Cautela sueca. Envio de tropas para a Ucrânia "não está em cima da mesa neste momento"

por Carla Quirino - RTP
Ulf Kristersson, primeiro-ministro sueco, durante a cerimónia "A Suécia defende a Ucrânia", que assinalou os dois anos da invasão russa na Ucrânia. Estocolmo TT News Agency/Caisa Rasmussen via Reuters

O primeiro-ministro sueco afirmou esta terça-feira que o envio de tropas para a Ucrânia "não está em cima da mesa neste momento". Porém, não exclui a possibilidade de o fazer no futuro. Após os parlamentos de todos os Estados-membros da NATO terem votado a favor da adesão sueca e a propósito das declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, Ulf Kristersson sublinha que "a tradição francesa não é a tradição sueca".

“Não é nada relevante neste momento”, declarou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, ao canal público sueco SVT, reagindo assim aos argumentos do presidente francês, Emmanuel Macron, que afirmou que o envio de tropas ocidentais para solo ucraniano não deveria ser “excluído” no futuro.

Estocolmo anunciou a 20 de fevereiro uma ajuda militar histórica a Kiev com equipamento no valor de 633 milhões de euros. Este 15.º pacote inclui munições de artilharia, navios de guerra, sistemas antiaéreos e granadas.

“Neste momento estamos ocupados a enviar equipamento avançado para a Ucrânia e de diferentes formas”, sublinhou o chefe do Governo sueco.

“Não há procura” por parte da Ucrânia de tropas terrestres, argumentou Ulf Kristersson. Portanto, “a questão não é atual”, insistiu, sem excluir essa possibilidade no futuro.

“Por outro lado, as tradições de compromisso dos países” na cena internacional diferem entre si e “a tradição francesa não é a tradição sueca”, deixou claro Kristersson.
Suécia pronta a "assumir responsabilidades"
Estas declarações surgem um dia depois de o Parlamento húngaro ter votado a favor da entrada da Suécia na NATO, quase dois anos após o início do processo de adesão. Estocolmo tornar-se-á o 32.º membro da Aliança Atlântica e porá assim fim a mais de 200 anos como país não-alinhado militarmente.


Ulf Kristersson, após a luz verde húngara, vincou que o país "está pronto para assumir as suas responsabilidades em termos de segurança euro-atlântica”.

Embora contribua para as forças internacionais de manutenção da paz, a Suécia não vive uma guerra desde o conflito contra a Noruega em 1814.

c/ agências
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