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Conselho de Segurança da ONU declara apoio total a Guterres

por Lusa
Conselho de Segurança da ONU solidário com Guterres Sarah Yenesel - EPA

O Conselho de Segurança das Nações Unidas deu o seu apoio total ao secretário-geral da ONU, António Guterres, depois de ter sido declarado "persona non grata" pelo governo israelita.

Na noite de quinta-feira, todos os membros do Conselho "sublinharam a necessidade de todos os estados membros (da ONU) terem uma relação produtiva e funcional com o secretário-geral e se absterem de qualquer ação que prejudique o seu trabalho e o dos seus serviços", sem mencionar Israel.

"Qualquer decisão que não envolva o secretário-geral da ONU ou as Nações Unidas é contraproducente, especialmente no contexto de uma escalada de tensões no Médio Oriente", alertaram os 15 países, numa declaração escrita do Conselho, que em outubro é presidido pela Suíça.

Também os Estados Unidos, o maior aliado de Israel, a União Europeia, Portugal e o Brasil já manifestaram apoio a Guterres e deixaram críticas à decisão de Telavive.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu na quinta-feira a Israel que reconsidere a decisão, acompanhando a posição tomada na quarta-feira pelo Governo português.

"Penso que seria muito sensato que as autoridades israelitas reconsiderassem aquela atitude, por ser desproporcionada", referiu.

Decisão israelita

A decisão foi anunciada na quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, por Guterres alegadamente não ter condenado o ataque do Irão a Israel, na noite de terça-feira.

"Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos", disse Katz, num comunicado.

Na quarta-feira, durante uma sessão do Conselho de Segurança, na presença dos embaixadores israelita e iraniano, Guterres condenou, "mais uma vez, com veemência, o ataque massivo de mísseis do Irão contra Israel".

Por outro lado, o português denunciou "o ciclo doentio" de violência numa região que descreveu como estando "à beira do precipício".

 

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