A comissão nacional eleitoral de Angola acaba de divulgar os resultados provisórios quando estão apurados 86% dos votos. Os resultados provisórios das eleições dão a vitória ao MPLA com 52% dos votos, a UNITA com 42%. Estes dados apontam para o valor mais baixo de sempre do MPLA em eleições e o mais alto de sempre da UNITA.
Na capital, Luanda, os resultados invertem-se de forma expressiva. O MPLA consegue 33% dos votos e a UNITA 62%, uma derrota histórica do partido de João Lourenço. Luanda é o grande centro populacional, concentrando muita da população jovem, além de ser o centro político do país.
Os resultados, ainda provisórios, foram apresentados pelo porta-voz da
CNE, Lucas Quilundo, quando estavam apurados 86% dos votos.
Os números gerais do país representam a maior votação de sempre da UNITA, cujo melhor resultado anterior foi de 34%.
Já o MPLA apresenta o valor mais baixo de sempre, aproximando-se dos dados de 1992. Nessas primeiras eleições multipartidárias, o partido teve 53% dos votos e depois disso subiu sempre nas eleições, chegando a ter resultados na casa dos 80 por cento.
A derrota histórica em Luanda era já antecipada pelo MPLA. A UNITA concentrou muito do seu esforço eleitoral na capital.
A UNITA deveria reagir aos dados apresentados esta manhã pela comissão eleitoral, mas a conferência de imprensa foi adiada para a tarde.
O novo balanço surge depois de, durante a madrugada, a Comissão Nacional de Eleições de Angola ter anunciado que o MPLA estava à frente na contagem de votos. Na altura, com um terço dos votos contabilizados, segundo as autoridades, os dados indiciavam uma vitória do MPLA com 60% dos votos.
Números que foram contestados logo de seguida pelo número dois das listas da União Nacional para a Independência Total de Angola, Abel Chivukuvuku, afirmou que os dados provisórios recolhidos das eleições de quarta-feira apontavam em sentido inverso, para uma vitória do partido.
"Os nossos centros de escrutínio [dão] claros indicadores provisórios de tendência de vitória da UNITA em todas as províncias do no nosso país", afirmou Chivukuvuku, em conferência de imprensa.
Na sequência desses dados apresentados durante a noite, o MPLA defendeu que se deve esperar "serenamente" os resultados definitivos das eleições de quarta-feira em Angola e que a litigância se faz nos tribunais, numa reação à contestação da UNITA aos resultados provisórios.
"Devemos todos esperar os resultados definitivos da CNE e a litigância ou o litígio faz-se nos tribunais (...). Vamos aguardar serenamente os resultados, como já tem sido tradição em Angola", disse à Lusa João Pinto, vice-presidente da bancada parlamentar do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder em Angola.
Números que foram contestados logo de seguida pelo número dois das listas da União Nacional para a Independência Total de Angola, Abel Chivukuvuku, afirmou que os dados provisórios recolhidos das eleições de quarta-feira apontavam em sentido inverso, para uma vitória do partido.
"Os nossos centros de escrutínio [dão] claros indicadores provisórios de tendência de vitória da UNITA em todas as províncias do no nosso país", afirmou Chivukuvuku, em conferência de imprensa.
Na sequência desses dados apresentados durante a noite, o MPLA defendeu que se deve esperar "serenamente" os resultados definitivos das eleições de quarta-feira em Angola e que a litigância se faz nos tribunais, numa reação à contestação da UNITA aos resultados provisórios.
"Devemos todos esperar os resultados definitivos da CNE e a litigância ou o litígio faz-se nos tribunais (...). Vamos aguardar serenamente os resultados, como já tem sido tradição em Angola", disse à Lusa João Pinto, vice-presidente da bancada parlamentar do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder em Angola.
O MPLA ainda não reagiu diretamente à estimativa apresentada esta quinta-feira, com 86% dos votos contabilizados.