Comissão Europeia sem acordo para distribuição de refugiados

por RTP
Reuters

Portugal "manifestou desde o primeiro momento disponibilidade para participar no esforço de acolhimento".

A indicação chega pela mão da ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, que esteve esta segunda-feira reunida com os seus congéneres europeus em Bruxelas.

De acordo com a governante, Portugal apoiou a proposta de recolocação de 120 mil refugiados que a Comissão Europeia pôs em cima da mesa, mas os 28 não lograram um entendimento quanto às quotas.

De acordo com Anabela Rodrigues, Portugal "manifestou desde o primeiro momento disponibilidade para participar no esforço de acolhimento dos refugiados".

Trata-se no entanto de uma resolução que está a merecer fortes resistências, nomeadamente de países como a Hungria e a Eslováquia, que implementaram o controlo temporário de fronteiras e suspendendo o tratado de Shengen.

No final da reunião extraordinária de ministros do Interior da União Europeia, que tinha em vista tomar uma decisão relativamente ao sistema de repartição de 120 mil refugiados, Anabela Rodrigues explicou que a proposta da Comissão seria aceite por Portugal, mas que uma decisão jurídica da UE ficou adiada até 8 de outubro.

Rejeitando a ideia de um fracasso no esforço dos 28, a ministra da Administração Interna defendeu que a União “está a dar passos seguros e a caminhar no sentido de encontrar a melhor solução” para esta crise.

Sublinhou, nesse sentido, a decisão dos 28 de confirmarem a decisão tomada em julho relativamente ao acolhimento de 40 mil.
Portugal disse sim
Ainda de acordo com Anabela Rodrigues, Portugal terá sido um dos países que aceitou a quota que lhe era destinada nesta última proposta da UE, dizendo “sim” à entrada de 3000 refugiados.Anabela Rodrigues “[Proposta da UE] encontrou da parte de Portugal uma resposta positiva e a maior abertura para contribuir para a solução”.

Entretanto, a governante confirmou também que estão já em curso os procedimentos necessários para que Portugal comece a receber os primeiros refugiados.

“É preciso condições para receber as pessoas com dignidade (…) e o Governo está a tomar todas as medidas para que, quando os procedimentos estiverem concluídos [esse acolhimento ocorra] o mais rapidamente possível”, explicou.
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