Representantes dos Estados Unidos e da China abordaram, durante uma reunião por telefone, o reforço da coordenação das políticas macroeconómicas entre os dois países, visando pôr fim à guerra comercial.
O governo chinês tem apelado a Washington, desde pelo menos 2016, por uma coordenação das políticas macroeconómicas entre as duas maiores economias do mundo. Estas políticas podem incluir crescimento económico, criação de emprego, inflação e comércio.
Na reunião de hoje participaram o vice-primeiro-ministro da China Liu He, o representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse o ministério.
"Os dois lados mantiveram um diálogo construtivo sobre o reforço da coordenação das políticas macroeconómicas entre os dois países e a implementação do acordo `Fase 1`", informou, em comunicado.
O que está em causa
Pequim comprometeu-se ainda a não manipular o valor da moeda e a proteger a propriedade intelectual das empresas norte-americanas, em troca de uma suspensão parcial das taxas alfandegárias impostas por Washington sobre bens importados da China.
O acordo não anulou a maior parte das taxas punitivas impostas pelos EUA sobre 360 mil milhões de dólares (323 mil milhões de euros) de produtos importados da China e excluiu reformas profundas no sistema económico chinês, incluindo a atribuição de subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
Os Estados Unidos mantiveram assim taxas alfandegárias adicionais de 25% sobre 250 mil milhões de dólares (quase 225 mil milhões de euros) de bens importados da China e de 7,5% sobre mais 120 mil milhões de dólares (quase 110 mil milhões de euros).
A trégua exigiu que as negociações continuassem após seis meses, mas estas foram adiadas devido à pandemia do novo coronavírus. Uma reunião agendada para a semana passada deveria ter sido realizada por videoconferência, mas foi adiada.