"Convite para aderir à NATO é necessário para a nossa sobrevivência", defende Zelensky

por RTP
Foto: Alina Smutko - Reuters

O presidente ucraniano afirmou este domingo que o convite de adesão à NATO é necessário para assegurar a "sobrevivência" do país. Tal decisão colocaria Kiev numa posição reforçada para negociar com Moscovo, assinalou Zelensky.

Em conferência de imprensa por ocasião da visita a Kiev do novo presidente da Comissão Europeia e da nova chefe da diplomacia da União Europeia, Volodymyr Zelensky apelou ao fornecimento de armas “de longa distância” e pediu à Aliança Atlântica “um passo em frente”. 

“O convite à Ucrânia para aderir à NATO é necessário para a nossa sobrevivência”, vincou o presidente ucraniano ao lado de António Costa e de Kaja Kallas, que hoje iniciam os respetivos mandatos. Uma forma de sinalizar o compromisso europeu no apoio a Kiev, quando faltam poucas semanas para tomada de posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e numa altura em que a Rússia continua a visar infraestruturas vitais da Ucrânia nos seus ataques.

Sem deixar de reconhecer o gesto simbólico dos parceiros europeus, Zelensky referiu no entanto que a Ucrânia “está a combater sozinha” para proteger a União Europeia e que é necessário reforçar a integração comunitária e as sanções contra a Rússia.
"Convite da NATO deve aplicar-se a todo o território ucraniano"
À medida que cada vez mais países apoiam um cessar-fogo no conflito, incluindo entre os aliados, Volodymyr Zelensky esforçou-se por vincar a necessidade de fortalecer a posição da Ucrânia perante Moscovo, isto antes de ir ao encontro “dos assassinos” para negociar, assinalou.

Para além dos apelos aos europeus, o presidente ucraniano falou diretamente para Washington, apelando so Estados Unidos para que convençam os "europeus céticos" da NATO.

Nos últimos dias, o presidente ucraniano sinalizou que estaria disponível a negociar um cessar-fogo em troca da entrada de parte do país na Aliança Atlântica. Na conferência deste domingo, fez questão de explicar que o convite para a entrada na NATO deverá estender-se a todo o território ucraniano, incluindo as regiões ocupadas pela Rússia.

(com agências)
PUB