A ajuda portuguesa será dada à medida das necessidades de Moçambique. É a garantia do ministro português da Defesa. Seguiram 30 militares para o país africano.
João Gomes Cravinho anunciou que, se for necessário, segue para Moçambique mais ajuda.
O ministro da Defesa acompanhou na última noite a partida do avião que transportou para território moçambicano uma equipa de reação rápida com 30 militares portugueses - fuzileiros equipados com botes.
Também o Presidente da República se despediu dos militares portugueses e aproveitou para dizer que sente o seu homólogo moçambicano mais otimista.
Falou no entanto das enormes dificuldades, em particular relacionadas com a comunicação.
O avião C-130 descolou de Lisboa à 1h40, uma hora mais tarde do que o previsto. Esta quinta-feira parte um segundo C-130 com pessoal médico e material para identificar corpos.
Já em Moçambique, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas reúne-se esta quinta-feira com os portugueses que se encontram na cidade da Beira, uma das regiões moçambicanas mais afetadas pelo ciclone Idai.
Há 30 portugueses dados como desaparecidos, mas ainda não há registo de vítimas mortais. Foi o que voltou a garantir o ministro português dos Negócios Estrangeiros.
Na cidade da Beira falta quase tudo, como testemunha o correspondente da RTP, Pedro Martins.
A zona que mais preocupa as autoridades neste momento é a vila de Buzi, na província de Sofala, já que esta região está inundada por causa da subida do caudal dos rios e há mais de 42 mil pessoas afetadas, como explica o porta-voz do instituto, Paulo Tomás.
A passagem do ciclone Idai por Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando que se trata da "pior crise humanitária no país".