Os chefes de Estado e de Governo dos 25 reúnem-se quinta-feira em Hampton Court, um palácio inglês renascentista com quatro séculos de histórias de intrigas e de fantasmas, um enorme labirinto e a maior cozinha da Europa.
Esta antiga residência real, situada nas margens do rio Tamisa a 20 quilómetros a sul de Londres, é o maior palácio de toda a Grã- Bretanha e conta com mais de vinte hectares de jardins.
O rei que mais usufruiu do palácio foi Henrique VIII, monarca entre 1509 e 1547, que escolheu as amplas salas do castelo para passar três das suas seis luas-de-mel.
O palácio foi mandado construir em 1514 pelo então arcebispo de York, Thomas Wolsey, que caiu em desgraça e foi preso quando não conseguiu que o Papa anulasse o casamento do monarca com Catarina de Aragão, em 1529.
Segundo a lenda, o Hampton Court está assombrado com o espírito de Catalina Howard, a quinta mulher de Henrique VIII, a passear pelos corredores do palácio.
Catalina Howard foi executada por ordem do monarca em 1542 após ter sido acusada de supostas infidelidades antes do matrimónio.
Há menos de dois anos, as câmaras de vigilância da antiga residência oficial real terão gravado a imagem do fantasma de uma pessoa com roupas da época a fechar uma porta.
Ao longo dos anos, vários guardas do palácio também contaram ter ouvido passos e ruídos nos corredores assim como portas a abrir e a fechar.
O Hampton Court conta com quase mil salões e quartos e cinco cozinhas - uma delas a maior da Europa - que nos anos de esplendor chegavam a servir cerca de 800 membros da corte de Henrique VIII.
Nos jardins do palácio, além do enorme labirinto - onde os turistas ainda hoje se perdem nos seus mais de 800 metros - existe uma vinha que produz mais de 300 quilogramas de uvas anualmente.