Coreia do Norte procede ao lançamento de mísseis após exercícios americanos

por RTP
Reuters

A Coreia do Norte lançou dois mísseis de curto alcance esta quarta-feira. A informação foi avançada pelo exército norte-coreano horas depois de os Estados Unidos terem lançado bombardeiros estratégicos em exercícios militares realizados com aliados. O Japão também deu conta do lançamento que acabou por cair perto da zona económica exclusiva japonesa.

O ministro da Defesa do Japão reportou o lançamento suspeito de um míssil balístico e a Coreia do Sul também já reagiu.

“O nosso exército reforçou a vigilância em preparação para provocações adicionais e mantém-se preparado enquanto mantém a cooperação com os Estados Unidos”, revelou uma autoridade pertencente ao governo sul-coreano num comunicado.

De acordo com a Reuters, o lançamento norte-coreano acontece um dia antes de terem início exercícios militares de onze dias que juntam Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. A denúncia destes exercícios foi realizada pela Coreia do Norte.

Os lançamentos de mísseis balísticos por parte da Coreia do Norte estão proibidos pelas Nações Unidas que impuseram restrições duras sobre o uso de armamento nuclear por parte do regime de Kim Jong-Un.

Os Estados Unidos já estão a par do lançamento realizado pela Coreia do Norte e John Kirby, porta-voz de Segurança Nacional norte-americano, afirmou estar preocupado com as negociações que podem estar a avançar entre a Rússia e a Coreia do Norte fazendo notar que qualquer acordo é proibido.

John Kirby revelou também que Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, viajou para a Coreia do Norte para tentar convencer Pyongyang a vender mais artilharia e munições à Rússia. No futuro, os Estados Unidos e a Coreia do Sul querem integrar os seus sistemas de defesa para monitorizarem o lançamento de mísseis por parte do regime de Kim Jong-Un. Uma cooperação que também inclui o Japão.

Joe Biden revelou há pouco tempo que chegou a acordo com Yoon Suk Yeol (presidente da Coreia do Sul) e Fumio Kishida (primeiro-ministro japonês) para que no fim do ano os três países revelassem em tempo real os lançamentos norte-coreanos.
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