Cimeira dos BRICS confronta Ocidente com guerra na Ucrânia

por Lusa
Os BRICS confrontam o Ocidente com as últimas opções face à guerra na Ucrânia Kim Ludbrook - EPA

A cimeira dos BRICS, bloco de países emergentes, arranca na cidade russa em Kazan e o anfitrião do encontro, o presidente Vladimir Putin, pretende mostrar o fracasso da política de isolamento do Ocidente desde a agressão à Ucrânia.

A reunião, que decorre até quinta-feira, acontece numa altura em que Moscovo está a ganhar terreno militarmente na Ucrânia e forjou alianças estreitas com os maiores adversários dos Estados Unidos: a China, o Irão e a Coreia do Norte.

São esperados cerca de 20 dirigentes estrangeiros, aliados ou parceiros, para a cimeira, com particular destaque para os presidentes da China (Xi Jinping), do Irão (Massoud Pezeshkian) e da Turquia (Recep Tayyip Erdogan) e para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Quem não vai estar presencialmente em Kazan é o chefe de Estado brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que por motivos médicos cancelou a viagem e vai assistir aos trabalhos da cimeira por videoconferência.

Na véspera do arranque da cimeira, a Rússia anunciou uma reunião na quinta-feira entre Putin e o secretário-geral da ONU, António Guterres, naquele que será o primeiro encontro entre os dois dirigentes desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Com quatro membros fundadores (Brasil, China, Índia e Rússia) quando foi criado em 2009, o bloco dos BRICS incluiu a África do Sul em 2010. Este ano, o bloco angariou mais quatro membros: Etiópia, Irão, Egito e Emirados Árabes Unidos.
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