para acalmar as preocupações do público e garantir que as vacinas sejam seguras, apelo que as autoridades recusaram.
Estas fornecem tanto o programa gratuito como os serviços pagos que, juntos, pretendem vacinar cerca de 30 milhões de pessoas, numa população de 52 milhões.
Dos 25 mortos, foram administrados produtos da SK Bioscience em dez pessoas, em cinco da Boryung e GC Pharma, um da Korea Vaccine e quatro da Sanofi.
Não está ainda esclarecido se alguma das vacinas fabricadas na Coreia do Sul era exportada ou se as fornecidas pela Sanofi também estavam a ser usadas noutros países.
A Associação Médica Coreana, um grupo influente de médicos, instou o governo a suspender todos os programas de vacinação por enquanto, para acalmar as preocupações do público e garantir que as vacinas sejam seguras, apelo que as autoridades recusaram.