O mundo árabe está indignado com a decisão do presidente dos Estados Unidos de ter proclamado Jerusalém como capital de Israel. As manifestações mais expressivas acontecem na Turquia. O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se de emergência na sexta-feira.
Erdogan convocou para 13 de dezembro, em Istambul, uma reunião de dirigentes de países muçulmanos para analisar a decisão norte americana.
Na Jordânia, nas ruas da capital, também houve protestos com os manifestantes a exigirem o corte de relações com os Estados Unidos. O mesmo aconteceu no Líbano, onde os refugiados palestinianos condenaram nas ruas a medida de Donald Trump.
Para além da população, o Líbano e a Síria juntaram-se oficialmente ao coro de críticas ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. O Líbano "rejeita e denuncia esta decisão e anuncia a sua total solidariedade para como o povo palestiniano", afirmou o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, na sua página oficial no Facebook, considerou que "o futuro de Jerusalém não será determinado por um Estado ou um presidente, mas pela sua história, a sua vontade e determinação daqueles que são leais à causa palestiniana".
Estes protestos realizam-se depois de o Presidente norte-americano ter reconhecido na quarta-feira Jerusalém como capital de Israel, ao anunciar a mudança da embaixada neste país de Telavive para a cidade santa.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem tão pouco a anexação em 1967 da parte oriental da cidade.
Israel considera a cidade santa como a sua capital “eterna e reunificada”, mas os palestinianos defendem que Jerusalém Oriental será um dia a capital de um Estado palestiniano. Este é um dos principais diferendos a opor duas partes.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém apenas poderá ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.
A data de 6 de dezembro de 2017 fica para a História como o dia em que os Estados Unidos reconheceram Jerusalém como capital de Israel, o único país no mundo a avançar com essa posição. O Conselho de Segurança vai reunir-se de emergência na sexta-feira.