Cidadão russo condenado por fornecer dados sobre a frota do Mar Negro

por Lusa

Um tribunal da cidade de Sebastopol, na península ucraniana da Crimeia ocupada pela Rússia, condenou hoje um cidadão russo a 12 anos de prisão numa colónia penal, por dar informação à Ucrânia sobre a frota russa do Mar Negro.

O Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB) disse numa declaração que o cidadão Yevgeni Petrushin foi também condenado a pagar uma multa de 100.000 rublos (cerca de 1.400 euros), de acordo com a agência noticiosa Interfax.

Petrushin é acusado de "seguir as instruções dos serviços secretos ucranianos entre 2020 e 2021 para recolher e transmitir informações sobre as atividades da frota do Mar Negro, dados que podem ser utilizados para prejudicar a segurança da Rússia".

As suas atividades foram alegadamente detetadas por membros das unidades militares de contrainformação do FSB. Petrushin foi preso em abril de 2021, mas em junho foi transferido para a capital russa, Moscovo.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

PUB