Conselho Eleitoral venezuelano garante sistema de votação "blindado" para presidenciais

por Lusa

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) disse hoje que o sistema de votação está "totalmente blindado" quanto a inviolabilidade e confidencialidade, para as presidenciais de 28 de julho.

"Todas as auditorias foram um sucesso total. A cada uma delas assistiram representantes de todos os partidos políticos, pelo que ficou demonstrado que o sistema está totalmente blindado, apesar de um pequeno grupo tentar desacreditar o grande trabalho que tem sido realizado pelo Poder Eleitoral", disse o presidente do CNE, Elvis Amoroso.

As declarações, segundo um comunicado divulgado hoje pelo CNE, tiveram lugar após uma auditoria no domingo, "na presença do Painel de Peritos Eleitorais da Organização das Nações Unidas (ONU), da Missão Exploratória do Centro Carter e de técnicos das diferentes Organizações com Fins Políticos (OFP)".

A auditoria teve o objetivo de simular o processo de votação, contagem, transmissão e apuramento, a fim de verificar a exatidão da intenção de voto do eleitor com o que está impresso no boletim de voto.

Por outro lado, o vice-presidente do CNE, Carlos Quintero, salientou a importância da auditoria e explicou que verificaram a abertura e registo zero das máquinas de votação, a integridade dos dados, o ato de votar, o processo de escrutínio, a transmissão e o apuramento.

Sublinhou ainda que o voto na Venezuela é eletrónico e que os processos de contagem e apuramento são integralmente automatizados, gerando assim uma cadeia de confiança nas diferentes organizações políticas.

Mais de 21,6 milhões de venezuelanos são chamados a votar nas presidenciais venezuelanas de 28 de julho.

Dez candidatos competem pela Presidência, sendo favoritos o atual Presidente Nicolás Maduro Moros, que espera ser reeleito para um terceiro mandato de seis anos, e o embaixador Edmundo González Urrutia, o substituto da vencedora, em outubro de 2023, das primárias da oposição, Maria Corina Machado.

Machado foi substituída depois de ter sido impedida de exercer cargos públicos durante 15 anos pelo Tribunal Supremo de Justiça.

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