Imagem de Sofala Josh Estey - CARE.de via EPA

Ciclone Idai. Corrida contra o tempo para salvar milhares de vidas

A passagem do ciclone Idai por Moçambique, Zimbabué e Malawi provocou centenas de mortos. As equipas de resgate redobram os esforços para retirar milhares de pessoas que ainda vivem no topo das árvores e em telhados.

A chuva intensa continua a cair o que poderá agravar ainda mais a situação. As barragens das províncias de Manica e Sofala estão no limite e poderão ter de efetuar descargas, aumentando o risco de inundações e cheias nas regiões atingidas pelo ciclone.

As Nações Unidas alertam para a possibilidade de cheias nas bacias dos rios Buzi e Púnguè. O risco de inundação também é elevado nas zonas urbanas da Beira e do Dondo.

Emidio Jozine - EPA

A albufeira de Nampula alcançou os 100 por cento e em Cahora-Bassa está a 98 por cento.

O ciclone Idai atingiu a cidade da Beira, em Moçambique, na passada quinta-feira antes de se dirigir para o interior. As rajadas de vento atingiram os 170 quilómetros por hora e derrubaram vários edifícios.

Josh Estey - CARE.de via EPA

Em Moçambique e no Zimbabué as inundações provocaram a queda de várias pontes e muitas estradas abateram.

Emidio Jozine - EPA
Emidio Jozine - EPA

Segundo a Cruz Vermelha, cerca de 400 mil pessoas ficaram desalojadas em Moçambique.

Josh Estey - CARE.de via EPA

“Os desafios prosseguem para se resgatar milhares de pessoas, sobretudo crianças”, avança a UNICEF que estima que mais de 260 mil crianças estejam em risco em Moçambique.

Josh Estey - CARE.de via EPA

A Save the Children, uma organização não-governamental, alerta para a possibilidade da aldeia moçambicana de Buzi, onde vivem mais de 2500 crianças, ficar completamente submersa.

Josh Estey - CARE.de via EPA

Habitantes da aldeia de Chiluvi, no centro de Moçambique, observam os estragos provocados nas habitações após a passagem do Idai.

Andre Catueira - EPA

No bairro de Praia Nova, na cidade da Beira, são visíveis os estragos provocados nas habitações.

Denis Onyodi - IFRC via EPA

Os sobreviventes são acolhidos em centros de apoio temporário onde preparam as suas refeições.

Josh Estey - CARE.de via EPA

Apesar das operações de salvamento com helicópteros e botes de borracha ainda há populações isoladas.

Aaron Ufumeli - EPA
Aaron Ufumeli - EPA

Milhares de pessoas continuam a necessitar de assistência. Algumas províncias mais afetadas pelo ciclone continuam sem eletricidade e sem comunicações.

Josh Estey - CARE.de via EPA

Os moradores de um bairro da província de Sofala carregam jerricans para transportar água potável para o que sobra das suas habitações.

Josh Estey - CARE.de via EPA

Moradores de um bairro portuário recolhem os destroços do que resta das suas habitações.

Josh Estey - CARE.de via EPA
Josh Estey - CARE.de via EPA

O Presidente moçambicano, Filipe Vyusi, apelou às populações que vivem nas zonas ribeirinhas para abandonarem as casas “para salvar as suas vidas”.

Aaron Ufumeli - EPA

Segundo o Governo moçambicano, uma área de cem quilómetros está totalmente inundada, o que afeta mais de 350 mil pessoas.

Josh Estey - CARE.de via EPA

As imagens aéreas mostram o rasto de destruição na localidade de Nhamudima, na província de Sofala.

Josh Estey - CARE.de via EPA

Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, já tinha sido atingido por inundações mortais em fevereiro e março de 2000. As cheias e as inundações na altura provocaram 800 mortos e mais de 50 mil desalojados. Cerca de dois milhões, dos 17 milhões de habitantes, foram afetados.

Josh Estey - CARE.de via EPA

No Zimbabué, as estradas são autênticos rios de lama. Mais de cem pessoas morreram.

Aaron Ufumeli - EPA

Chipo Ndlukula e seu filho foram resgatados em Chimanimani, uma localidade a cerca de 500 quilómetros a leste de Harare, capital do Zimbabué.

Aaron Ufumeli - EPA