O Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) escolhe esta sexta-feira o candidato à sucessão de Filipe Nyusi como Presidente da República em outubro, numa lista com três nomes a propor pela comissão política, a fechar esta manhã.
"Havia muitos nomes e o debate foi aceso. Trata-se de uma matéria de uma grande importância e de uma grande responsabilidade", disse ao início da noite de quinta-feira, aos jornalistas, Francisco Mucanheia, da comissão política da Frelimo, órgão que esteve reunido em Maputo.
A retoma da reunião da comissão política ficou agendada para as 8h00 de hoje em Lisboa, o que levou ao adiamento da reunião do Comité Central, para as 12h00 em Lisboa.
"Chegamos a um momento decisivo na produção das propostas de nomes e nós queremos produzir propostas que vão ao encontro das expectativas dos moçambicanos e para responder aos desafios atuais que o país enfrenta", acrescentou.
Os nomes em cima da mesa da comissão política, a quem compete pelos estatutos escolher e levar a proposta de candidatos do partido às presidenciais à votação do Comité Central, motivaram debate interno, com Francisco Mucanheia a admitir tratar-se de "um exercício que vai precisar de um aprofundamento", até decisão final, esta manhã.
"Em princípio têm que ser três nomes (a propor ao Comité Central). Vamos evitar alargar", clarificou, garantindo que os nomes ainda em debate são "vários" e "não são necessariamente só aqueles que são divulgados".
A expectativa, acrescentou, é que a reunião para fechar os três nomes se prolongue por uma hora, seguindo-se a divulgação da lista final aos membros do Comité Central, para debate e votação durante a tarde de hoje.
Embora não haja oficialmente qualquer lista de pré-candidatos, na comunicação social local o destaque vai o alegado interesse de figuras como José Pacheco, membro do Comité Central que ocupou diversas funções em governos anteriores, Celso Correia, atual ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, e Alberto Vaquina, antigo primeiro-ministro, bem como Samora Machel Júnior, filho do primeiro presidente moçambicano (Samora Machel), ou o deputado Gabriel Júnior, que é dono de um canal televisivo privado.
Samora Machel, que também é membro do Comité Central, e Gabriel Júnior manifestaram-se publicamente dispostos a concorrer para a posição, mas os restantes não se pronunciaram até agora.
O prazo limite para apresentação ao Conselho Constitucional das listas de candidatos a Presidente da República nas eleições de outubro é 10 de junho.
Moçambique vai realizar em 9 de outubro as sétimas eleições presidenciais e legislativas, as segundas para os governadores provinciais e as quartas para as assembleias provinciais.