Dois membros da tripulação, um comissário de bordo com noções de pilotagem e uma hospedeira, tentaram controlar o Boeing 737 cipriota que se despenhou domingo perto de Atenas, fazendo 121 mortos, informou hoje a televisão privada cipriota Antenna.
Andreas Prodromou, um comissário de bordo cipriota, e a hospedeira Haris Charalambous poderão ter sido as duas pessoas que os pilotos de dois F-16 gregos viram na cabina de pilotagem e que terão procurado tomar o controlo do aparelho cerca de meia hora antes do acidente.
Contra o parecer da família, na opinião da qual um tal emprego não estava à altura das suas qualificações, Prodromou aceitou um lugar de comissário de bordo na companhia de voos fretados Helios depois de lhe ter sido recusada a entrada como piloto.
Segundo a televisão cipriota, foi devido a alterações de última hora que o comissário participou neste voo trágico.
Andreas Prodromou foi chamado menos de três horas antes da partida do voo 522 da companhia cipriota.
"Ele era piloto mas quis trabalhar como comissário de bordo. Disse-lhe que não era um bom emprego para ele, mas [Prodromou] insistiu", disse o avô da vítima à Antenna.
Fonte do Ministério da Defesa grego indicou hoje que o corpo de uma das hospedeiras do Boeing cipriota foi encontrado no "cockpit" do aparelho.
Entretanto, fonte oficial avançou que os corpos de 23 vítimas deverão ser repatriados hoje à noite para Chipre, de onde são originárias 110 das 121 pessoas mortas no acidente.
Em comunicado, a Helios anunciou, por seu lado, a abertura de um centro de assistência para ajudar as famílias das vítimas.
