O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) renovou hoje, por seis meses, o mandato da Força de Observação da Separação nos Golã (UNDOF), que supervisiona a retirada das forças israelitas e sírias.
A resolução que renovou o mandato até 31 de dezembro deste ano, redigida pelos Estados Unidos (EUA) e pela Rússia, co-titulares do dossiê, foi adotada por unanimidade pelos 15 Estados-membros do Conselho.
A unanimidade registada na votação mostra que o Conselho de Segurança permanece unido em relação ao papel que a UNDOF desempenha na estabilidade regional.
Apesar das profundas divisões no Conselho em relação ao dossiê da Síria e das posições opostas dos co-titulares do UNDOF -- Rússia e EUA -- sobre quem detém a soberania sobre os Golã, assim como o antagonismo em relação a outros dossiês, como a Ucrânia, os dois países reúnem consenso acerca desta Força.
A UNDOF foi estabelecida após a conclusão do acordo sobre a retirada dos Golã das forças de Israel e Síria (1974), que pôs fim à Guerra do Yom Kippur.
O seu mandato é manter o cessar-fogo entre as partes e supervisionar a retirada das forças israelitas e sírias, bem como as áreas de separação - uma zona tampão desmilitarizada - e de limitação - onde as tropas e equipamentos israelitas e sírios são restritos - nos Golã.
A execução do mandato implica monitorizar as violações do acordo de 1974, denunciá-las e estabelecer contactos com ambas as partes.
Tais violações incluem pessoal e equipamento não autorizado presentes nas áreas de separação e limitação, armas disparadas e `drones` e aeronaves que atravessam a linha de cessar-fogo.