Líderes da África Austral reúnem-se na República Democrática do Congo para a cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), debatendo a violência armada em Cabo Delgado e a mediação angolana do conflito entre Kigali e Kinshasa.
Um dos principais desafios atuais da organização sub-regional está ligado à violência armada na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, onde forças dos países-membros da organização têm estado, desde 2021, a apoiar o exército moçambicano no combate contra uma insurgência armada que começou em 2017.
Entre os principais pontos de agenda destaca-se a “apreciação e consideração” do relatório abrangente da Missão Militar da SADC (SAMIM, na sigla em inglês), que tem estado a apoiar as forças moçambicanas no combate contra rebeldes no norte do país, bem como os prazos da sua permanência no país.
No mês passado, a SADC decidiu prorrogar provisoriamente a sua missão militar em Cabo Delgado além de 15 de julho.
Outro tema que deverá ser abordado é a mediação, por Angola, da tensão entre o Ruanda e a República Democrática do Congo, que cresceu exponencialmente nos últimos meses, após o reinício em março dos combates entre o exército e o movimento rebelde 23 de Março (M23), que, segundo Kinshasa, é apoiado pelo país vizinho, uma acusação negada por Kigali.
Durante a cimeira, o chefe de Estado do Maláui, Lazarus Chakwera, vai simbolicamente passar a presidência da SADC para Felix Tshisekedi, presidente da RDCongo.
Integram a SADC, além dos lusófonos Angola e Moçambique, também Botsuana, Comoros, RDCongo, Essuatíni, Lesoto, Madagáscar, Maláui, Namíbia, Seicheles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.