Os prazos para terminar a cimeira do clima já foram ultrapassados com esperanças que este sábado seja o dia para alcançar um acordo entre países este sábado. O objetivo é chegar a um entendimento sobre que limites impor para amenizar os efeitos do aquecimento global nos próximos anos.
Este sábado já foi proposto um novo rascunho de projeto final com várias conversações bilaterais durante a noite mas ainda não se sabe se é desta que vai existir um consenso entre nações.
No novo documento vai ficar estabelecido que sejam realizadas cimeiras do clima nos próximos anos para tratar da questão financeira, de apoio e adaptação às mudanças climáticas e ao dossier de perdas e danos, assunto muito complexo abordado durante esta Cop26.
O novo rascunho pede também a eliminação progressiva da energia a partir do carvão e o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis ineficientes. Este é um artigo que a Arábia Saúdita e Asutrália pediam para cair completamente.
Quanto ao financiamento, o documento mantém a proposta de juntar cem mil milhões de dólares até 2025 para ajudar os países em desenvolvimento.
Os organizadores da Cimeira estão optimistas apesar de ultrapassados os prazos e acreditam que a sessão possa ser fechada na tarde deste sábado, com a chegada do novo rascunho, disse Alok Sharma.
Conseguir que perto de 200 nações cheguem a um acordo final é uma tarefa de grandes proporções que não se mostra fácil de concretizar. Para além da divisão entre os países mais ricos e os que estão em desenvolvimento, existe também uma oposição forte da empresas produtoras de carvão, petróleo e gás, empresas que contestam o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis.
"Este é um teste à paciência do presidente da Cimeira, Alok Sharma, e para saber se ele consegue mostrar resultados ambiciosos onde não existe um consenso óbvio", declarou um grupo de analistas climáticos, sobre as conversações na cimeira que já ultrapassam os prazos.
Sharma mantém que o grande objetivo é manter a promessa de não aumentar a temperatura global em mais de 1,5 graus celsius. O último relatório das Nações Unidas mostra que esta é uma premissa obrigatória para não existirem impactos climáticos ainda piores do aqueles que já se registam por todo o mundo.
Se o texto final da Cimeira mencionar combustíveis fósseis, esta seria uma inclusão sem precedentes na história de várias cimeiras. Nas 25 cimeiras anteriores nunca o papel de carvão, petróleo ou gás esteve incluído nos textos finais.