O Gabinete Central do Combate à Corrupção (GCCC) anunciou hoje a instauração de três processos-crimes contra cinco funcionários do Ministério de Defesa, indiciados no desvio de 52 milhões de meticais (746 mil euros).
"Para a consumação dos crimes, os agentes efetuaram transferências de valores para diversas empresas, supostamente contratadas, para aquisição de bens e prestação de serviços ao Estado, sem obediência ao lançamento de concurso e sem celebração de contrato", declarou o porta-voz do GCCC, Romualdo Johnam, em conferência de imprensa de balanço das atividades no primeiro semestre deste ano em Maputo.
Trata-se de "funcionários seniores" e que estão ligados aos departamentos de administração e finanças, explicou o porta-voz do GCCC, avançando que o processo está na fase de instrução e ainda não houve qualquer detenção.
Segundo as autoridades, para efetuar as transferências ilegais, os indiciados alegaram que se tratava casos de "contingência e urgência militar".
"Igualmente, [os indiciados] procederam com o pagamento de valores avultados em numerário para compra de bens a benefício pessoal, demonstrando sinais exteriores de riqueza que não se coadunam com os seus rendimentos lícitos", concluiu Romualdo Johnam.