China capta aliados para enfrentar os EUA

por Lusa
A China deve captar aliados para enfrentar os EUA Alex Plavevski - EPA

A China deve "fazer mais amigos" na política mundial, já que estas parcerias podem servir como trunfo na rivalidade com os Estados Unidos, defenderam especialistas chineses em relações internacionais.

Li Wei, professor de relações internacionais na Universidade Renmin, no norte de Pequim, afirmou que a potência que conseguir obter o apoio do maior número de países "sairá vitoriosa da competição".

Xu Qiyuan, vice-diretor do Instituto de Economia e Política Mundial da Academia Chinesa de Ciências Sociais, defendeu que o aumento do consumo doméstico é fundamental para a China melhorar a posição na economia global.

"Se a China se tornar um grande importador líquido global como os EUA - fornecendo procura a todo o mundo - as nossas relações com muitas economias deixarão de ser competitivas e passarão a ser complementares", acrescentou.

As observações foram feitas durante um seminário virtual organizado pelo grupo de reflexão (`think tank`) do Fórum Macroeconómico da China, na sequência das taxas alfandegárias impostas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,

Trump anunciou na quarta-feira novas taxas sobre quase todos os parceiros comerciais dos EUA, incluindo um imposto de 34% sobre as importações da China e 20% sobre a União Europeia, que ameaçam desencadear guerras comerciais mais amplas.

A guerra comercial de Washington visa sobretudo Pequim. Trump impôs anteriormente taxas de 20% sobre todas as importações oriundas da China. No seu primeiro mandato (2017-2021), ele impôs 25% de taxas alfandegárias adicionais sobre centenas de milhares de milhões de dólares de bens comprados ao país asiático.

Na semana passada, Washington classificou a China como a principal ameaça militar e cibernética e proibiu a exportação de tecnologia para mais de 50 empresas chinesas.

 

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