Ao longo do dia de quinta-feira, acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o quadro de conflito em crescendo entre a Rússia, a Ucrânia e o Ocidente.
“[…] Confirmamos que vamos responder em cooperação com a comunidade internacional. Consideraremos as respostas futuras em termos concretos, depois de avaliar a situação dos países relevantes e estabelecer uma comunicação e contactos eficazes com eles”, disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.
O governante apresentou hoje um novo leque de sanções contra Moscovo, que estão a ser implementadas em coordenação com G7 e surgem depois das já reveladas por Tóquio na quarta-feira.
“Dei instruções especialmente fortes nesta reunião sobre a importância de recolher informações de forma extensiva e proteger os nossos cidadãos”, indicou.
Fumio Kishida exortou ainda o Presidente russo, Vladimir Putin, a “retirar as suas tropas” da Ucrânia e “cumprir o direito internacional”, depois de ter participado na cimeira virtual do G7 para encontrar uma solução para a crise ucraniana.
O país da América do Norte sancionará também os ministros russos da Defesa, Finanças e Justiça, bem como o Grupo Wagner, organização paramilitar próxima do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
“Estamos a suspender todas as licenças de exportação para a Rússia”, acrescentou, dizendo que a invasão russa da Ucrânia representa uma “grande ameaça [à] segurança e paz no mundo”.
Justin Trudeau disse que conversou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tendo ainda participado numa reunião com líderes do G7 e da NATO.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, confirma a existência de reféns na Central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Numa conferência de imprensa, classificou de "ultrajante" que haja soldados russos a manterem reféns nas instalações de Chernobyl e exigiu a sua libertação.
O Banco Central da Rússia (BCE) garantiu hoje que, juntamente com o Governo, vai dar o apoio necessário aos bancos sancionados pelo Ocidente devido à ofensiva militar lançada na quinta-feira na Ucrânia pelo Kremlin.
"O Banco da Rússia e o governo da Federação Russa fornecerão o apoio necessário aos bancos que sofreram sanções dos estados ocidentais", disse a entidade monetária em comunicado divulgado.
Esta assistência diz respeito, em particular, aos bancos VTB, Sovcombank, Novikombank, Otkritie Financial Corporation, Promsvyazbank e JSC CB Russia, bem como ao Sberbank.
"Todos os bancos desenvolveram um plano de medidas com antecedência para garantir uma operação ininterrupta perante as sanções, e avaliamos esses planos conforme apropriados à situação", observou o Banco da Rússia.
Segundo a instituição, todas as operações bancárias serão realizadas em rublos, os serviços correspondentes serão fornecidos a todos os clientes, como habitualmente, e serão mantidos os fundos de clientes em moeda estrangeira.
"O Banco da Rússia está pronto para apoiar os bancos com fundos em rublos e moeda estrangeira", afirmou no comunicado.
O banco central russo enfatizou que os bancos afetados pelas sanções "mantêm uma alta margem de estabilidade e têm um potencial significativo para o desenvolvimento de negócios em empréstimos à economia russa".
"O Banco da Rússia está pronto para tomar medidas adicionais para garantir a estabilidade e continuidade das operações bancárias e proteger os interesses de seus credores e depositantes", concluiu.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, disse hoje que falou ao telefone com os ministros da Defesa da Ucrânia e do Reino Unido, onde foram discutidos as sanções e o envio de armas.
Numa pequena nota no Twitter, Dmytro Kuleba refere que “Londres trabalha muito intensamente” nas sanções e nas armas.
“O Reino Unido acredita na Ucrânia e na nossa vitória sobre o agressor [Rússia]”, acrescentou.
First-ever 2+2 call of two top diplomats + two defense ministers of Ukraine and the United Kingdom. Topics: sanctions and weapons. London works very intensively on both. The UK believes in Ukraine and our victory over the aggressor.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) February 24, 2022
Os Estados Unidos e a Albânia solicitaram para esta sexta-feira a votação, no Conselho de Segurança da ONU, do projeto de resolução para condenar a Rússia pelos ataques na Ucrânia e exigir a retirada das tropas russas. Segundo revelaram à agência France Presse (AFP) fontes diplomáticas, o projeto de resolução está fadado ao fracasso, devido ao direito de veto que a Rússia tem no Conselho de Segurança, enquanto membro permanente.
Mas para Washington, o uso desse veto pelos russos no Conselho de Segurança da ONU, marcado para as 20h00 de sexta-feira, demonstrará “o isolamento de Moscovo” no cenário internacional.
A votação de um texto semelhante deverá ocorrer na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde as resoluções não são vinculativas e onde o direito de veto não existe entre seus 193 membros. Segundo a resolução, divulgada pela AFP, o Conselho condenaria “nos termos mais duros possíveis a agressão da Rússia” e as violações à soberania e integridade territorial da Ucrânia e exigiria “que a Federação Russa retire, de forma imediata, completa e incondicional, as suas forças”.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, exigiu hoje num telefonema com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que as operações militares na Ucrânia terminassem “imediatamente”, lembrando que a Rússia está exposta “a sanções maciças”.
Emmanuel Macron falou com Vladimir Putin depois de ter dialogado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
De acordo com o Palácio do Eliseu, o chefe de Estado francês telefonou a Putin à chegada ao Conselho Europeu em Bruxelas (Bélgica), antes do início da reunião de líderes da União Europeia (UE).
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que, de acordo com números preliminares, pelo menos 137 soldados ucranianos foram mortos e 316 ficaram feridos.
Numa mensagem de vídeo, Zelensky disse que outros Estados estavam “com medo” de apoiar a adesão da Ucrânia à NATO.
"Fico em Kiev", rematou.
⚡️"I stay in the capital with my people, my family is also in #Ukraine"
— NEXTA (@nexta_tv) February 24, 2022
There is information that the enemy has marked me as target number 1, and my family - target number 2 - Vladimir Zelensky. pic.twitter.com/0lOI8E2owi
Soando sombrio e cansado, Zelensky continuou: “Quem está pronto para garantir a adesão da Ucrânia à NATO? Honestamente, todo o mundo está com medo".
“Perguntei a todos os parceiros do Estado se estão connosco. Eles estão connosco, mas não estão prontos para fazer uma aliança”, acrescentou.
“Não importa quantas conversas houve com líderes estrangeiros, ouvi algumas coisas. A primeira é que somos apoiados. Sou grato a cada Estado que nos ajuda concretamente, não apenas em palavras. Mas há um segundo – somos deixados sozinhos para defender o nosso Estado. Quem está pronto para lutar connosco? Honestamente - eu não acho", disse Zelensky.
“Hoje perguntei aos 27 líderes da Europa se a Ucrânia estará na NATO, perguntei diretamente. Todo o mundo tem medo, não responde. E não temos medo, não temos medo de nada”, disse Zelensky.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou estar profundamente preocupada com a saúde do povo ucraniano, para quem libertou hoje três milhões de euros para medicamentos urgentes para o país.
"Hoje libertei mais 3,5 milhões de dólares (3 milhões de euros) do Fundo de Contingência para Emergências (CFE) da OMS para comprar e entregar suprimentos médicos urgentes", afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesuas, em comunicado.
Tedros disse esperar que o apoio humanitário à saúde aumente na sequência de novas avaliações das necessidades na Ucrânia e lembrou que este novo apoio "complementa o trauma e fornecimentos médicos" para as unidades de saúde.
"Continuaremos a prestar cuidados e apoiar as pessoas em toda a Ucrânia afetadas por esta crise", motivada pelo lançamento pela Rússia na última madrugada de uma ofensiva militar em território da Ucrânia, adiantou o responsável da OMS.
O Governo ucraniano garantiu hoje que tem sob controlo o aeroporto de Hostomel, a 35 quilómetros de Kiev, que havia sido tomado por soldados russos como parte da operação militar lançada hoje de madrugada pela Rússia contra a Ucrânia.
"O aeroporto de Hostomel já é nosso", escreveu no Facebook conselheiro presidencial, Alexéi Arestóvich.
Anton Gershchenko, conselheiro do ministro do Interior, confirmou a informação noutra mensagem na mesma rede social, dizendo que o Exército ucraniano alcançou a sua "primeira grande vitória" ao reconquistar o Aeroporto Internacional Antonov.
O Exército Terrestre da Ucrânia assinalou que a Rússia se infiltrou no aeroporto com 200 paraquedistas.
Ao início da noite de hoje, as Forças Armadas russas anunciaram o controlo do aeroporto militar Antonov, em Gostomel, nos arredores de Kiev, e os serviços de informação ocidentais reconheceram que a superioridade aérea russa na Ucrânia era "total".
"As defesas aéreas da Ucrânia foram destruídas e não têm capacidade para se proteger. Nas próximas horas, os russos tentarão reunir uma força esmagadora em torno da capital", disse uma fonte de um serviço de informação ocidental.
"As tropas russas estão já a reunir-se à volta de Kiev. É uma questão de dias, ou horas", explicou a fonte, sublinhando a rapidez com que as forças de Moscovo se movimentam à volta da capital ucraniana, tomando posições como o aeroporto militar em Gostomel.
Durante o dia, o Exército ucraniano anunciou que estavam em curso combates pelo controlo do aeroporto militar Antonov, após ataque de forças russas.
"A luta está em curso no aeroporto de Gostomel", localizado poucos quilómetros a noroeste de Kiev, anunciou o chefe dos Exército ucraniano, Valery Zaloujny e imagens nas redes sociais mostram que o aeroporto militar terá sido atacado por vários helicópteros.
Horas depois, as autoridades ucranianas admitiram ter perdido o controlo do aeroporto, depois de uma unidade aérea russa ter atacado com helicópteros, com as portas abertas, de onde soldados dispararam metralhadoras, antes de descer por `rapel`, de acordo com testemunhas.
"Havia pessoas sentadas nos helicópteros, as portas abertas, a voar sobre as nossas casas", disse Sergiy Storojouk, um ucraniano que vive perto do aeroporto.
Os helicópteros russos chegaram no final da manhã, oriundos da Bielorrússia, roçando os telhados das casas e semeando o terror a caminho de Kiev, de acordo com o relato de um jornalista da agência France Presse.
O aeroporto Antonov, em Gostomel, fica no extremo norte de Kiev, provando que as forças russas se encontram muito perto do centro da capital ucraniana.
Segundo o decreto publicado no `site` da presidência ucraniana, a medida abrange todas as pessoas sujeitas a "recrutamento militar e reservistas" e será aplicada dentro de 90 dias em todas as regiões da Ucrânia.
Após o primeiro dia da intervenção militar russa na Ucrânia, ainda é difícil monitorizar os movimentos populacionais, que neste momento ocorrem "de forma esporádica e imprevisível", destacou a porta-voz do ACNUR, Shabia Montoo.
A mesma fonte, citada pela agência EFE, acrescentou que esta agência da ONU reforçou as suas operações na Ucrânia e países vizinhos, e que pode mobilizar ainda mais pessoal na região caso continue a escalada do conflito.
O alto comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, já tinha apelado hoje aos países vizinhos da Ucrânia para manterem "as suas fronteiras abertas para aqueles que procuram segurança e proteção".
"Estamos seriamente preocupados com a rápida deterioração da situação e a ação militar em curso na Ucrânia", afirmou hoje, em comunicado, acrescentando que "as consequências humanitárias para as populações civis serão devastadoras".
Segundo reiterou, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) "está a trabalhar com as autoridades, a ONU e outros parceiros na Ucrânia e está pronto para fornecer assistência humanitária sempre que necessário e possível".
Cidadãos ucranianos já começaram a procurar refúgio na Roménia, Hungria ou Eslováquia devido ao ataque russo ao seu território.
Segundo o governo ucraniano, desde o início da crise na Crimeia e no Donbass, em 2014, registaram-se 1,5 milhões de deslocados internos no país.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, dirigiu-se por videoconferência aos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos em Bruxelas para discutir a reação à ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia, revelou o presidente do Conselho Europeu.
"O Presidente Zelensky dirigiu-se esta noite aos membros do Conselho Europeu. Louvamos a determinação e a coragem do povo de Ucrânia. A UE está unida na sua solidariedade com a Ucrânia", escreveu Charles Michel na sua conta na rede social twitter.
President @ZelenskyyUa addressed the members of the European Council tonight.
— Charles Michel (@eucopresident) February 24, 2022
We commend the determination and the courage of the people of #Ukraine
The EU is united in its solidarity with Ukraine. pic.twitter.com/nGMmCST0zi
O Presidente ucraniano já pedira hoje aos líderes mundiais que deem ajuda à defesa da Ucrânia e protejam o espaço aéreo dos ataques russos, sublinhando que a Rússia "desencadeou uma guerra com a Ucrânia e com o mundo democrático".
Reunidos num Conselho Europeu convocado de urgência, os líderes dos 27 já adotaram conclusões, nas quais apelam à Comissão Europeia para avançar com "medidas de contingência" sobre fornecimento energético da Rússia, e com "rápida preparação de novo pacote de sanções" que abranjam também a Bielorrússia, por permitir a invasão russa da Ucrânia.
"O Conselho Europeu apela à prossecução do trabalho de preparação e prontidão a todos os níveis e convida a Comissão, em particular, a apresentar medidas de contingência, nomeadamente na energia", dada a dependência europeia do gás da Rússia, referem as conclusões da cimeira de líderes sobre a invasão russa da Ucrânia.
De acordo com o documento, os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) pedem ainda uma "rápida preparação e adoção de um novo pacote de sanções individuais e económicas que abrangerá igualmente a Bielorrússia", porque, segundo os 27, houve "envolvimento" de Minsk "nesta agressão contra a Ucrânia".
As sanções hoje acordadas pelos líderes serão formalmente adotadas na sexta-feira, num Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas.
Permanecem na Ucrânia cerca de 200 portugueses. Regressaram apenas 40 cidadãos portugueses na sequência dos primeiros conselhos do governo de Lisboa. Agora, a maioria quer sair o mais rápido possível do país.
O Presidente norte americano ainda não decidiu retirar a Rússia do sistema internacional SWIFT, que é considerada a máxima sanção. Joe Biden apresentou um novo conjunto de sanções fortes contra a finança e os oligarcas russos. O Pentágono vai enviar mais tropas para a Europa de Leste.
Os efeitos das sanções económicas far-se-ão sentir dentro de semanas ou meses, mas a propaganda de Putin já hoje trabalha para esses efeitos serem vistos como resultado de uma conspiração contra a Rússia.
O Conselho Português do Movimento Europeu (CPME) condenou "veementemente a invasão da República da Ucrânia pela Federação Russa" e manifestou ao povo ucraniano "toda a solidariedade neste momento extremamente difícil da sua existência".
Em comunicado do Conselho Diretivo, presidido por José Conde Rodrigues, a organização considerou que a invasão se trata de "um ato de guerra, ao arrepio do direito internacional, violador da democracia, da liberdade e da dignidade humana".
Para o CPME, "com esta atuação, violenta e sem qualquer fundamento legítimo, a Federação Russa e os seus dirigentes, põem em causa o equilíbrio geopolítico na Europa e no Mundo".
Esperam agora os seus dirigentes que a Organização das Nações Unidas, a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte se empenhem totalmente "para que se regresse rapidamente à paz, substituindo a força das armas pela força da razão".
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão reunir-se amanhã em Bruxelas para adotar o novo pacote de sanções contra a Rússia que os líderes dos 27 decidirem hoje à noite, revelou o Alto Representante Josep Borrell.
"As [novas] sanções já foram mais ou menos acordadas pelos representantes permanentes dos Estados-membros, agora devem ser decididas pelos líderes, e amanhã [sexta-feira] serão formalmente aprovadas pelo Conselho de Negócios Estrangeiros, sob minha proposta, pois, como sabem, sanções são uma competência do Conselho", disse o chefe da diplomacia da UE, à chegada ao Conselho Europeu, em Bruxelas.
Centenas de ucranianos estão concentrados junto à Embaixada da Rússia em protesto contra a invasão da Ucrânia e a pedir o fim da guerra. Os manifestantes entoam palavras de ordem em ucraniano e exibem cartazes onde se lê "stop war" (parem a guerra), "stand with Ukraine" (apoiem a Ucrânia), "Ukraine will resist" (Ucrânia resistirá), havendo também imagens do Presidente russo, Vladimir Putin, caricaturado de Hitler.
Pelas 18h30 chegou o presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, que falou aos manifestantes em português e pediu o apoio de Portugal e da comunidade internacional.
Foi sem dispositivos eletrónicos, para garantir a confidencialidade, que arrancou a cimeira de urgência dos chefes de Governo e de Estado da União Europeia, em Bruxelas, para debater novas sanções à Rússia.
"A discussão desta noite terá lugar sem dispositivos eletrónicos para assegurar a confidencialidade", adiantou Barend Leyts.
Os incidentes ocorreram após o início de uma operação massiva de ataque cibernético contra a Ucrânia, que conseguiu interromper as telecomunicações em algumas das principais cidades do país.
A Bélgica espera que o pacote de sanções à Rússia que o Conselho Europeu vai discutir hoje à noite seja implementado "tão rapidamente quanto possível", mas defendeu sanções financeiras adicionais, "não que ladrem, mas que mordam", disse o primeiro-ministro.
"Esta noite, não precisamos de grandes declarações, o que precisamos é de decisões fortes. E decisões fortes significa sanções duras. Não sanções que ladrem, mas sim que mordam, com grande impacto na Rússia", disse Alexander de Croo, à chegada à sede do Conselho Europeu, em Bruxelas, onde hoje se realiza uma cimeira extraordinária dos líderes da UE para discutir a resposta dos 27 à agressão militar da Rússia à Ucrânia.
O primeiro-ministro disse que, "para a Bélgica, o pacote de sanções que está hoje sobre a mesa deve ser lançado tão rapidamente quanto possível", mas "é preciso reforçá-lo com sanções financeiras adicionais, para dificultar o acesso das instituições financeiras e empresas russas aos mercados financeiros internacionais".
"O que precisamos de decidir ao nível europeu é como contra-atacar. E devemos contra-atacar atingindo a elite na Rússia, o complexo económico militar, e isso podemos fazer com sanções. Creio que o pacote de sanções sobre a mesa é um bom pacote, mas deve ser alargado, e alargado com medidas financeiras. O nosso alvo não é a população russa, é o regime. O que é importante é atingir a economia russa", disse.
O presidente norte-americano anunciou que Estados Unidos e aliados vão reforçar sanções à Rússia. Joe Biden disse que o dispositivo da NATO na Alemanha será reforçado com tropas norte-americanas.
"Putin escolheu esta guerra" na Ucrânia, e o Presidente russo e a Rússia "suportarão as consequências de novas sanções", disse Biden, numa declaração à comunicação social, garantindo que defenderá "cada centímetro do território da NATO".
Um reator nuclear daquela central explodiu em abril de 1986, quando a Ucrânia fazia ainda parte da antiga União Soviética, expondo resíduos radioativos em toda a Europa no pior desastre nuclear do mundo.
O reator que explodiu foi coberto por um abrigo de proteção para evitar fugas radioativas e a produção parou na central, que foi desativada.
Podolyak disse que depois de "um ataque absolutamente sem sentido dos russos neste local, é impossível dizer se a central nuclear de Chernobyl está segura".
O conselheiro ucraniano acusou a Rússia de poder usar a central para lançar provocações e descreveu a situação como "uma das ameaças mais graves à Europa".
Milhares de pessoas desafiaram uma proibição de manifestações anunciada pelo governo, face a apelos divulgados nas redes sociais para protestos contra a decisão do presidente Putin de ordenar a invasão da Ucrânia.
O Ministério do Interior tinha advertido que os protestos contra a guerra na Ucrânia seriam considerados ilegais e que a polícia "tomaria todas as medidas necessárias para assegurar a ordem pública".
As autoridades de Odessa registaram a morte de pelo menos 22 pessoas, como resultado de um ataque aéreo russo contra uma sua unidade militar na região.
Horas antes, a Presidência ucraniana tinha noticiado a morte de mais de 40 soldados, durante os ataques contra aeródromos e bases militares no seu território.
De acordo com Alexei Arestovich, assessor presidencial, a maioria das vítimas morreu durante o bombardeamento aéreo desta manhã, mas os ataques não terão conseguido minar o potencial defensivo das Forças Armadas.
Até agora, a Rússia apenas tinha admitido alguns ataques aéreos e com mísseis contra bases ucranianas, tendo anunciado a destruição de 83 instalações militares no país vizinho.
Pela primeira vez desde o início da invasão, o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, confirmou que as tropas russas entraram na Ucrânia, informando que avançaram em direção à cidade de Kherson, a noroeste da Crimeia.
"Todas as tarefas atribuídas aos grupos militares das Forças Armadas da Federação Russa para este dia foram coumpridas com sucesso",, disse Konashenkov.
O Conselho de Segurança da Nações Unidas vai votar na sexta-feira uma resolução para condenar a Rússia pelos ataques na Ucrânia e exigir a retirada das tropas russas, mas o projeto deverá ser vetado.
De acordo com um responsável norte-americano, citado pela Associated Press, os Estados Unidos defendem a importância de levar a votação o projeto de resolução, apesar da expectativa de que o diploma seja vetado pela Rússia.
Ainda assim, adianta que os Estados Unidos irão responder a esse resultado com uma resolução na Assembleia Geral, onde não existe poder de veto.
A resolução "condena nos termos mais duros possíveis a agressão da Rússia" e as violações à soberania e integridade territorial da Ucrânia e "exige que a Federação Russa retire, de forma imediata, completa e incondicional, as suas forças", segundo o mesmo responsável, que falou à agência norte-americana em anonimato.
O secretário-geral do PCP considerou hoje que as declarações de Vladimir Putin refletem um "país capitalista" e representam "um ataque à União Soviética", defendendo a via do diálogo para encontrar uma solução para o conflito na Ucrânia.
"O PCP sublinha ao mesmo tempo as declarações de [Vladimir] Putin, que refletindo a posição da Rússia como país capitalista, desferem um ataque à União Soviética e à notável solução que esta encontrou para a questão das nacionalidades e o respeito pelos povos e as suas culturas", sustentou Jerónimo de Sousa.
O líder comunista reiterou que o conflito no leste europeu é "inseparável de décadas de crescente tensão e de confrontação" dos Estados Unidos da América e da NATO contra a Rússia.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou hoje que que vai proibir a companhia aérea russa Aeroflot no Reino Unido e congelar os ativos do banco VTB, num novo pacote sanções para castigar a Rússia pela invasão da Ucrânia.
Numa declaração no Parlamento, Johnson disse que as novas sanções vão "excluir totalmente os bancos russos do sistema financeiro britânico", impedindo que os pagamentos passem pelo Reino Unido.
O VTB é um dos maiores bancos da Rússia, com ativos estimados de 154.000 milhões de libras (184.000 milhões de euros), tendo estado envolvido no processo das "dívidas ocultas" em Moçambique.
As medidas vão ser tomadas em conjunto com os EUA, vincou, com o objetivo de atingir as empresas russas, cujas transações são feitas, em cerca de metade, em dólares norte-americanos e libras esterlinas.
O Governo vai também proibir empresas estatais e privadas russas de angariar financiamento ou comercializar títulos no Reino Unido e limitar o valor monetário que pode ser depositado em contas bancárias no Reino Unido.
Num novo comunicado, o Ministério da Defesa da Rússia fala em “sucesso” por ter alcançado todos os objetivos definidos para as forças militares esta quinta-feira.
Segundo Moscovo, foram desativadas hoje 83 infraestruturas militares ucranianas e abatidas várias aeronaves, assim como outros equipamentos aéreos.
O Ministério confirmou ainda que as tropas russas entraram já na cidade ucraniana de Kherson. “Isto permitiu desbloquear o Canal da Crimeia do Norte e restabelecer o abastecimento de água à Península da Crimeia”, adiantou.
Em Berlim, junto às Portas de Brandeburgo, centenas de manifestantes juntaram-se para pedir o fim dos confrontos. Os manifestantes pedem ainda a imposição de fortes sanções à Rússia.
O Governo disse hoje que está salvaguardado o abastecimento dos sistemas nacionais de gás e de petróleo, caso a Rússia corte o fornecimento à União Europeia.
Numa nota, o Governo lembrou que em 2021 apenas 10% das importações de gás natural em Portugal foram provenientes da Rússia, "pelo que não se antevê que uma potencial interrupção do fornecimento por parte da Rússia represente uma disrupção no fornecimento de GN a Portugal".
No que diz respeito ao gás natural liquefeito (GNL), que entra em Portugal através do terminal de Sines, o executivo realçou que não foram registadas quaisquer falhas nas entregas programadas, nem alterações à calendarização de entregas para fevereiro e março.
Já quanto ao petróleo bruto (crude) e derivados, "não se anteveem problemas de abastecimento, dado que Portugal não importa crude da Rússia desde o ano 2020".
A antiga central nuclear de Chernobyl foi tomada pelas forças russas, avançou há minutos um conselheiro da Presidência ucraniana, Mykhailo Podolyak.
“É impossível dizer se a central nuclear de Chernobyl está segura depois de um ataque sem sentido por parte dos russos”, adiantou.
O responsável acrescentou que “esta é hoje uma das mais sérias ameaças à Europa”.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que o seu país "não tinha outra maneira" de se defender a não ser lançar um ataque na Ucrânia, confirmando que o Exército russo está em processo de invasão daquele país vizinho.
"O que está a acontecer agora é uma medida coerciva. Porque não temos outra forma de fazer o contrário", disse Putin, durante uma reunião com empresários, em Moscovo, que foi difundida pelas estações televisivas.
“Não planeamos danificar o sistema ao qual pertencemos”, assegurou. “Os nossos parceiros deviam compreender isso e não devem empurrar-nos para fora desse sistema”.
Numa declaração conjunta após uma cimeira virtual, os líderes da França, Alemanha, Japão, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, assim como a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu Charles Michel e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenaram veementemente a invasão russa.
Esta crise “é uma séria ameaça à ordem internacional, com ramificações muito para além da Europa”, alertaram os líderes do G7, para quem Vladimir Putin “se colocou do lado errado d história”.
“Condenamos o presidente Putin pela sua recusa em envolver-se num processo diplomático, apesar das nossas repetidas ofertas”, lê-se no comunicado.
“Permanecemos unidos aos parceiros, incluindo a NATO, a UE e os seus Estados-membros e a Ucrânia, e continuamos determinados a fazer o que for necessário para preservar a integridade da ordem internacional”, acrescentam.
A bolsa de Moscovo caiu 45 por cento e a negociação chegou a estar suspensa. No resto da Europa, as bolsas também estão em queda, enquanto os preços do petróleo e do gás estão a disparar.
É a reação dos mercados ao início da ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, que a RTP está a acompanhar de perto.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros alertou hoje que os países ocidentais e membros da NATO têm de estar preparados "para todos os cenários", trabalhando ao mesmo tempo no plano da defesa e no das sanções económicas e financeiras.
"Lamento dizê-lo, mas não posso dizer outra coisa: hoje temos que trabalhar com todos os cenários em cima da mesa porque o que acontece é que a ação de [Vladimir] Putin não apenas excede as suas palavras, a ação de Putin em cada momento está a exceder o máximo que prevíamos como possível nessa mesma ação", sustentou Augusto Santos Silva.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros insistiu na necessidade de trabalhar "ao mesmo tempo em dois pilares".
"O pilar da nossa própria defesa, que passa pela nossa própria capacidade de dissuasão, e o plano das sanções económicas e financeiras propriamente ditas", acrescentou.
O presidente da Câmara de Kiev ordenou esta tarde o recolher obrigatório na capital.
O embaixador ucraniano nos Estados Unidos assegurou, porém, que a cidade está totalmente sob controlo ucraniano e que helicópteros russos foram há pouco abatidos nos arredores.
O site RadarBox, que faz a monitorização dos espaços aéreos em tempo real, mostra neste momento uma enorme mancha vazia sobre o território ucraniano. Todos os aviões comerciais estão a contornar o país, fazendo trajetos mais longos para chegarem aos seus destinos.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou hoje a invasão da Ucrânia pelo exército russo como "um golpe na paz e estabilidade regionais" e reiterou o apelo para que o conflito seja resolvido "através do diálogo".
"Rejeitamos esta operação inaceitável", disse Erdogan numa declaração transmitida pela televisão turca.
O chefe de Estado turco disse que falou hoje de manhã com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem "reiterou o apoio da Turquia à luta da Ucrânia para proteger a sua integridade territorial".
Dária Pachenco é uma portuguesa a estudar na Ucrânia, filha de pai ucraniano. Ainda não sabe quando pode voltar para Portugal e espera por repatriamento.
Está calma e sublinhou à jornalista Natércia Simões que já viveu uma situação pior do que sentiu esta madrugada.
A Rússia prometeu hoje uma resposta severa às sanções europeias que venham a ser tomadas, garantindo que "não impedirão" a assistência de Moscovo aos separatistas na guerra contra a Ucrânia.
"De acordo com o princípio da reciprocidade, que é a base do direito internacional, tomaremos medidas severas de retaliação", disse o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.
"As medidas hostis da União Europeia contra a Rússia (...) não podem impedir o desenvolvimento gradual" dos laços entre Moscovo e os separatistas na Ucrânia, bem como a "prestação de assistência a estes últimos", acrescentou a nota da diplomacia russa.
As autoridades russas anunciaram hoje que reprimirão qualquer manifestação "não-autorizada" que se realize na Rússia contra a guerra na Ucrânia, onde Moscovo lançou esta madrugada uma ofensiva militar de grande envergadura.
O Ministério do Interior, o Ministério Público e o Comité de Investigação russos advertiram os cidadãos russos contra qualquer ação de protesto.
O Comité de Investigação sublinhou que os participantes em concentrações sobre "a situação tensa em matéria de política externa" ou em distúrbios enfrentarão processos judiciais.
"Recordamos que os apelos para participar e a participação direta em tais ações não-autorizadas trarão graves consequências judiciais", alertou.
Por sua vez, o Ministério Público indicou ter feito "advertências" às pessoas que incitam à participação em manifestações de protesto contra a guerra na Ucrânia.
O Ministério do Interior avisou que as concentrações serão "ilegais" e que a polícia "tomará todas as medidas necessárias para garantir a ordem pública".
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje que a Rússia está a tomar medidas "para garantir a segurança do país e do povo russo" e que "espera" que "ainda seja possível voltar ao direito internacional".
"Tivemos discussões tensas e detalhadas com os nossos colegas norte-americanos e com outros membros da NATO. Esperamos que ainda exista a possibilidade de voltar ao direito internacional e aos compromissos internacionais", disse Lavrov, citado pela agência Efe.
De acordo com um comunicado do ministério russo, Lavrov assinalou que por agora a Rússia toma medidas "para garantir a segurança do país e do povo russo".
"Mas estaremos sempre prontos para um diálogo que nos devolva a justiça e os princípios da Carta das Nações Unidas", afirmou.
Vários países europeus, sobretudo os mais próximos da Ucrânia, estão já a receber ou preparam-se para acolher milhares de refugiados, na sequência do ataque russo iniciado esta madrugada em três frentes daquele país.
Logo nas primeiras horas do dia, várias centenas de pessoas - muitas das quais com nacionalidade romena - cruzaram a fronteira com a Roménia para se refugiarem em casa de amigos ou familiares ou mesmo nas suas próprias casas.
Na vizinha Moldávia, cerca de 2.000 refugiados ucranianos cruzaram a fronteira hoje, segundo o ministro do Interior, situação semelhante à que aconteceu na Eslováquia, onde engarrafamentos para cruzar a fronteira se formaram logo às primeiras horas da manhã.
Também a Polónia, onde vivem atualmente 250.000 ucranianos de forma permanente, se está a preparar para a possível chegada de milhares de ucranianos.
Já o ministro do Interior da República Checa, Vit Rakusan, assegurou hoje que, caso cheguem mais de 5.000 refugiados, será necessário declarar estado de emergência no país.
Numa reunião em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa disse à embaixadora da Ucrânia sentir-se “orgulhoso de ser presidente da República portuguesa, tendo em Portugal uma comunidade excecional como é a comunidade ucraniana”.
O presidente assegurou que o Ministério português dos Negócios Estrangeiros e as autoridades em geral têm acompanhado a situação dos cidadãos portugueses – a maioria com dupla nacionalidade -, cerca de 200, que “estão a sair ou já saíram do território ucraniano”.
O chefe de Estado relembrou que foi autorizada a participação portuguesa nas missões da NATO, “em território da NATO, numa função de dissuasão, e não de intervenção agressiva, obviamente”.
Essa participação comporta forças da Armada, Exército e Força Aérea e mostra o “empenho e solidariedade” de Portugal para com a Ucrânia, frisou Marcelo.
A Comissão Europeia disse hoje ter recebido um "pedido urgente" apresentado pela Ucrânia para assistência médica, apelando à cooperação dos Estados-membros da União Europeia para envio de artigos para o país invadido pela Rússia.
"Após a invasão russa completamente injustificada de hoje, a Ucrânia apresentou um pedido urgente de artigos de ajuda médica através do Mecanismo de Proteção Civil da UE", anunciou o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic.
Numa publicação feita na rede social Twitter depois de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, que arrancou hoje de madrugada, Janez Lenarcic apelou "a todos os Estados-membros da UE e aos Estados participantes [neste Mecanismo de Proteção Civil da UE] que respondam imediatamente com ofertas de assistência".
"O tempo para ajudar é agora", vincou Janez Lenarcic.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, condenou hoje, "sem ses, nem mas", a "invasão militar" da Rússia a um Estado independente e lamentou as "dezenas e dezenas" de vidas já perdidas neste conflito.
Numa audição no Parlamento, o chefe da diplomacia portuguesa fez uma condenação veemente do ataque russo e disse que esta é "a maior crise de segurança por que a Europa passa deste a II Guerra Mundial".
"Lamento com consternação pelas vidas que já foram perdidas", manifestou Santos Silva, adiantando que já há informação de "dezenas e dezenas de pessoas que perderam a vida".
Depois de uma reunião com o presidente da República português, a embaixadora ucraniana Inna Ohnivets diz ter deixado apelos de ajuda a Marcelo Rebelo de Sousa.
Referiu ainda que existem cerca de 200 cidadãos portugueses a viver na Ucrânia, que “agora estão à espera de ir para Portugal”. Nesse sentido, a embaixada portuguesa em Kiev está em contacto com a embaixada ucraniana em Portugal.
Inna Ohnivets diz não ter a informação de que haja forças russas em Kiev. “Posso dizer que hoje de manhã os russos bombardearam o aeroporto de Boryspil, perto de Kiev”, adiantou.
A embaixadora da Ucrânia em Portugal fala a esta hora aos jornalistas.
Lembrando que a Ucrânia não pertence à NATO, a responsável alerta que se o país for ocupado pela Rússia, “que país será o seguinte?”. “Pode ser um membro da NATO” o próximo a ser invadido, avisa.
“Por isso, a Ucrânia agora defende, não só o nosso território, mas toda a Europa. Por isso precisamos do apoio de Portugal e pedimos também assistência e armas”, assim como “assistência humanitária”, afirmou.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, acaba de avançar que as forças militares do país estão a lutar para impedir que as tropas russas capturem a antiga central nuclear de Chernobyl.
"As tropas dos ocupantes entraram desde a Bielorrússia na zona da central de Chernobyl. Os membros da guarda nacional que protegem o depósito estão a resistir obstinadamente", escreveu o conselheiro na rede social Telegram, citado pela agência France-Presse (AFP).
O Exército ucraniano anunciou hoje que estão em curso combates pelo controlo do aeroporto militar de Gostomel, nos arredores de Kiev, quando a Rússia já reclama a destruição de 74 instalações militares na Ucrânia.
"A luta está em curso no aeroporto de Gostomel", localizado poucos quilómetros a noroeste de Kiev, anunciou o chefe dos Exército ucraniano, Valery Zaloujny e imagens nas redes sociais mostram que o aeroporto militar terá sido atacado por vários helicópteros.
De acordo com Zaloujny, a situação também é "tensa" no sul da Ucrânia, onde os combates estão a travar-se nas cidades de Genitchesk, Skadovsk e Chaplynka, na região de Kherson, perto da Crimeia.
O Exército russo assegura que destruiu 74 instalações militares, incluindo 11 aeródromos, na Ucrânia, onde as tropas de Moscovo lançaram uma grande operação militar, esta manhã.
"Como resultado dos ataques das Forças Armadas russas, 74 instalações terrestres da infraestrutura militar ucraniana foram desativadas. Isso inclui 11 aeródromos da Força Aérea", disse o general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo, durante uma entrevista televisiva.
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, condenou hoje "a agressão militar russa à Ucrânia", que classificou como "o maior ataque à paz e à estabilidade na Europa em décadas".
Ferro Rodrigues que enviou esta manhã uma mensagem ao seu homólogo ucraniano, na qual transmitiu "a mais veemente condenação pela agressão militar russa à Ucrânia".
"O maior ataque à paz e à estabilidade na Europa em décadas, que o é a um Estado soberano, livre e independente", classificou, tendo também transmitido "a mais calorosa e profunda solidariedade com o povo ucraniano e o Parlamento que o representa".
Moscovo tinha já colocado tropas no porto de Odessa para controlarem essa zona estratégica.
Especialistas acreditam que Rússia e Ucrânia vão acusar-se mutuamente quanto à responsabilidade deste ataque.
O CDS-PP considerou hoje que a ação militar da Rússia contra a Ucrânia é "um ataque infame" e uma "violação grosseira do direito internacional" e defendeu uma "solução efetiva, rápida e consequente" para acabar com o conflito.
"A guerra iniciada hoje pela mão da Rússia na Ucrânia representa um ataque infame a um país soberano e uma violação grosseira do direito internacional que ninguém pode deixar de condenar", afirma o vice-presidente centrista Pedro Melo.
"Stop Putin" são as palavras improvisadas em cartazes dos manifestantes frente à Embaixada.
Vladimir Putin apareceu no vídeo do discurso de invasão, divulgado na última madrugada, com a mesma roupa que usava há três dias, quando reconheceu as repúblicas separatistas do Donbass.
Vários órgãos de comunicação estão a especular sobre se o discurso de invasão foi gravado há três dias. Na internet circulam já metadados que evidenciam que o discurso foi gravado dia 21.
Poderá tratar-se de uma estratégia de prevenção por parte do presidente russo, conforme constata o correspondente da RTP em Moscovo, Evgueni Mouravitch.
Políticos brasileiros que disputarão a presidência em outubro próximo lamentaram a ação militar da Rússia na Ucrânia, enquanto o atual chefe de Estado do país, Jair Bolsonaro, não emitiu opiniões públicas sobre o assunto.
"Ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra o outro. A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha", escreveu na rede social Twitter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Já o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não se manifestou sobre os conflitos na Europa envolvendo ações militares perpetradas pela Rússia na Ucrânia.
Numa visita realizada a Moscovo em que se encontrou com Vladimir Putin, no passado dia 16, o Bolsonaro chegou a declarar: "Somos solidários à Rússia. Temos muito a colaborar em várias áreas. Defesa, petróleo e gás, agricultura e as reuniões estão acontecendo".
A embaixada portuguesa na Ucrânia pôs em marcha um plano de evacuação, mas pede a quem tenha viaturas próprias para as utilizar. A saída do território não é fácil, dado que o ataque russo abrange vários pontos do país.
Os militares reservistas ucranianos, homens e mulheres, têm estado durante todo o dia a dirigir-se em grupos até locais de concentração.
A enviada especial da RTP a Kiev, Cândida Pinto, está a acompanhar todos os desenvolvimentos.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai receber hoje a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, no Palácio de Belém, em Lisboa, pelas 15h00.
Esta informação foi divulgada por fonte oficial da Presidência da República, depois de uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.
Três comentadores ajudam a compreender o que está em causa no ataque russo à Ucrânia.
Já terminou a reunião extraordinária do Conselho Superior de Defesa Nacional, que deu, por unanimidade, parecer favorável às propostas do Governo para a participação das Forças Armadas Portuguesas no âmbito da NATO.
As forças portuguesas vão participar, assim, na ativação da Very high readiness Joint Task Force (“Força Conjunta de Elevada Prontidão”) e do Initial Follow-On Forces Group (“Grupo de Forças de Acompanhamento Inicial”).
Esta ativação serve para o “eventual empenhamento nos planos de Resposta Graduada da NATO”, informa o Conselho Superior de Defesa Nacional.
Foi ainda aprovada a “eventual antecipação do segundo para o primeiro semestre de projeção de uma companhia do Exército para a Roménia”. A reunião extraordinária foi presidida por Marcelo Rebelo de Sousa.
O PS condenou hoje a ação militar da Rússia contra a Ucrânia e apelou a uma retirada imediata das suas forças de território ucraniano e o fim do reconhecimento russo das regiões de Donetsk e Lugansk.
Em comunicado, o PS "condena veementemente toda e qualquer violação do direito internacional" e "considera que no século XXI a solução para qualquer visão alternativa ou desentendimento deve ser sempre a via diplomática".
Neste contexto, os socialistas portugueses condenam "fortemente o ataque militar da Rússia contra a Ucrânia" e apelam a uma "retirada imediata das forças militares russas da Ucrânia". "O respeito pelo direito internacional deve ser a bitola quanto ao reconhecimento de novos países pelo que solicita à Rússia que reverta seu reconhecimento unilateral das regiões de Donetsk e Lugansk da Ucrânia", refere-se no comunicado.
O PS defende depois que "só o quadro do direito internacional, dos acordos internacionais anteriormente estabelecidos, a retoma imediata do caminho da diplomacia e das resoluções pacíficas podem ser o caminho para o futuro pacífico e próspero de toda a região".
O Ministério da Defesa russo revelou que destruiu 74 instalações militares ucranianas acima do solo, entre as quais 11 aeródromos.
O Presidente da República Checa, Milos Zeman, disse hoje que é preciso "internar o louco" referindo-se ao chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, por quem chegou a demonstrar admiração em várias ocasiões.
"É preciso internar o louco", disse Zeman referindo-se a Putin, numa mensagem transmitida pela televisão e dirigida ao país, na qual acusou a Rússia de ter cometido um "delito contra a paz" e expressou "total apoio à Ucrânia", ao "governo e povo".
Zeman admitiu que não acreditava na invasão russa e que chegou a questionar o profissionalismo dos serviços de informações dos Estados Unidos que alertaram sobre o ataque.
"Esta decisão irracional da Rússia vai provocar danos consideráveis ao Estado russo", disse o Presidente checo, que até ao momento era defensor de uma diplomacia económica com Moscovo.
Milos Zeman foi o único chefe de Estado da União Europeia a participar nas celebrações dos 70 anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em Moscovo, em 2015, após a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, na sequência da intervenção militar do ano anterior.
Em Lugansk e Donetsk, a população foi aconselhada a ficar em casa, ou a dirigir-se para abrigos. Na manhã desta quinta-feira, houve filas no abastecimento de automóveis e nas caixas multibanco.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, promete resistência e apela a todos os civis que se juntem para defender o país.
A China "entende as preocupações de segurança da Rússia", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, ao homólogo russo, Sergei Lavrov, horas após o início da invasão russa da Ucrânia.
"A China sempre respeitou a soberania e a integridade territorial de todos os países", disse Wang, de acordo com uma transcrição divulgada pelo ministério chinês.
"Mas também vimos que a questão ucraniana tem uma história especial e complexa. Entendemos as preocupações de segurança razoáveis da Rússia", apontou.
O Kremlin espera que os mercados russos estabilizem logo após o que descreveu como uma "reação emocional inevitável" à operação militar lançada pelo Presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia.
"Sim, é uma reação emocional inevitável, mas ao mesmo tempo irá certamente estabilizar e tornar-se mais equilibrada e calma em breve", disse o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov numa conferência de imprensa telefónica, comentando o mergulho na bolsa de Moscovo, que chegou a cair até 45,2%.
"Foi criada a necessária reserva de força", disse.
Créditos: Press service of the Ukrainian State Emergency Service via Reuters
Ursula von der Leyen diz que as sanções impostas pela Europa irão “suprimir o crescimento económico da Rússia”.
A presidente da Comissão Europeia explicou, em conferência de imprensa, que a UE pretende cortar a ligação da Rússia à indústria da tecnologia, “necessária para a construir o futuro”.
A invasão da Ucrânia pela Rússia "coloca em risco a vida de inúmeras pessoas inocentes" e "põe em causa a paz" na Europa, afirmou hoje o chanceler alemão, Olaf Scholz.
"O presidente russo está mais uma vez a violar de maneira flagrante o direito internacional", denunciou o chanceler alemão, em declarações à imprensa em Berlim, sublinhando ainda que "nada pode justificar tudo isso".
"É a guerra de Putin", afirmou o líder alemão, que convocou o Bundestag (Câmara Baixa) alemão para uma sessão extraordinária no domingo.
Emmanuel Macron acaba de garantir que a França vai manter-se do lado da Ucrânia e alerta que as ações de Vladimir Putin contra a Europa “vão ter profundas e duráveis” consequências para o continente europeu.
Um avião militar ucraniano com 14 pessoas a bordo foi abatido e cinco pessoas morreram, de acordo com os serviços de emergência e as autoridades policiais do país.
O incidente aconteceu enquanto as Forças Armadas da Ucrânia tentavam defender-se de uma operação militar russa.
A Ucrânia já retirou o seu pessoal da embaixada em Moscovo. Num comunicado publicado na página oficial, o Ministério dos Negócios Estrangeiros refere que deu inicio ao processo de rutura de relações diplomáticas com a Rússia, em resposta "à invasão das forças armadas da Rússia para destruir a Ucrânia".
O quartel-general dos serviços de informação do Ministério da Defesa em Kiev, Ucrânia, foi atacado. Para já não existem mais informações sobre este ataque.
Um assessor da Presidência ucraniana avançou há pouco que o país receia que as forças russas entrem no país por via aérea para penetrarem o distrito governamental de Kiev.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia disse entretanto que os guardas fronteiriços ucranianos abandonaram todas as instalações na fronteira.
O quartel-general dos serviços de informação do Ministério da Defesa em Kiev, Ucrânia, foi atacado. Para já não existem mais informações sobre este ataque.
O primeiro-ministro britânico assegurou há momentos que o Reino Unido trabalhará com os seus aliados “pelo tempo que for necessário” para garantir que a soberania e a independência da Ucrânia são restauradas.
“Esta ação hedionda e bárbara de Putin tem de acabar em falhanço”, defendeu Boris Johnson. Por essa razão, “em conjunto com os aliados, o Reino Unido vai concordar em aplicar um enorme pacote de sanções económicas que ataquem a economia russa”.
O líder britânico disse ainda que fará o possível, nos próximos dias, para fornecer à Ucrânia equipamento de defesa.
Johnson acredita que Vladimir Putin “lançou a guerra no continente europeu” e, por isso, o Ocidente deve “acabar com a dependência de petróleo e gás russos”.
A Comissão Europeia disse hoje estar "pronta" para, se necessário, apoiar os Estados-membros da União Europeia no acolhimento de refugiados ucranianos, após a invasão russa do país, agradecendo a cinco países a "vontade de proporcionar proteção imediata".
"A Comissão Europeia está pronta para apoiar os Estados-membros na preparação do acolhimento à medida que a situação evolui na Ucrânia", anunciou a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, numa publicação na rede social Twitter.
Na mensagem, publicada horas depois de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, Ylva Johansson agradece "à Polónia, República Checa, Roménia, Eslováquia e Hungria pela sua prontidão e vontade de proporcionar proteção imediata".
"A UE está com o povo ucraniano", adianta.
Desde que chegaram notícias de explosões em Kiev, centenas pessoas começaram a fugir da capital ucraniana. Apesar dos apelos do autarca de Kiev para que a população ficasse em casa, formaram-se longas filas no centro da cidade.
Parte da população dirigiu-se para os pontos de abrigo definidos como estações de metro e parques de estacionamento subterrâneos e outros cerca de cinco mil locais disponíveis. Algumas centenas de pessoas dirigiram-se para uma das principais estações de comboio de Kiev para aí se abrigarem, mas muitas delas também para tentar deixar a cidade.
Há também uma autêntica corrida aos postos de abastecimento, caixas de multibanco e outros serviços.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considera Vladimir Putin “responsável por trazer a guerra de volta à Europa” e diz que ainda hoje será anunciado um novo pacote se sanções à Rússia.
“Esta madrugada, as forças russas invadiram a Ucrânia, um país livre e soberano. Mais uma vez, no centro da Europa, mulheres, homens e crianças inocentes estão a morrer ou a temer pelas suas vidas. Condenamos este ataque bárbaro, assim como os argumentos cínicos utilizados para o justificar”, escreveu a responsável num comunicado.
Segundo von der Leyen, “o que enfrentamos é um ato de agressão sem precedentes por parte da liderança russa contra um país soberano e independente. O alvo da Rússia não é apenas a região de Donbass, o alvo não é apenas a Ucrânia, o alvo é a estabilidade na Europa e toda a ordem pacífica internacional. Por isso, vamos responsabilizar o presidente Putin”, assegurou.
“Ainda hoje, apresentaremos aos líderes europeus um pacote de sanções maciças e direcionadas, para aprovação. Com este pacote, iremos visar setores estratégicos da economia russa, bloqueando o seu acesso a tecnologias e mercados que são essenciais para a Rússia”.
“Iremos enfraquecer a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização. Além disso, iremos congelar os ativos russos na UE e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus. Tal como aconteceu com o primeiro pacote de sanções, estamos estreitamente alinhados com os nossos parceiros e aliados”.
“Estas sanções são concebidas para ter um pesado impacto nos interesses do Kremlin e na sua capacidade para financiar a guerra”, acrescenta o comunicado.
As autoridades da Moldávia anunciaram hoje que encerraram o seu espaço aéreo e que também pediram ao Parlamento a introdução do estado de emergência no país, após a invasão da vizinha Ucrânia pela Rússia.
Maia Sandu disse que o ataque da Rússia à Ucrânia é uma "flagrante violação das normas internacionais".
A presidente pediu aos cidadãos moldavos na Ucrânia que regressem a casa. A Moldávia, uma ex-República soviética e uma das nações mais pobres da Europa, tem uma população de cerca de 3,5 milhões e não é membro da NATO.
Existem agora preocupações na Moldávia de que o conflito no país vizinho possa desencadear um fluxo de refugiados. Sandu disse que "nos pontos de passagem de fronteira com a Ucrânia há um aumento no fluxo do tráfego".
A Presidente moldava acrescentou que o país vai "ajudar as pessoas que precisarem".
Uma manifestação, convocada pelas redes sociais, junta centenas de ucranianos junto do consulado russo na cidade do Porto. Exigem a retirada das tropas russas da Ucrânia.
Stoltenberg avançou ainda que vai haver uma cimeira virtual dos líderes da NATO amanhã para “ver qual o caminho futuro”.
“A Rússia depara-se agora com custos e consequências tremendos impostos por toda a comunidade internacional”, declarou. “O objetivo do Kremlin é restabelecer a sua esfera de influência, destruir as regras globais que há décadas nos mantêm seguros e subverter os valores que todos nós acarinhamos”.
“Este é o novo normal para a nossa segurança. A paz não pode ser tomada por garantida. A liberdade, a democracia, são postas em causa pelos regimes autoritários e a concorrência estratégica está a crescer. Temos de responder com uma resolução e união cada vez mais fortes, a América do Norte e a Europa, em conjunto, na NATO”, concluiu o secretário-geral.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte acaba de assegurar que a NATO vai “continuar a fazer tudo o que for necessário para proteger a Aliança da agressão”.
Jens Stoltenberg considera este “um passo defensivo para proteger as nossas nações durante estas crises e irá permitir que sejam utilizadas forças e capacidades, incluindo a força de resposta da NATO, onde seja mais necessária”.
“Em resposta à escalada militar russa, temos de fortalecer a nossa segurança coletiva na terra, no ar e no mar”, justificou.
“Os aliados da América do Norte e Europa enviaram tropas para o leste e colocaram os planos de guerra em stand-by. Nós temos centenas de jatos em alerta para proteger o nosso espaço aéreo e mais de 120 navios aliados desde o Mar do Norte até ao Mediterrâneo”, adiantou o responsável.
O Ministério polaco da Saúde disse esta quinta-feira que os hospitais do país estão a preparar-se para receber possíveis feridos do conflito vindos da Ucrânia.
"A Polónia está a preparar-se para aceitar imigrantes da Ucrânia, incluindo cidadãos ucranianos afetados pelo conflito armado", disse o ministério em um e-mail enviado à agência Reuters.
"Faremos tudo para garantir que todas as pessoas que entrem no território polaco tenham acesso a cuidados de saúde, incluindo hospitalizações. Há camas a serem preparadas nos hospitais para a admissão dos feridos”, adiantam ainda os responsáveis polacos.
O Governo russo acaba de avançar que a operação militar na Ucrânia vai durar o tempo que for necessário, dependendo dos “resultados” e da sua “relevância”.
O Kremlin disse ainda acreditar que a população russa vai apoiar esta ofensiva ao país vizinho.
Em declarações aos jornalistas, o porta-voz da Presidência, Dmitry Peskov, explicou que Moscovo pretende impor um “estatuto neutro” à Ucrânia, a sua desmilitarização e a eliminação dos “nazis” que diz estarem nesse país.
O Kremlin classificou ainda de “previsível” a reação nos mercados financeiros globais.
11h09 - Amnistia Internacional apela ao respeito pelos direitos humanos. "Os nossos piores receios tornaram-se realidade"Russia treacherously attacked our state in the morning, as Nazi Germany did in #2WW years. As of today, our countries are on different sides of world history. 🇷🇺 has embarked on a path of evil, but 🇺🇦 is defending itself & won't give up its freedom no matter what Moscow thinks.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) February 24, 2022
As autoridades regionais estão a avançar que 18 pessoas morreram num ataque com míssil na cidade ucraniana de Odessa.
Pelo menos outras seis pessoas terão morrido na cidade de Brovary, junto à capital Kiev.
🇵🇹🇺🇦 A Iniciativa Liberal está solidária com o povo ucraniano, sob ataque criminoso do regime autocrático russo, um ataque a todo o mundo livre.
— Iniciativa Liberal (@LiberalPT) February 24, 2022
Um povo na linha da frente com enorme dignidade e coragem no regresso das trevas da guerra à Europa.
Portugal deve ajudar
+ pic.twitter.com/AfHLsypJgd
Hoje é um dos dias mais tristes do pós-Guerra Fria. Apesar de lhe ter sido oferecida a paz, a Rússia optou pela guerra. A decisão de invadir a Ucrânia é ilegal, desnecessária e inaceitável. E, com o mundo a ver, é preciso deixar claro que estas acções acarretam fortes punições.
— Rui Rio (@RuiRioPSD) February 24, 2022
A composição da força de reação rápida portuguesa que vai integrar a NATO para fazer face à ameaça russa “está já definida e tem a devida autorização do Conselho Superior de Defesa Nacional”, disse há minutos António Costa.
“Hoje, se o Conselho do Atlântico Norte assim o autorizar, o comando militar da NATO identificará as forças em concreto das Forças Armadas Portuguesas que pretende utilizar e em que missão as pretende utilizar”, acrescentou o primeiro-ministro.
O chefe de Governo português frisou que, durante o dia de hoje, haverá reuniões do Conselho Europeu nas quais se irá debater sanções a aplicar à Rússia.
“Por outro lado, está reunido o Conselho do Atlântico Norte, ao nível de embaixadores, que definirá qual é a medida de empenho de forças de dissuasão que a NATO adotará para proteger todos os países da NATO que têm fronteira com a Ucrânia ou que estão no conjunto de toda uma vasta região que se estende da Islândia à Turquia”, adiantou.
“Como é sabido, Portugal integra este ano as forças de reação rápida da NATO, e nesse quadro temos um conjunto de elementos que estão disponibilizados com uma prontidão a cinco dias para, se for essa a decisão do Conselho do Atlântico Norte, serem colocados sob as ordens do comando da NATO para a realização dessas missões de dissuasão”.
Portugal deu às embaixadas da Ucrânia e países vizinhos instruções para que seja facilitada a emissão de vistos “para quem pretenda vir para Portugal” devido ao início de um ataque russo, anunciou hoje António Costa.
Relativamente aos portugueses e luso-ucranianos residentes na Ucrânia, o primeiro-ministro disse estar estabelecido “um processo de evacuação para o caso de vir a ser necessário, que é do conhecimento da embaixada” e que será ativado quando e se a situação o exigir.
“Queria também dar uma palavra de confiança à comunidade ucraniana que reside em Portugal, dizendo-lhes que contarão com toda a nossa solidariedade, que têm sido muito bem-vindos a Portugal e que os seus familiares e conhecidos que entendam que devem procurar, em Portugal, a segurança e o destino para dar continuidade às suas vidas, são também muito bem-vindos”.
Marcelo Rebelo de Sousa condenou hoje a operação militar da Rússia na Ucrânia e convocou para as 12h00 uma reunião do seu órgão de consulta para os assuntos relativos à defesa nacional e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.
"Estamos a acompanhar de perto a possibilidade de movimentos de refugiados para os nossos países vizinhos", afirmou a governante em comunicado.
Na manhã desta quinta-feira, enquanto ganhava corpo a ofensiva militar da Rússia, milhares de habitantes de Kiev procuravam deixar a capital da Ucrânia, entupindo vias rodoviárias.
"O governo da Espanha condena a agressão da Rússia contra a Ucrânia e está solidária com o governo e o povo da Ucrânia", disse Sánchez no Twitter.
The Government of Spain condemns Russia's aggression against Ukraine and expresses its solidarity with the Ukrainian Government and its people.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) February 24, 2022
I remain in close contact with our partners and allies in the European Union and @NATO to coordinate our response.
Um guarda de fronteira adiantou, separadamente, que várias colunas militares russas cruzaram a fronteira ucraniana nas regiões de Chernihiv, Kharkiv e Luhansk.
A operação militar iniciada esta madrugada pela Rússia sobre território da Ucrânia é uma agressão injustificada e uma grosseira violação do direito internacional, que condenamos e que deve cessar de imediato.
— N Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) February 24, 2022
La France est solidaire de l’Ukraine. Elle se tient aux côtés des Ukrainiens et agit avec ses partenaires et alliés pour que cesse la guerre.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) February 24, 2022
O preço do alumínio a três meses na Bolsa de Metais de Londres, atingiu recordes de 3,3888 dólares a tonelada na sessão desta quinta-feira e às 06h16 subia 2.4% para 3.370 dólares a tonelada.
6h48 - Polícia de Kiev avisa população com megafones
O primeiro japonês, Fumio Kishida, afirmou que o seu país condena nos termos mais fortes as ações unilaterais da Rússia.
Kishida revelou ainda ter dado instruções às autoridades japonesas relevantes para fazerem o possível para garantir a segurança dos cidadãos japoneses na Ucrânia.
O ataque russo na Ucrânia "faz tremer as fundações da ordem internacional", considerou.
A presidência da Bielorrússia afirma que o Presidente russo falou ao seu homólogo e aliado Alexandre Lukachenko a informá-lo de que ia lançar uma operação militar na Ucrânia.
O Ministério aconselhou ainda os cidadãos turcos a permanecerem em casa ou em local seguro e a evitarem deslocações. A companhia aérea Turkish Airlines anunciou o cancelamento de todos os voos para a Ucrânia, devido ao encerramento do espaço aéreo ucraniano.
O primeiro-ministro da Bélgica Alexander De Croo exprimiu na rede Twitter a sua tristeza, afirmando que o ataque russo à Ucrânia levou a Europa de regresso a uma situação que o continente julgava há muito ultrapassada.
"Esta é a hora mais negra da Europa desde o fim da II Grande Guerra", afirmou. "Esta agressão russa é desnecessária e não provocada. Os nossos corações e pensamentos estão com o povo da ucrânia".
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da República Checa, Jan Lipavsky, considerou as ações russas "um acto bárbaro de agressão".
"A decisão do Kremlin de lançar um ataque completamente não provocado é inaceitável e contradiz a lei internacional". tweetou.
"Temos de responder imediato à agressão criminosa da Rússia à Ucrânia", escreveu Morawiecki no Twitter.
"A Europa e o mundo livre têm de deter Putin. Hoje o Conselho Europeu deverá aprovar as sanções mais violentas possível. O nosso apoio à Ucrânia tem de ser real", acrescentou.
5h58 - Responsáveis norte-americanos reafirmam compromisso com a NATOCondeno veementemente a ação militar da #Rússia à #Ucrânia.
— António Costa (@antoniocostapm) February 24, 2022
Irei reunir com o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o Ministro da Defesa Nacional e o CEMGFA.
E solicitei ao senhor Presidente da República reunião urgente do Conselho Superior de Defesa Nacional.
Blinken sublinhou neste contacto que o compromisso dos EUA com o artigo 5º da NATO é "firme". O artigo 5º estabelece que um ataque a um país da NATO é um ataque a todos os restantes membros.
I am appalled by the horrific events in Ukraine and I have spoken to President Zelenskyy to discuss next steps.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) February 24, 2022
President Putin has chosen a path of bloodshed and destruction by launching this unprovoked attack on Ukraine.
The UK and our allies will respond decisively.
Scholz anunciou igualmente uma consulta ainda esta quinta-feira entre os aliados da NATO, do G7 e os membros da União Europeia.
O rublo caiu 5.77 por cento nas últimas horas para um mínimo recorde de 86.1198 por dólar.
Santos Silva revelou que já falou com o embaixador português na Ucrânia e exprimiu a solidariedade de Portugal com o povo ucraniano, apelando depois aos cidadãos portugueses e luso-ucranianos que ali se encontrem que se mantenham "vigilantes e se protejam e aguardem indicações da nossa embaixada". Estarão na Ucrânia cerca de 40 portugueses e de 120 cidadãos luso-ucranianos registado e cujo paradeiro é conhecido da embaixada de Portugal, revelou o ministro,
Augusto Santos Silva reconheceu que ainda não está a par de pedidos de retirada, remetendo "para as próximas horas" outra reação.
"Estamos já a concertar com os parceiros a avaliação da dimensão desta operação e depois naturalmente a reação a ela", acrescentou, acrescentando que espera uma "reação firme" dos aliados na próxima reunião da NATO marcada para esta manhã.
"Deixo aqui também um apelo às autoridades russas que terminem de imediato com esta agressão", afirmou.
O responsável pela diplomacia portuguesa mostrou-se ainda indignado com os ataques das últimas horas da Rússia à Ucrânia. "Não é possível que um Estado se possa comportar desta maneira ao arrepio tão evidente, tão flagrante das regras mínimas do direito internacional".
"Quando o agressor invoca direitos de defesa está tudo dito", resumiu.
"Agora é hora de recolher o máximo de informação possível e perceber o que está a suceder. Vamos aguardar" afirmou o ministro.
We strongly condemn Russia´s unjustified attack on Ukraine.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) February 24, 2022
In these dark hours, our thoughts are with Ukraine and the innocent women, men and children as they face this unprovoked attack and fear for their lives.
We will hold the Kremlin accountable.
O presidente norte-americano Joe Biden está neste momento ao telefone com o presidente ucraniano Zelensky.
O MNE disse ainda que os seus aliados têm de ativar de imediato um novo pacote de sanções.Putin has just launched a full-scale invasion of Ukraine. Peaceful Ukrainian cities are under strikes. This is a war of aggression. Ukraine will defend itself and will win. The world can and must stop Putin. The time to act is now.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) February 24, 2022
Os preços do crude atingiram áximos de sete anos de 100 dólares o barril, depois de Putin autorizar operações militares no leste da Ucrânia e terem sido ouvidas explosões na capital Kiev e noutras cidades ucranianas.
“Nestas circunstâncias, devo alterar o meu apelo: Presidente Putin, em nome da humanidade, leve as suas tropas de volta à Rússia. Este conflito tem de acabar agora”.
Under the present circumstances, I must change my appeal:
— António Guterres (@antonioguterres) February 24, 2022
President Putin, in the name of humanity, bring your troops back to Russia.
This conflict must stop now.
Num comunicado esta madrugada, o secretário-geral da NATO afirmou que "uma vez mais, apesar dos nossos avisos repetidos e esforços diplomáticos incansáveis, a Rússia escolheu o caminho da agressão contra um país independente e soberano".
O texto apela à Rússia para cessar imediatamente as suas ações militares e respeitar a soberania ucraniana e a sua integridade territorial.
"Os aliados da NATO irão reunir-se para decidir quais as consequências das ações agressivas da Rússia. "Estamos com o povo da ucrânia nesta hora terrível. A NATO fará tudo o que poder para proteger e defender os sesu aliados", acrescentou Stoltenberg.