Chefe da diplomacia chinesa visita Timor-Leste

por Lusa
Wang Yi vai a Timor-Leste assinar vários acordos de cooperação D.R.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China visita Timor-Leste, no final desta semana, para encontros com as autoridades do país e assinar cinco acordos de cooperação.

A ministra dos Negócios Estrangeiros timorense, Adaljiza Magno, disse à Lusa que durante a visita Wang Yi deverá assinar um acordo de serviços aéreos com Timor-Leste e um acordo de cooperação em áreas como agricultura, água e saneamento.

"Está igualmente previsto um acordo para o envio de equipas médicas chinesas, uma troca de cartas sobre a segunda fase do estudo de viabilidade para a construção do hospital da amizade e um acordo para o apoio ao setor da rádio e televisão", explicou.

Durante a visita a Timor-Leste, sexta-feira e sábado, Wang Yi tem previstos encontros com a homóloga timorense e ainda com o presidente timorense, José Ramos-Horta, e com o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak.

Estão igualmente previstas reuniões com o antigo presidente e atual líder do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), Xanana Gusmão, e com o antigo primeiro-ministro e atual secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri.

Visita mais abrangente

A visita de Wang Yi a Timor-Leste insere-se numa deslocação por outros países da região, iniciada, na semana passada, nas Ilhas Salomão.

De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), Wang Yi vai tentar obter o apoio de dez pequenas nações do Pacífico para um acordo abrangente, em vários aspetos, de política de segurança a direitos de pesca, no que pode constituir uma mudança no jogo de influências na região.

Um esboço daquele acordo, obtido pela AP, mostrou que a China quer expandir a cooperação na área da justiça e no âmbito da segurança "tradicional e não tradicional".

A China quer também desenvolver um plano conjunto para a pesca, a incluir a lucrativa captura de atum do Pacífico, aumentar a cooperação na administração do ciberespaço da região e criar delegações do Instituto Confúcio, organismo estatal que promove o ensino da língua chinesa.

Pequim também referiu a possibilidade de estabelecer uma área de livre comércio com as nações do Pacífico.

A China assinou, no mês passado, um pacto de segurança com as Ilhas Salomão, o que suscitou receios de que Pequim possa enviar tropas para a nação insular ou até estabelecer ali uma base militar, a cerca de dois mil quilómetros de distância da Austrália.

As Ilhas Salomão e a China disseram não existirem planos para uma base.

Durante a deslocação de 10 dias, Wang tem previsto visitar Kiribati, Samoa, Fiji, Tonga, Vanuatu e Papua Nova Guiné.

 

 

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