Os líderes dos 27 decidiram, no primeiro dia do Conselho Europeu, impor novas sanções contra o Irão, numa resposta ao ataque deste país do Médio Oriente contra Israel no último fim de semana. O objetivo é prevenir o agravamento do conflito na região.
“Decidimos impor sanções contra o Irão porque queremos enviar uma mensagem clara” após o ataque contra Israel, acrescentou. “A ideia é atingir empresas que tenham um papel no fabrico de drones e mísseis”. O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse ser importante que Israel “não responda com um ataque em larga escala”.
No X, este responsável europeu escreveu que “a UE condena o ataque” e pediu a “máxima contenção” para evitar a escalada das tensões no Médio Oriente, já elevadas devido à incursão israelita em Gaza.
“Devem ser envidados todos os esforços para ajudar a trazer estabilidade à região e evitar uma escalada e apelamos a todas as partes para que deem provas da máxima contenção”, apelou Charles Michel na rede social.
The EU condemns Iran’s attack against Israel.
— Charles Michel (@CharlesMichel) April 17, 2024
All efforts must be made to help bring stability to the region and avoid escalation.
We call on all parties to exercise utmost restraint.#EUCO is committed to working with partners to end the crisis in Gaza, including through:…
Sobre Gaza, o presidente do Conselho Europeu garantiu que este “está empenhado em colaborar com os seus parceiros para pôr termo à crise”, nomeadamente através de “um cessar-fogo imediato, a libertação incondicional dos reféns e a garantia de acesso sem entraves à ajuda humanitária”.
"Total solidariedade" para com Israel
No texto que resultou do primeiro de dois dias de cimeira, os chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros condenaram de forma “veemente e inequívoca” o ataque de Teerão contra Telavive no último sábado e reiteraram “a sua total solidariedade para com o povo israelita e o seu compromisso com a segurança deste país e com a estabilidade regional”. A discussão surgiu após o ataque com drones e mísseis do Irão contra Israel no passado fim de semana, o que levou à inclusão na agenda do encontro de uma discussão sobre a situação na região.
Também no texto final, à semelhança do que declarou Charles Michel, os líderes reiteraram “o seu compromisso de colaborar com os parceiros para pôr fim à crise” humanitária em Gaza, onde a ofensiva israelita não dá sinais de tréguas.
Esta quinta-feira é o segundo e último dia da cimeira extraordinária e dedicar-se-á à economia da UE. Esta é a primeira cimeira do novo primeiro-ministro português, Luís Montenegro.
Na segunda-feira realiza-se um encontro entre ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, no qual deverão continuar a ser debatidas sanções contra o Irão.
c/ agências