Consumidores criticam governo por não agir atempadamente contra produtos de emagrecimento

por © 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Madrid, 09 Abr (Lusa) - A organização de consumidores espanhol FACUA criticou hoje o governo espanhol por só agir contra produtos de emagrecimento depois de registados efeitos adversos, numa referência à decisão de suspensão de venda do produto Depuralina.

Rúben Sánchez, porta-voz da FACUA, recordou hoje que a publicidade de produtos de emagrecimento, como a Depuralina, é ilegal em Espanha desde 1996, mas que continuam a não ser tomadas medidas adequadas para travar as empresas do sector.

Os comentários surgem depois de o Ministério da Saúde espanhol ter decidido suspender a venda da Depuralina em Espanha, na sequência de uma decisão idêntica e de um alerta emitido pelas autoridades portuguesas.

O suplemento alimentar pode estar na origem de oito casos de reacções adversas em Portugal, que estão a ser investigadas, não havendo para já qualquer registo de casos idênticos em Espanha.

Segundo a Agência espanhola de Segurança Alimentar, a empresa que produz a Depuralina, Cataro-Nopal Sl, está a trabalhar de forma ilegal, dado que não consta dos registos oficiais espanhóis para produzir este tipo de produtos.

A venda do produto, normalmente usado em dietas, já tinha sido suspensa em Portugal no início de Abril, tendo as autoridades portuguesas alertado as congéneres de Espanha, onde a Depuralina continuava a ser vendida, tanto on-line como em lojas de produtos naturais.

Para a FACUA, o Ministério da Saúde deveria ter agido antecipadamente, já que a legislação em vigor proíbe "expressamente" a publicidade de produtos adelgaçantes.

Cabe às administrações agir atempadamente, "especialmente se os produtos se publicitam em grandes meios de comunicação, de difusão nacional".


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