De acordo com a publicação dos serviços especiais do exército da Ucrânia na rede social Telegram, "na destruição do quartel-general das forças armadas russa, 34 oficiais morreram, incluindo o comandante da frota russa. Cento e cinco outros ocupantes ficaram feridos. O edifício sede não pode ser restaurado".
Imagens do ataque bem-sucedido das forças ucranianas, dia 22 de setembro, que correram mundo, mostram a queda do segundo míssil e atestam o impacto do bombardeamento.
Os russos bombardearam esta segunda-feira Odessa, cidade ucraniana no Mar Negro, em aparente retaliação, provocando dois mortos. As forças ucranianas garantem ter abatido 30 dos 33 projéteis russos.
Capacidade ofensiva "mínima"
A confirmar-se a morte de Sokolov e os ferimentos graves em dois
generais, no mesmo ataque e anteriormente reportados, a perda destes
oficiais generais poderá ser um golpe sério para as forças russas.
Na sua análise, publicada esta segunda-feira, 25 de setembro, os serviços britânicos de informações sublinharam precisamente que a capacidade ofensiva russa "continua mínima" apesar da defesa se manter "robusta".
"No decurso dos últimos nove meses, a força russa na Ucrânia mostrou-se capaz de manter operações defensivas robustas", refere o ministério da Defesa britânico. "Contudo, acrescenta, estas forças "continuam a demonstrar somente uma capacidade mínima no plano ofensivo".
Nos setores de Orikhiv e de Bakhmut, "as forças ucranianas venceram os ataques russos e mantêm o controlo do território recentemente libertado", exemplifica o relatório.
É ainda referido o desalento revelado com comentários da comunidade militar russa, que, atestam os serviços do Reino Unido, testemunham "uma profunda desilusão entre as pessoas implicadas nestes contra-ataques, especialmente em Bakhmut, com relatos de avanços "mal concebidos" e falta de apoio da artilharia, assim como perdas pesadas."
Abrams chegam à Ucrânia
Num reforço da capacidade ofensiva ucraniana, o presidente Volodymyr Zelensky saudou também esta segunda-feira a chegada ao país dos carros armados Abrams enviados pelos Estados Unidos, meses antes do previsto.
"Boa notícia do ministro [da Defesa, Rustem] Umerov. Os Abrams já estão na Ucrânia e deverão em breve reforçar as nossas brigadas. Estou grato aos aliados por terem respeitado os acordos", escreveu o Presidente ucraniano na rede Telegram, sem contudo revelar quantos foram entregues.
A entrega dos Abrams tinha sido anunciada na semana passada pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao receber Zelensky.
Os carros armados norte-americanos chegaram com "meses de avanço" sobre o prazo previsto, referiu o jornal New York Times, a tempo de participar na ofensiva em curso no leste e no sul da Ucrânia.
Os EUA prometeram um total de 31 carros Abrams, equipados com munições de urânio empobrecido de 120mm, que podem perfurar as blindagens mais espessas mas que se mantêm controversas devido aos riscos tóxicos associados, para militares e civis.
c/ agências