Cimeira analisa em Budapeste "crises" europeias

por Lusa
Líderes europeus discutem "crises" europeias e analisam vitória de Trump Olivier Matthys - EPA

Líderes europeus reúnem-se em Budapeste na 5.ª cimeira da Comunidade Política Europeia e num jantar informal do Conselho Europeu para focar-se “nas crises” europeias, como a migratória, num contexto de mudanças políticas nos Estados Unidos.

Os dois encontros na capital húngara são organizados pela atual presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE) assumida pela Hungria e acontecem (o Conselho Europeu informal prossegue na sexta-feira) depois de o republicano Donald Trump ter sido eleito na terça-feira o 47.º Presidente dos Estados Unidos.

Mas apesar deste contexto de mudanças políticas nos Estados Unidos da América (EUA), que acabará por ser abordado nas duas reuniões de alto nível, fontes europeias anteviram que tanto os líderes presentes na Comunidade Política Europeia como os chefes de Governo e de Estado da UE irão tentar focar-se em “enfrentar as crises” no continente europeu, como é o caso da migratória, ou em questões relacionadas com a segurança económica ou com os desafios securitários.

Um propósito também focado na carta-convite enviada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no passado dia 25 de outubro, aos líderes de mais de 40 países europeus (os da UE e outros, como dos Balcãs Ocidentais) que vão marcar presença na cimeira da Comunidade Política Europeia. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também estará em Budapeste.

Já no jantar informal, e já apenas ao nível da UE, será discutido o impacto das eleições norte-americanas na relação transatlântica à luz dos resultados eleitorais, quando se temem repercussões no comércio, na defesa, no apoio à Ucrânia face à invasão russa, no conflito no Médio Oriente e nos mercados financeiros, bem como as recentes irregularidades relatadas nas legislativas na Geórgia, ganhas pelo partido pró-russo no poder (Sonho Georgiano).

Em ambos os encontros de alto nível, Portugal estará representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
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