Começa última fase das eleições na Caxemira indiana

por Lusa
A última fase das eleições na Caxemira indiana começou hoje Farooq Khan - EPA

Os eleitores de 40 distritos da Caxemira administrada pela Índia, incluindo Jammu, o único distrito de maioria hindu, começaram esta terça-feira a votar na terceira e última fase das primeiras eleições regionais em uma década.

As assembleias de votos abriram em Caxemira, região de maioria muçulmana, às 2h30 em Lisboa, num ambiente marcado por fortes medidas de segurança, como tinha acontecido nas duas primeiras fases das eleições.

A votação levou ao destacamento de um grande número de forças da polícia e paramilitares para uma das regiões mais militarizadas do mundo.

Estas são as primeiras eleições regionais na Caxemira indiana desde que o governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, revogou unilateralmente, há cinco anos, o estatuto especial que o Estado possuía, provocando fortes protestos na região.

O último governo eleito em Caxemira caiu em junho de 2018, quando o Partido Bharatiya Janata (BJP), de Modi, se retirou de uma coligação governamental formada após as eleições regionais de 2014 com o Partido Democrático Popular (PDP).

O que se vota

O novo governo regional, no entanto, terá poderes limitados, cobrindo principalmente questões de educação e cultura, enquanto a autoridade legislativa e as decisões de segurança permanecerão nas mãos do parlamento indiano e do Executivo de Modi.

A maioria dos partidos regionais prometeram restaurar o estatuto especial da região, que dava à Caxemira uma maior autonomia legislativa em relação ao resto dos estados da Índia, enquanto o BJP afirma que este estatuto não será novamente implementado.

Analistas prevêm uma elevada participação hoje, depois de nas duas fases anteriores, em 18 e 25 de setembro, terem votado mais de metade dos eleitores chamados às urnas. A contagem final dos votos está marcada para 8 de outubro.

A Caxemira indiana, marcada pela insurreição e pela violência durante décadas, é palco de confrontos regulares entre as forças de segurança e separatistas armados, bem como de boicotes eleitorais no passado.

 

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