O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, elevou para 14 o número de mortos numa operação policial, no litoral do estado, que foi criticada pelo ministro da Justiça e Segurança do Brasil, Flávio Dino.
Freitas, antigo ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro e considerado por muitos políticos como o seu potencial sucessor, disse estar orgulhoso dos agentes policiais envolvidos na operação, que deve terminar a 28 de agosto.
"Quem resolveu se entregar foi preso", disse o governador ao ser questionado sobre o número de mortos em supostos confrontos com a polícia, a maioria na cidade de Guarujá, no sul do estado de São Paulo.
O portal de notícias brasileiro G1 disse que esta é já a operação policial mais mortífera no estado mais populoso e rico do Brasil desde 2006.
Horas antes, as autoridades locais informaram que a ação policial, chamada Operação Escudo, resultou na prisão de 32 pessoas, enquanto mais de 20 quilos de cocaína foram apreendidos, segundo o G1.
O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino, criticou a atuação da polícia e indicou que "houve uma reação imediata que não parece, no momento, ser proporcional ao crime cometido".
A operação que envolve cerca de 600 agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil de São Paulo foi lançada após o assassínio do agente da Polícia Militar Patrick Bastos, de 30 anos, que foi morto numa favela de Guarujá enquanto fazia uma patrulha de rotina.
A operação levou à detenção de 10 pessoas, entre elas o suspeito de atirar contra Patrick Bastos, identificado como Erickson David da Silva, que teria ligação a um grupo de traficantes da região.