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China contesta pressão dos EUA sobre observatório astronómico no Chile

por Lusa
Um observatório astronómico no Chile divide chineses e norte-americanos Ailen Diaz - EPA

A China reagiu às preocupações dos Estados Unidos sobre os esforços chineses para expandir a influência no Chile, intensificando as tensões em torno de um empreendimento astronómico no norte do país sul-americano.

Numa conferência de imprensa em Santiago, o embaixador da China, Niu Qingbao, criticou Washington por "interferir no direito soberano do Chile de escolher livremente os seus parceiros" e por difundir "desinformação sobre o projeto".

O projeto resulta de um acordo assinado em 2023 entre o Observatório Astronómico Nacional da China e a chilena Universidade Católica do Norte para construir um observatório de alta resolução no deserto do Atacama.

O telescópio proposto teria capacidade para observar objetos próximos da Terra, como asteroides e cometas.

No entanto, o projeto poderá tornar-se refém da crescente rivalidade entre Pequim e Washington.

Durante a sua audiência no Senado (câmara alta do parlamento), no início de abril, Brandon Judd - nomeado pelo presidente Donald Trump como embaixador norte-americano no Chile - afirmou que tentaria convencer o país de que os EUA "são os melhores parceiros".

Perante a crescente pressão, o governo chileno anunciou a suspensão do projeto para avaliação. "O seu âmbito permanece por esclarecer", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A China nega qualquer finalidade militar e acusa os EUA de alimentarem tensões com "narrativas geopolíticas".

 

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