China condena investigador à morte por espionagem para agência estrangeira

por Lusa
Liu acabou por cair nas mãos das autoridades Goh Chai Hin - EPA

Um funcionário de um instituto de investigação chinês foi condenado à pena de morte por ter vendido informações confidenciais a uma agência de informação estrangeira, informaram hoje as autoridades da China.

Num artigo publicado na rede social chinesa WeChat, o Ministério da Segurança do Estado da China explicou que o acusado, de apelido Liu, trabalhava como assistente de engenharia num instituto de investigação estatal, do qual o organismo não forneceu mais pormenores.

Liu terá feito cópias não autorizadas de documentos sensíveis e informações confidenciais durante o seu período no instituto.

Após a sua demissão, motivada pela perceção de um tratamento desfavorável e pela falta de oportunidades de promoção, Liu regressou ao setor privado e começou a trabalhar para uma empresa de investimentos.

Ele terá alegadamente participado em práticas como a manipulação de contas em nome de familiares e amigos, bem como a utilização indevida de cartões de crédito para financiar transações especulativas.

As perdas resultantes destes investimentos geraram uma situação de grande pressão económica, que o arguido alegadamente tentou aliviar vendendo as informações obtidas ilegalmente, lê-se no artigo.

De acordo com a mesma fonte, Liu contactou uma agência de espionagem estrangeira, de um país não especificado, à qual terá oferecido parte dos documentos em troca de uma compensação financeira.

Após a primeira transação, a agência cessou o contacto com Liu. No entanto, ele voltou a tentar vender informações classificadas, o que o levou a efetuar várias viagens a diferentes países ao longo de alguns meses.

A coordenação entre as autoridades policiais chinesas levou à monitorização das comunicações do acusado, o que levou à sua detenção, após a qual ele admitiu os atos, de acordo com o ministério.

Um tribunal condenou Liu por espionagem e fornecimento ilegal de informações classificadas, impondo-lhe a pena de morte, informou a mesma fonte, sem especificar a data da sentença nem fornecer mais pormenores.

 

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