Clima. Limites climáticos podem ser ultrapassados mais cedo do que se pensa
O colapso climático no globo pode acontecer mais cedo do que se está à espera. A conclusão é de um estudo publicado na última quinta-feira na revista Nature Sustainability e explica que o chegar e ultrapassar um dos limites pode levar ao aceleramento dos restantes. Assim, os investigadores avisam que pelo menos um quinto dos ecossistemas mundiais está em risco de sofrer catástrofes naturais.
“Pode acontecer mais cedo do que se pensa”, explicou o Professor Simon Willcock, que é autor do estudo. “Podemos dizer realisticamente que vamos ser a última geração a ver a Amazónia”.
Apesar de já haver alguns estudos sobre os limites climáticos, este é um campo que ainda exige alguma exploração.
As Nações Unidas têm tentado ser mais cautelosas e avançaram que o limite climático da Amazónia só deverá acontecer por volta do ano 2100. No entanto, muitos cientistas brasileiros têm alertado para o facto de a maior floresta do mundo arriscar uma catástrofe muito mais cedo do que a ONU prevê em particular devido à desflorestação e à mudança das temperaturas.
Juntando estes últimos dois fatores ao stress causado aos caudais de água, degradação e poluição dos rios (devido à exploração mineira), o limite do “pulmão do mundo” pode chegar muito mais cedo do que se pensa, defendem os investigadores.
Refere o Guardian que os cientistas que realizaram o estudo usaram mais do que um exemplo de ecossistema e juntaram milhares de variáveis na sua pesquisa para perceber que alguns colapsos climáticos aconteceram devido a eventos extremos. Os investigadores compreenderam também que se houver um ecossistema criado de forma sustentável, existem sempre fatores de stress que podem levar à reversão dessa sustentabilidade.
Apesar de o estudo publicado na Nature Sustainability ser limitado, os autores avisam que os resultados mostram a necessidade de os legisladores começarem a atuar com maior urgência. “Estudos anteriores sobre os limites climáticos sugeriram custos económicos e sociais demasiados altos durante a segunda metade do século XXI. As nossas conclusões mostram que existe potencial de tal acontecer ainda antes”, explicou o Professor John Dearing, também ele co-autor do estudo.
Para Simon Willcock as conclusões deste estudo são “devastadoras”, mas declarou que também mostra que pequenas mudanças atempadas podem ter impactos muito positivos. Apesar de se focar em aspetos negativos, Willcock explicou que o contrário também pode ser verdade.
“A mesma lógica [negativa] pode funcionar de uma forma contrária. Potencialmente, se aplicarmos pressão positiva podemos ver rápidas melhores dos ecossistemas”, continuou Willcock que não deixou de sublinhar que o relógio continua a avançar e que isso está a suceder muito mais rapidamente do que se pensa.
Apesar de já haver alguns estudos sobre os limites climáticos, este é um campo que ainda exige alguma exploração.
As Nações Unidas têm tentado ser mais cautelosas e avançaram que o limite climático da Amazónia só deverá acontecer por volta do ano 2100. No entanto, muitos cientistas brasileiros têm alertado para o facto de a maior floresta do mundo arriscar uma catástrofe muito mais cedo do que a ONU prevê em particular devido à desflorestação e à mudança das temperaturas.
Juntando estes últimos dois fatores ao stress causado aos caudais de água, degradação e poluição dos rios (devido à exploração mineira), o limite do “pulmão do mundo” pode chegar muito mais cedo do que se pensa, defendem os investigadores.
Refere o Guardian que os cientistas que realizaram o estudo usaram mais do que um exemplo de ecossistema e juntaram milhares de variáveis na sua pesquisa para perceber que alguns colapsos climáticos aconteceram devido a eventos extremos. Os investigadores compreenderam também que se houver um ecossistema criado de forma sustentável, existem sempre fatores de stress que podem levar à reversão dessa sustentabilidade.
Apesar de o estudo publicado na Nature Sustainability ser limitado, os autores avisam que os resultados mostram a necessidade de os legisladores começarem a atuar com maior urgência. “Estudos anteriores sobre os limites climáticos sugeriram custos económicos e sociais demasiados altos durante a segunda metade do século XXI. As nossas conclusões mostram que existe potencial de tal acontecer ainda antes”, explicou o Professor John Dearing, também ele co-autor do estudo.
Para Simon Willcock as conclusões deste estudo são “devastadoras”, mas declarou que também mostra que pequenas mudanças atempadas podem ter impactos muito positivos. Apesar de se focar em aspetos negativos, Willcock explicou que o contrário também pode ser verdade.
“A mesma lógica [negativa] pode funcionar de uma forma contrária. Potencialmente, se aplicarmos pressão positiva podemos ver rápidas melhores dos ecossistemas”, continuou Willcock que não deixou de sublinhar que o relógio continua a avançar e que isso está a suceder muito mais rapidamente do que se pensa.