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Reportagem

Cooperação política, económica e militar. Macron realiza visita de dois dias a Portugal

por Andreia Martins, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

O presidente francês deu início esta quinta-feira a uma visita de dois dias a Portugal. O itinerário abrange as cidades de Lisboa e Porto. Além de diferentes reuniões de alto nível, espera-se a assinatura de acordos bilaterais nos capítulos político, económico e cultural e uma carta de intenções em matéria de armas. Acompanhamos aqui, ao minuto, os passos de Emmanuel Macron e da primeira-dama francesa, Brigitte, em território português.

Foto: José Sena Goulão - EPA

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Marcelo Rebelo de Sousa fez duras críticas aos Estados Unidos

Foto: António Antunes - RTP

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, faz duras críticas à posição dos Estados Unidos na guerra da Ucrânia. O chefe de Estado ofereceu um jantar solene, na noite de quarta-feira, ao homólogo francês.

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"Temos de ser fortes na tempestade, acreditar na universalidade dos nossos valores", afirma Macron

O presidente francês iniciou a sua intervenção com elogios ao "talento" do homólogo português. "Subscrevo tudo o que disse", vincou.

Tal como fez Marcelo, lembrou que Portugal e França são "povos antigos com uma história".

"Quando as referências se afundam, é preciso conservar uma direção. Temos de ser fortes na tempestade, acreditar na universalidade dos nossos valores e acreditar numa Europa forte", asseverou.

Emmanuel Macron focou-se depois na relação entre os dois países mas também nas particularidades de Portugal, evocando um verso de "Grândola Vila Morena", a Revolução de 25 de Abril, os capitães que operaram a mudança de regime e os mais de 1.000 políticos que eram refugiados em França. "Cinquenta anos depois, são exemplos de coragem que merecem a nossa admiração", afirmou.

O presidente francês mencionou ainda Lino Loureiro, o português de 69 anos que morreu no último fim de semana num atentado em Mulhouse, apresentando os pêsames à família. 

"Hoje muitos franceses e francesas tem origem portuguesa. O vosso povo contribuiu para a reconstrução do nosso", disse Emmanuel Macron a respeito da vasta comunidade portuguesa.

"Portugal atrai agora muitos franceses. Estou convicto que é nestas relações humanas que os nossos países têm a sua força", acrescentou.

Emmanuel Macron concluiu o discurso lembrando o papel de "aliados" como António Costa, no Conselho Europeu, e António Guterres, nas Nações Unidas. Em português, o presidente francês brindou "à amizade entre França e Portugal" e "à Europa".
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"Este é o momento crucial na definição de quem é parceiro", afirma Marcelo

O primeiro a falar foi o presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa destacou o histórico de relações próximas entre os dois países. Em francês, lembrou a significativa comunidade de portugueses que vivem em França. Uma amizade que se projeta em várias áreas, destacou.

Depois, em português, o presidente frisou que “este é o momento crucial na definição de quem é parceiro, aliado e amigo”. Mencionou a união de grande parte dos países em torno da Ucrânia desde a primeira hora.

“Três anos depois, o novo presidente dos EUA rompeu com a orientação do seu antecessor e toda a política externa desde a II Guerra Mundial”, apontou Marcelo Rebelo de Sousa, tendo listado vários dos passos que têm sido dados pela Administração norte-americana, nomeadamente a “interferência” nas eleições federais na Alemanha e a votação da última segunda-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas, ao lado da Rússia.

"Questionou a soberania do Canadá, aliado na NATO e na Ucrânia. (...) Questionou a administração da Dinamarca, outro aliado na NATO e na Ucrânia, na Gronelândia. Afirmou o objetivo de paz o mais rápido possível na Ucrânia, assente no entendimento preferencial com a Federação Russa e sem intervenção europeia", elencou ainda.

Perante estas mudanças “só não vê quem não quer ver”, resumiu o chefe de Estado português. “Dia após dia neste último mês, com estes gestos, se foi corroendo a NATO”, acrescentou. 

Afirmou que os Estados Unidos não têm "legitimidade jurídica internacional para atacar a soberania de parceiros, aliados e amigos" e "intervir na sua integridade territorial, para preferirem fazer a chamada paz com a Federação Russa e seus aliados, sem a União Europeia", ou mesmo para "reduzirem o papel da Ucrânia a uma sujeição máxima e soberania mínima". 

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou ainda o papel de Emmanuel Macron ao fazer vincar a posição europeia em plena Casa Branca, como antes fizeram Charles De Gaulle e Winston Churchill no século XX.

O chefe de Estado português terminou a intervenção com um brinde à amizade entre França e Portugal e agradecendo a visita ao país "neste preciso momento".

"Já fizemos história juntos. Enquanto outros ainda não existiam, tivemos um papel essencial na independência norte-americana e Portugal foi um dos primeiros países a reconhecer essa independência", vincou o presidente português, lembrando ainda que as tropas portuguesas foram das últimas a deixar o Afeganistão.
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Marcelo recebe Macron no Palácio Nacional da Ajuda

O primeiro dia de visita oficial de Emmanuel Macron termina com um jantar de Estado oferecido pelo Presidente da República português, no Palácio Nacional da Ajuda.
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Presidente francês iniciou visita de dois dias a Portugal

Foto: António Antunes - RTP

Durante o primeiro de dois dias da visita de Estado a Portugal, o presidente francês disse que os europeus têm de se convencer que devem estar mais unidos e fortes que nunca.

Luís Montenegro elogiou-o pelos seus esforços de paz e avisou que há direitos universais que estão ameaçados.
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Macron na "fábrica de unicórnios" de Lisboa

Emmanuel Macron esteve com Carlos Moedas na "fábrica de unicórnios" de Lisboa. Trata-se de um projeto para desenvolver pequenas empresas. O presidente francês falou da importância da inovação tecnológica como fator de criação de emprego e de desenvolvimento social, e sublinhou que a Europa precisa de reter talento para não perder a corrida da inteligência artificial
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Macron: "Temos de nos inspirar com o que Portugal já fez"

O presidente francês deixou elogios à organização da última Conferência dos Oceanos, em 2022. Emmanuel Macron salientou que Portugal "é uma fonte de inspiração" e lembrou, entre outros esforços, a criação da área marinha protegida nos Açores.

Lembrou que Portugal e França "são duas grandes nações marítimas" e que perante um mundo que se "fragmenta", é ainda mais urgente trabalhar para a assinatura do Pacto Europeu do Oceano, em Nice, e "conseguir cooperar e agir juntos para o que é um bem comum do planeta".
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Montenegro destaca "novo impulso" nas relações entre Portugal e França

O primeiro-ministro português destacou também a importância desta visita, que dá "um novo impulso às relações bilaterais entre Portugal e França", sobretudo com a assinatura de um "Tratado de Amizade e Cooperação".

Luís Montenegro lembrou ainda que Portugal tem em França a sua maior comunidade emigrante e que há muitos franceses a viver em Portugal, assim como milhares de turistas franceses que visitam o país todos os anos. Em concreto sobre os Oceanos, o chefe de Governo português vincou a necessidade de proteção do clima e a sustentabilidade global, mas também o "aprofundamento das oportunidades que os oceanos, a biodiversidade marítima e marinha oferecem".
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Montenegro elogia "postura" de Macron nas últimas semanas

No discurso de passagem de testemunho, o primeiro-ministro Luís Montenegro salientou os laços entre Portugal e França, mas também deixou elogios à "postura" de Emmanuel Macron e pelo "trabalho que tem evidenciado nas últimas semanas".

Um esforço para "dar passos positivos" no contexto internacional. "Para que possamos ter um processo de paz na Ucrânia, com a Ucrânia com a Europa".
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por RTP

Conferência ONU sobre Oceanos. Passagem de testemunho entre Portugal e França

Depois da visita de Emmanuel Macron à Assembleia da República, decorre a esta hora uma cerimónia no Centro Cultural de Belém (CCB) em que se assinala a passagem de testemunho da organização da Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos. A última conferência decorreu em Lisboa, em 2022 e a próxima irá realizar-se em Nice, em junho deste ano.

Nesta conferência estão o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e o presidente francês, Emmanuel Macron.
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"Europeus têm hoje de estar unidos e mais fortes do que nunca"

No final da visita ao hemiciclo, numa declaração inesperada aos jornalistas, o presidente francês mencionou o contexto de "incerteza" que o Mundo e a Europa atravessam. "Os europeus hoje têm de estar unidos e fortes mais do que nunca. O laço entre Portugal e França é um dos sinais desta Europa mais forte", vincou.

"Por vezes as alianças muito antigas são questionadas. Vinte e seis anos depois da última visita de um presidente francês, esta amizade continua", destacou ainda Emmanuel Macron.

Questionado pelos repórteres presentes se tinha conseguido convencer Donald Trump a receber Volodymyr Zelensky na Casa Branca, Emmanuel Macron respondeu apenas que o presidente ucraniano deverá reunir-se com o homólogo norte-americano em Washington. 

Aproveitou para vincar que a guerra na Ucrânia é "um combate pelo Direito Internacional, pela soberania e pela segurança dos europeus".

"É existencial, é muito importante para nós e também para os Estados Unidos", acrescentou.
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Emmanuel Macron realça "empenho comum pela nossa Europa"

O presidente francês prossegue a primeira visita à Assembleia da República e esteve no hemiciclo. Na mensagem que escreveu no Livro de Honra, referiu-se ao Parlamento português como "um lugar emblemático da democracia portuguesa". "Feliz por celebrar a amizade entre França e Portugal e o empenho comum na nossa Europa", escreveu ainda.
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por RTP

Macron visita Assembleia da República e é recebido por líderes dos grupos parlamentares

O presidente francês assinou o Livro de Honra no Salão Nobre da Assembleia da República e foi recebido pelos líderes dos grupos parlamentares. Emmanuel Macron está agora reunido em privado com Aguiar Branco.
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por RTP

"Tantos laços nos unem". A mensagem de Macron nas redes sociais

O presidente francês fez uma publicação em português nas redes sociais ao início da tarde. Afirma que está "muito feliz e orgulhoso" desta visita de Estado a Portugal, a primeira de um chefe de Estado francês em 26 anos, salienta.

"Tantos laços nos unem! Com Portugal, reforçamos nossas parcerias em inovação, defesa, infraestruturas, transição energética e proteção dos oceanos. A serviço de uma agenda europeia de soberania", acrescenta.

Macron faz a mesma publicação também em francês, acompanhada de fotografias com Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa.


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por RTP

Emmanuel Macron recebido na Assembleia da República

O presidente francês está a ser recebido com honras militares na Assembleia da República. À sua espera está o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco.

Chegou a estar prevista uma sessão em plenário, mas o curto tempo de Macron obrigou a ajustes.

Macron chegou à Assembleia da República pelas 16h20.
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por Lusa

Programa de Macron e Montenegro sobre oceanos muda de local devido ao mau tempo

A passagem de testemunho de Portugal para França da conferência das Nações Unidas sobre oceanos, com a presença do Presidente francês e do primeiro-ministro português, foi hoje transferida de um veleiro para o Centro Cultural de Belém.

A informação foi avançada pelo gabinete do primeiro-ministro e deve-se à chuva intensa que, desde manhã, cai em Lisboa.

"A cerimónia prevista para as 16:25 no Veleiro Santa Maria Manuela, no Cais do Adamastor, Parque das Nações, passou por razões climatéricas para o Centro Cultural de Belém (Sala Sophia de Mello Breyner)", informa uma nota do gabinete de Luís Montenegro.

Esta cerimónia servirá para as autoridades portuguesas transferirem para Macron os poderes para a realização da terceira edição da Conferência da ONU sobre o Oceano (a segunda ocorreu em Lisboa em 2022), que decorrerá entre 09 e 13 de junho deste ano em Nice (sul de França).

Em junho de 2022, Macron esteve em Portugal precisamente para participar na Conferência dos Oceanos em Lisboa.

Luís Montenegro reuniu-se pela primeira vez com Macron, no Eliseu, em Paris, em junho do ano passado, quando ambos tiveram um almoço de trabalho.

A visita de Macron, a convite do Presidente português, é a primeira de Estado de um Presidente francês a Portugal em 26 anos. A última aconteceu em 1999 com Jacques Chirac.

Depois de encontros oficiais com o Presidente da República, o primeiro-ministro e uma cerimónia na Assembleia da República, o programa do Presidente francês inclui, ainda hoje, uma visita à chamada fábrica dos unicórnios, com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o jantar oficial oferecido por Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio da Ajuda, com discursos de ambos.

No segundo dia, na deslocação do chefe de Estado francês ao Porto para se encontrar com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, deverá ser assinada cerca de uma dúzia de acordos bilaterais, incluindo "um acordo de amizade, um acordo de cooperação franco-portuguesa e uma carta de intenções no domínio do armamento.

Também serão assinados acordos de cooperação cultural, científica e técnica, polícia, coprodução cinematográfica, em particular com o Centre National de la Cinématographie, e um plano de ação a favor do ensino superior, da ciência e da inovação.

Macron participa também num fórum de negócios franco-português no Porto com Marcelo e Montenegro, com foco na cooperação económica e de investimento de França a Portugal, e os laços entre os dois países, bem como questões relativas a inovação, defesa e preservação da soberania na Europa.

 

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por RTP

Macron e Montenegro em almoço

O presidente francês já foi recebido por Luís Montenegro no Palácio de São Bento. Luís Montenegro e Emmanuel Macron vão almoçar juntos.

Depois de sair de São Bento, Macron irá ser recebido na Assembleia da República com uma cerimónia solene de boas-vindas, com honras de Estado, mas sem a sessão antes prevista de discursos em plenário.

Luís Montenegro voltará a estar com o presidente francês a meio da tarde na cerimónia que assinalará a transmissão da organização da conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC) entre Portugal e França, com discursos de ambos.
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Condecorações
por RTP

Marcelo distingue o casal Macron

Ao presidente francês foi entregue o Grande colar Ordem da liberdade. Brigitte Macron recebeu a Grande Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique.

Concluída a primeira reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, a comitiva do presidente francês deixou o Palácio de Belém.
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por RTP

Macron recebido com chuva para visita de dois dias a Portugal

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

Foi à chuva a receção ao presidente francês, que está em Portugal para uma visita de dois dias. Emmanuel Macron tem na agenda vários encontros em que se falará de defesa, inovação, energia e oceanos.

Foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa, já depois das 12h00, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
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por RTP

Macron assina livro de honra da Presidência da República

Os dois chefes de Estado estão agora reunidos no Palácio de Belém, depois de terem tirado a tradicional fotografia oficial na Sala das Bicas e de Emmanuel Macron ter assinado o livro de honra da Presidência da República, assinado por todos os chefes de Estado que visitam Portugal.
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por RTP

Macron coloca coroa de flores no túmulo de Camões

No Mosteiro dos Jerónimos, Emmanuel Macron e a mulher Brigitte depositaram uma coroa de flores com uma faixa com as cores da bandeira francesa junto do túmulo de Luís de Camões.
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por RTP

Emmanuel Macron já chegou a Belém

O presidente francês já está com Marcelo Rebelo de Sousa. Emmanuel Macron chegou ao final da manhã ao Mosteiro dos Jerónimos. Debaixo de chuva, os dois presidentes ouviram os hinos nacionais de ambos os países.
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por Antena 1

Macron em Portugal com vários acordos bilaterais em agenda

Foto: Mohammed Badra - EPA

A visita de Estado do presidente francês, Emmanuel Macron, inclui a assinatura de uma série de acordos bilaterais com o Governo português. A indústria farmacêutica e a aquacultura são duas áreas de negócio que vão estar em destaque.

Entrevistado pela Antena 1, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa, Fabrice Lachize, diz que é possível desenvolver mais o investimento entre os dois países.

Portugal tem um saldo comercial positivo com a França. Fabrice Lachize espera um maior equilíbrio entre as exportações e importações.

Olha também com receio para as tarifas prometidas pelos Estados Unidos, mas ainda tem esperança que não avancem. A França pode procurar novos parceiros económicos, caso as tarifas de 25 por cento prometidas por Donald Trump avancem contra a União Europeia, é o que afirma o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa no dia em que o presidente francês Emmanuel Macron começa uma visita de dois dias.
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Macron em Portugal
por RTP

"Marcar a profundidade e a densidade dos laços"

Emmanuel Macron reúne-se com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro. Em destaque estarão a segurança e a defesa da União Europeia, face à inversão de paradigma introduzida pela nova Administração de Donald Trump. Mas também as matérias económicas.

O presidente francês é recebido em sessão solene na Assembleia da República. Depois, no veleiro Santa Maria Manuela, no Cais do Adamastor, recebe o testemunho para a terceira edição da Conferência da ONU sobre o Oceano, que vai ter lugar de 9 a 13 de junho em Nice, no sul de França.A agenda de Macron em Portugal abrange a assinatura de um acordo de amizade e cooperação entre os dois países.


Haverá ainda lugar a uma conversa entre Macron e o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, no centro de empreendedorismo Beato Innovation District, evento que vai contar com a presença de agentes franco-portugueses do domínio da tecnologia e da inteligência artificial.

Na sexta-feira, o presidente francês vai estar no Porto, onde se avistará com Luís Montenegro para a assinatura de múltiplos acordos bilaterais, entre os quais um acordo de amizade, outro de cooperação bilateral e uma carta de intenções sobre armamento.

Para assinar estão igualmente acordos de cooperação cultural, científica e técnica, polícia e coprodução cinematográfica, a somar a um plano de ação no ensino superior, ciência e inovação.Emmanuel Macron vai passar pelo túmulo de Camões, em Belém, na companhia de Marcelo Rebelo de Sousa.

"Marcar a profundidade e a densidade dos laços" é, nas palavras do Eliseu, o objetivo que preside àquela que é a primeira viagem oficial de um chefe de Estado francês a Portugal desde 1999, quando o país recebeu Jacques Chirac.

Perto de dois milhões de portugueses ou luso-descendentes vivem atualmente em França. Portugal é a casa de 50 mil franceses. A França é o terceiro parceiro comercial de Portugal, protagonizando um volume de trocas na ordem dos 15 mil milhões de euros. O país de Macron assume-se também como "primeiro empregador estrangeiro" de portugueses - há atualmente registo de mais de 100 mil assalariados em 1.200 filiais de empresas gaulesas.

c/ agências
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por RTP

Primeiro-ministro falou com Zelensky e reiterou "firme apoio" de Portugal

Foto: Valentyn Ogirenko - Reuters

Luís Montenegro falou esta quarta-feira com o presidente da Ucrânia. Na conversa com Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro português disse ter agradecido “tudo o que o povo ucraniano tem feito pela Europa”.

Na rede social X, o chefe de Governo português adianta ainda que reiterou o “firma apoio” de Portugal “em todas as frentes”.


O telefonema entre os dois líderes aconteceu na semana em que se assinalam os três anos desde o início da invasão russa da Ucrânia.

Luís Montenegro destacou ainda que alcançar “uma paz justa e duradoura pressupõe garantias efetivas de segurança para a Ucrânia, o envolvimento da Europa e dos parceiros transatlânticos”.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro português tinha previsto participar, por videoconferência, numa cimeira de líderes internacionais que decorreu em Kiev. No entanto, verificaram-se problemas técnicos que impediram a ligação, pelo que a intervenção foi enviada aos representantes e também às redações.

Nesse texto, Montenegro defendia que uma Ucrânia "forte e independente" é um fator essencial para assegurar a "estabilidade e a segurança da Europa e da zona transatlântica".

"Desde o primeiro dia, a Europa e os nossos parceiros transatlânticos têm estado lado a lado com a Ucrânia, prestando apoio político, militar, económico e humanitário", afirmou o primeiro-ministro português.

c/ Lusa
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por Lusa

Trump diz que a Ucrânia "pode esquecer" adesão à NATO

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje que a Ucrânia "pode esquecer" a adesão à NATO, pretensão a que atribuiu o atual conflito entre este país e a Rússia.

"Podem esquecer a NATO (...) acho que essa é provavelmente a razão porque tudo começou", afirmou hoje Trump, referindo-se ao conflito em território ucraniano, pelo qual se tem escusado a responsabilizar a Rússia, que invadiu o país vizinho há três anos.

Numa conferência de imprensa após a primeira reunião do seu executivo, Trump afirmou ainda que espera encontrar-se em breve com o Presidente russo, Vladimir Putin, na tentativa de chegar a um acordo para acabar com o conflito.

O Presidente norte-americano recusou-se a detalhar que concessões pediria aos dois lados, sublinhando considerar inaceitável a aspiração da Ucrânia de ingressar na Aliança Atlântica.

Trump e Zelensky assinam na sexta-feira na Casa Branca um acordo sobre minérios exigido pelo líder norte-americano em troca da ajuda dos EUA a Kiev.

Também hoje, Zelensky tinha anunciado que a base de um acordo económico com os Estados Unidos está pronta, embora tenha referido que esse acordo não oferece garantias de segurança dos EUA que Kiev considera vitais para resistir à invasão russa.

Um acordo completo pode depender das negociações previstas para terem lugar em Washington já na sexta-feira, disse Zelensky durante uma conferência de imprensa em Kiev.

A base acordada é um passo preliminar em direção a um pacote abrangente que estará sujeito à ratificação do Parlamento ucraniano, explicou.

Na Casa Branca, Trump assegurou que está determinado a conseguir um acordo com a Ucrânia sobre as terras raras (minérios), por forma a obter de volta muito do dinheiro que os Estados Unidos enviaram para Kiev.

"[O ex-Presidente, Joe] Biden gastou cerca de 350 mil milhões de dólares [cerca de 320 mil milhões de euros] e não obteve nada de volta. Eu vou garantir que vamos ter esse dinheiro de volta e muito mais", assegurou Trump, dizendo que espera obter um bom acordo com Zelensky quando este visitar a Casa Branca.

Zelensky já tinha rejeitado ofertas iniciais dos EUA, argumentando que não continham garantias de segurança adequadas para a Ucrânia e que o preço proposto de 500 mil milhões de dólares (cerca de 480 mil milhões de euros) iria sobrecarregar gerações de ucranianos com dívidas.

Contudo, Kiev mostrou interesse em usar os investimentos norte-americanos como forma de prender os EUA ao destino da Ucrânia.

A versão mais recente do acordo diz que os Estados Unidos "apoiam os esforços da Ucrânia para obter garantias de segurança necessárias para estabelecer uma paz duradoura", mas não especifica qualquer compromisso dos EUA em fornecer essa segurança.

Hoje, na conferência de Imprensa, Trump clarificou que alguns líderes europeus -- incluindo o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer -- já tinham prometido enviar forças de paz para a Ucrânia, no âmbito de um acordo de paz na Ucrânia.

Starmer e Macron, elogiaram na terça-feira a "liderança" do Presidente norte-americano em prol de uma "paz duradoura" na Ucrânia, que "deve estar no centro de quaisquer negociações".

Segundo o gabinete do chefe de governo britânico, Starmer e Macron concordaram, numa conversa telefónica, ser oportuna "a liderança do Presidente Trump no trabalho em prol de uma paz duradoura na Ucrânia".

"Ambos reiteraram que a Ucrânia deve estar no centro de quaisquer negociações, e o Reino Unido e a Europa estão prontos para fazer a sua parte", refere ainda o comunicado de Downing Street.

Starmer estará nos Estados Unidos quinta-feira para uma reunião bilateral com Trump, com quem irá discutir a iniciativa para a paz na Ucrânia e o aumento dos gastos com defesa.

Macron e Trump encontraram-se em Washington, D.C. na segunda-feira, dia do terceiro aniversário do início da invasão russa da Ucrânia, que foi a principal questão abordada.

Enquanto decorrem contactos diretos entre Washington e Moscovo sobre um acordo de paz na Ucrânia, excluindo o bloco europeu e Kiev, Trump defendeu a política de conciliação em relação ao Presidente russo, Vladimir Putin.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

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por Mariana Ribeiro Soares - RTP

Entre sorrisos e abraços. Macron e Trump disfarçam divisão transatlântica face à Ucrânia

Brian Snyder - Reuters

O presidente francês deslocou-se a Washington, na segunda-feira, para se encontrar com o homólogo norte-americano e debater o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Os dois líderes garantem ter um objetivo comum - a paz na Ucrânia - mas divergem relativamente aos termos. Apesar disso, tanto Trump como Macron admitem que tal cenário pode ser alcançado "nas próximas semanas".

No dia em que se assinalava o terceiro aniversário da guerra na Ucrânia, Donald Trump e Emmanuel Macron estiveram reunidos na Casa Branca onde discutiram o conflito.

No primeiro encontro entre ambos desde a tomada de posse de Donald Trump no mês passado, o tom foi de grande cordialidade. No entanto, apesar de todos os sorrisos, abraços e apertos de mão, Trump e Macron não conseguiram disfarçar o crescente abismo entre os Estados Unidos e a Europa sobre a guerra na Ucrânia.Macron e Trump garantem ter um objetivo comum: a paz na Ucrânia. Mas divergem relativamente aos termos para essa paz.

Apesar de reconhecer que a chegada de Trump para um segundo mandato na Casa Branca representou uma “virada no jogo” e que o homólogo norte-americano “tem boas razões para retomar o diálogo com o presidente Putin", Macron pediu ao presidente norte-americano para “ter cuidado” no processo de negociação para acabar com a guerra na Ucrânia.

Macron lembra que o cessar-fogo tem de ter garantias e que a paz na Ucrânia “não pode representar a capitulação da Ucrânia”.

“Esta paz não pode ser um cessar-fogo sem garantias. Esta paz deve prever as condições de uma soberania ucraniana, permitir à Ucrânia negociar com as partes envolvidas todas as questões que a afetam e pelas quais é a única entidade legítima para negociar”, salientou Macron, reiterando que os EUA têm de participar na prestação de garantias de segurança a Kiev.

"Partilhamos o objetivo da paz, mas estamos muito conscientes da necessidade de garantias para alcançar uma paz estável que permita que a situação estabilize", acrescentou Macron.

Por sua vez, Trump, que na semana passada rotulou o presidente ucraniano de "ditador" e culpou falsamente a Ucrânia por começar a guerra, rejeitou qualificar Putin como um ditador e recusou avançar sobre qualquer garantia de segurança aos ucranianos, afirmando que as tropas norte-americanas não vão ser enviadas para a Ucrânia.
Tropas europeias na Ucrânia? Trump diz que sim, mas Kremlin rejeita
Trump avançou, no entanto, que perguntou a Vladimir Putin sobre o envio de tropas europeias para a Ucrânia e adiantou que o seu homólogo russo “não tem problemas” com isso.

“Sim, ele aceitará isso. Já lhe perguntei isso e ele não se importa”, respondeu Trump aos jornalistas em conferência de imprensa na Casa Branca, após o encontro com Macron.

No entanto, em conferência de imprensa esta terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, remeteu para uma declaração anterior em que disse que essa mobilização seria inaceitável para Moscovo.

"Há uma posição sobre este assunto que foi expressa pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Lavrov. Não tenho nada a acrescentar a isso e nada a comentar”, disse Peskov, referindo-se às declarações de Sergey Lavrov, que na semana passada disse que a presença de tropas da NATO na Ucrânia seria vista como “uma ameaça direta” à soberania da Rússia.

Trump congratulou-se também pela disponibilidade manifestada por Macron e por outros líderes do G7 para suportar os custos do conflito.

“Têm de ser suportados pelas nações da Europa, não pelos Estados Unidos", sublinhou Trump na conferência de imprensa conjunta, voltando a alegar, incorretamente, que os norte-americanos gastaram mais dinheiro do que os aliados europeus em ajudas à Ucrânia nestes três anos.

“A Europa está a emprestar o dinheiro à Ucrânia. Eles estão a recuperar o seu dinheiro”, alegou Trump, antes de ser interrompido pelo presidente francês, que o corrigiu sobre os apoios dados à Ucrânia.

“Para ser sincero, pagámos 60% do esforço total. Foi, como com os Estados Unidos, através de empréstimos, garantias, subsídios e demos dinheiro real. Para que fique claro”, disse Macron.
Acordo de paz nas próximas semanas?
Apesar de todas estas visões antagónicas, tanto Trump como Macron admitem que a paz na Ucrânia pode ser alcançada nas próximas semanas.

Quem o disse inicialmente foi Donald Trump durante o encontro com o seu homólogo francês, afirmando que tem mantido contactos intensos com Vladimir Putin e que este está empenhado em alcançar um acordo.

“Eu realmente acredito que ele quer fazer um acordo. Posso estar errado, mas ele quer fazer um acordo”, garantiu o presidente norte-americano.

“É isto que eu faço. Faço negócios. Toda a minha vida foi isso. Só sei fazer isso, negócios. Sei quando alguém quer ou não chegar a acordo”, disse Trump.

Pouco tempo depois, em entrevista à Fox News na segunda-feira, Macron também disse acreditar num acordo de paz “nas próximas semanas”.
Putin aceita europeus nas conversações
O presidente russo, por sua vez, afirmou na segunda-feira que a Rússia não se opõe ao envolvimento da União Europeia nas conversações russo-americanas sobre a Ucrânia e diz que foi Bruxelas que cortou relações com Moscovo e recusou até agora iniciar um diálogo.

"A sua participação no processo de negociação é solicitada, claro. Nunca recusámos. Tínhamos discussões constantes com eles. A dada altura, sob todo o tipo de ideias absurdas para derrotar a Rússia no campo de batalha, eles próprios se recusaram a ter contacto connosco. Se quiserem voltar, são bem-vindos”, disse Putin numa entrevista à televisão estatal russa. Na semana passada, as autoridades norte-americanas e russas reuniram-se na Arábia Saudita para conversações sobre a Ucrânia sem a presença de Kiev ou dos aliados europeus, o que gerou uma onda de críticas da parte dos aliados europeus.

Por outro lado, Putin não poupou nos elogios ao seu homólogo norte-americano, mostrando que Moscovo e Washington estão cada vez mais próximos.

O líder do Kremlin disse que Trump estava a agir "pelo interesse da Ucrânia, pelo interesse do Estado ucraniano, para preservar o Estado ucraniano" e defendeu Trump por pedir a demissão de Zelensky, argumentando que o presidente ucraniano é "um fator de corrupção do exército, da sociedade e do estado" na Ucrânia.

O Kremlin também prestou elogios aos Estados Unidos por terem votado contra uma resolução das Nações Unidas que condenava o ataque da Rússia à Ucrânia.

Em conferência de imprensa esta terça-feira, o porta-voz de Vladimir Putin celebrou o que considerou ser uma "posição equilibrada" da Casa Branca.
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Macron acredita que trégua na Ucrânia pode ser alcançada em semanas

Foto: Shawn Thew - EPA

O presidente francês afirma que uma trégua na Ucrânia poderá ser alcançada nas próximas semanas. A afirmação de Emmanuel Macron foi feita em entrevista à Fox News, depois de um encontro, na Casa Branca, com Donald Trump.

O presidente norte-americano afirma ter tido contactos muito intensos com Vladimir Putin e garante que o presidente russo quer fazer um acordo para acabar com a guerra.
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Governo francês quer reforçar controlo da imigração

Foto: Gonzalo Fuentes - Reuters

O uso de uma Força de Fronteira, como a já existente na fronteira franco-italiana, será generalizado em todas as fronteiras do país. Reunido esta quarta-feira em Matignon, o executivo de Paris não se comprometeu contudo com uma data para a generalização da medida em todo o hexágono, uma vez que terá de contratar novas polícias. O primeiro-ministro François Bayrou admite recorrer a reservistas das forças armadas.

O governo francês esteve esta quarta-feira reunido para deliberar sobre imigração. François Bayrou quer implementar um plano de ação especial para reforçar o nível de execução das obrigações de deixar o território francês (OQTF).

Paris exorta os outros Estados-membros a tomar as mesmas medidas para que os procedimentos sejam eficazes. A Alemanha há seis meses que controla as fronteiras terrestres.

Esta reunião interministerial em Paris foi marcada depois do assassinato de um português de 69 anos em Moulhouse. O atacante, argelino, já tinha ordem de extradição devido a radicalização, mas a Argélia recusou-se por várias vezes a recebê-lo.

As medidas agora anunciadas fazem parte de um pacote mais amplo, que necessita de alteração de legislação e de investimento, como a construção de centros de detenção para migrantes a quem foi recusada residência em França.
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