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CIA. Donald Trump reforça aposta em diretora acusada de tortura

por RTP
Aaron Bernstein - Reuters

O Presidente dos Estados Unidos reforçou o seu apoio à nomeação de Gina Haspel como diretora da CIA. Haspel é acusada de ser responsável pelos mecanismos de tortura usados pelas autoridades norte-americanas depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. A imprensa norte-americana tinha avançado que Haspel pretendia desistir por medo de a sua nomeação não ser confirmada pelo Senado.

A dois dias da audição de Gina Haspel pelo Senado norte-americano, Donald Trump reforça o apoio à mulher que escolheu para liderar o serviço de inteligência norte-americano. Na rede social Twitter, o Presidente lamentou que Haspel esteja “debaixo de fogo por ter sido demasiado dura com terroristas”.

“Pensem nisto, nestes tempos perigosos, temos a pessoa mais qualificada, uma mulher, que os democratas querem FORA porque é demasiado dura com o terrorismo”, escreveu Donald Trump.


Este tweet de Donald Trump surge depois de o The Washington Post ter noticiado que Gina Haspel pretendia desistir da sua nomeação ao cargo de diretora da CIA. O jornal norte-americano revelou no passado domingo que Haspel tinha receio de não ver a sua nomeação confirmada pelo Senado.

Em causa está o facto de Gina Haspel ter sido responsável por serviços clandestinos da CIA depois dos atentados de 11 de setembro de 2011. A candidata à liderança da CIA é acusada de ter sido responsável pela criação de prisões fora dos Estados Unidos e pela utilização de métodos de tortura nos interrogatórios a suspeitos de terrorismo, nomeadamente por afogamento simulado.

O jornal The Washington Post noticiou entretanto que Donald Trump convenceu Gina Haspel a manter a candidatura à liderança da CIA. Haspel será por isso ouvida na próxima quarta-feira no Senado, numa audição que não passará ao lado do seu passado ao serviço da CIA.

Não é certo que Haspel seja confirmada pelo Senado, onde o Partido Republicano tem uma pequena maioria de 51 senadores, contra os 49 dos democratas. Vários dirigentes democratas já garantiram que votarão contra a nomeação de Haspel.

O senador republicano John McCain já sublinhou que Haspel deverá explicar de forma concreta o seu envolvimento no programa de interrogatórios da CIA e comprometer-se com o respeito da legislação norte-americana e com o fim da tortura.

Gina Haspel foi escolhida por Donald Trump para substituir Mike Pompeo na chefia da agência de inteligência norte-americana em março de 2018. Pompeo foi por sua vez nomeado para liderar a diplomacia dos Estados Unidos, substituindo Rex Tillerson no cargo de Secretário de Estado.
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