O primeiro-ministro chinês garantiu que Pequim vai esforçar-se para garantir a estabilidade e eficiência das cadeias industriais e de abastecimento globais, durante um simpósio que antecedeu a China International Supply Chain Expo (CISCE).
Li Qiang referiu que a globalização económica permitiu, nas últimas décadas, a expansão das cadeias de abastecimento, impulsionando o crescimento económico mundial e "beneficiando todas as partes", citado pela agência de notícias oficial Xinhua.
No entanto, advertiu que "o protecionismo e o uso excessivo do conceito de segurança (nacional)" estão "a aumentar os custos das empresas, a reduzir a eficiência económica e a atrasar o desenvolvimento comum".
"Temos de proteger os interesses comuns de todas as partes e garantir que estas cadeias permanecem estáveis e fluidas", afirmou.
A CISCE contou com a presença de representantes de empresas como Apple, Rio Tinto e Contemporary Amperex Technology, que expressaram confiança na economia chinesa e sublinharam a vontade de reforçar a cooperação com o país asiático, segundo a Xinhua.
Li sublinhou o empenho da China na abertura económica e na modernização industrial.
Pequim planeia acelerar a "construção de um sistema industrial moderno" e "integrar ainda mais a inovação tecnológica com a cooperação internacional", disse o primeiro-ministro.
Li reiterou também o convite às empresas estrangeiras para expandirem os investimentos na China e colaborarem em projetos industriais.
Em maio de 2023, o grupo das economias mais desenvolvidas do mundo G7 sublinhou "a necessidade urgente de abordar as vulnerabilidades nas cadeias de abastecimento altamente concentradas", numa referência à dependência da China em relação a produtos estratégicos, de acordo com a declaração conjunta após um encontro no Japão.
Os países do bloco concordaram em diversificar os fornecedores visando "salvaguardar a segurança energética e ajudar a manter a estabilidade macroeconómica".
A ascensão ao poder de Donald Trump nos Estados Unidos ameaça também intensificar a guerra comercial entre Pequim e Washington. O republicano ameaçou impor taxas alfandegárias punitivas de até 60% sobre as importações oriundas da China.