Numa votação com uma afluência histórica, os catalães evidenciaram nas urnas a forte divisão existente na sociedade. O Ciudadanos foi o partido mais votado mas os partidos independentistas voltaram a conseguir maioria no Parlamento.
Mais atualizações
23h57: Posição da União Europeia “não mudará”
O porta-voz da Comissão Europeia avançou já à France Presse que a posição de Bruxelas não vai mudar perante estes resultados. “Tratando-se de uma eleição regional, não temos qualquer comentário a fazer”, afirmou Alexandre Winterstein.
23h21: 99 por cento dos votos apurados
Com 99 por cento dos votos escrutinados, o Ciudadanos é dado como partido mais votado nas eleições regionais desta quinta-feira.
Apesar de a força política mais votada ser um partido constitucionalista, as forças independentistas mantêm a maioria absoluta no Parlamento.
Bloco constitucionalista (PSC,PPC,C’s): 57 deputados
Bloco independentista (ERC,JxCat,CUP): 70 deputados
Catalunha em Comum: 8 deputados
22h59: "A República da Catalunha ganhou à monarquia"
O líder destituído do Governo regional começa por congratular o povo catalão e defende que o resultado é claro. "A Republica da Catalunha ganhou à monarquia e ao artigo 155. A República catalã ganhou. Ouçam-no bem, tomem nota", afirma Puigdemont.
Puigdemont exige a libertação imediata dos políticos que estão presos em Madrid. "A receita que Rajoy receitou aos catalães e apresentou à Europa fracassou. As coisas estão ainda melhores para o independentismo", garante.
Apresentando-se como "presidente legítimo da Catalunha", Carles Puigdemont pede à Europa que tome nota de que "a receita de Rajoy não funciona" e apoie os catalães. O líder do Juntos pela Catalunha sublinha ainda que mais de 50 por cento dos deputados eleitos defende a realização de um referendo à independência da Catalunha.
"Está na hora de o senhor Rajoy tomar nota, os meios de comunicação social também, nós queremos e temos receitas que podem funcionar. Receitas que contam com as opiniões das pessoas, com a participação das pessoas", garante Puigdemont.
Carles Puigdemont defende ainda que a aplicação do artigo 155 tem de terminar já esta sexta-feira e que os políticos presos devem ser libertados.
22h42: "Independência não tem futuro"
A líder regional do Ciudadanos agradece aos catalães pelo resultado obtido, sublinhando o forte crescimento conseguido pelo partido nos últimos anos. "Somos os vencedores das eleições da Catalunha", afirma Inês Arrimadas. A líder laranja afirma ainda que os partidos independentistas não poderão mais falar em nome "de todos os catalães".
"O Governo dos partidos separatistas perdeu as eleições, perdeu votos, perdeu assentos no Parlamento e perdeu força", afirma Arrimadas. "Ficou ainda mais claro que o independência não tem futuro. Vamos continuar a lutar", prometeu.
22h35: PSC pede "soluções políticas"
O líder do Partido Socialista da Catalunha comparece perante os catalães para defender que a solução não passa “nem pelo independentismo nem pelo imobilismo”. Miquel Iceta pede a Madrid e Barcelona que conversem no respeito pela lei.
“O problema político da Catalunha é um problema político que exige soluções políticas”, afirma o primeiro-secretário dos socialistas catalães.
22h13: PP da Catalunha reconhece "mau resultado"
O líder do Partido Popular da Catalunha reconhece a derrota nestas eleições regionais. Xavier Garcia Albiol comparece perante os catalães e admite um “mau resultado”. “Não nos podemos sentir orgulhosos”, afirma.
Garcia Albiol congratula o Ciudadanos por ser o partido mais votado e mostra-se “muito preocupado com o futuro social e económico da Catalunha se houver uma maioria independentista”.
22h02: Ciudadanos na frente mas com maioria independentista
Com 91 por cento dos votos escrutinados, o Ciudadanos segue na frente com 36 deputados. O Juntos pela Catalunha aparece em segundo lugar com 34 deputados, à frente dos também independentistas da ERC. O partido de Carles Puigdemont consegue um melhor resultado do que aquele que era indiciado pelas sondagens.
Apesar de o Ciudadanos aparecer em primeiro lugar, o bloco independentista tem maioria absoluta de deputados, apesar de ter menor percentagem de votos.
21h30: Resultados provisórios continuam a dar maioria aos independentistas
Com 76 por cento dos votos contados, os resultados apontam para a maioria para os partidos que defendem a independência. O Ciudadanos continua a ser o mais votado.
21h03: Resultados provisórios apontam para maioria independentista
Com 45 por cento dos votos apurados, os resultados provisórios dão maioria absoluta aos partidos que defendem a independência da Catalunha. O Ciudadanos aparece como partido mais votado. Para ter maioria absoluta são necessários 68 dos 135 deputados do Parlamento catalão.
Bloco independentista (ERC, JxCat, CUP): 70 deputados
Bloco constitucionalista (PP, PSC, C’s): 57 deputados
Catalunha em Comum: 8 deputados
20h59: Como a Catalunha chegou aqui?
As eleições desta quinta-feira são mais um episódio de uma história que começou há vários séculos. Recuperamos este artigo que relata como a guerra militar de outrora deu lugar a uma guerrilha jurídica e política em que as duas partes se apresentam de corpo inteiro.
20h48: Um dia histórico
Enquanto se aguarda pelo (longo) escrutínio de votos na Catalunha, recuperamos este dia histórico naquela região espanhola. Em plena crise independentista, com candidatos presos ou no exílio e com a autonomia suspensa, as eleições regionais decorreram num clima pacífico mas inquietante.
A reportagem é dos enviados especiais da RTP Ana Romeu e Pedro Rothes.
20h38: Ciudadanos na frente com 18% escrutinados
Com 18,14 por cento dos locais de voto escrutinados, o Ciudadanos aparece na frente da contagem com 24 por cento dos votos. O Juntos pela Catalunha de Carles Puigdemont aparece em segundo lugar, seguido da ERC de Oriol Junqueras.
Estes são resultados provisórios oficiais, divulgados pela Generalitat da Catalunha. A contagem continua e está atrasada em relação às eleições de 2015.
20h33: Sondagem evidencia futuro difícil
A sondagem do La Vanguardia coloca ERC e Ciudadanos em situação de empate técnico, com ligeira vantagem para o partido de Inês Arrimadas. No entanto, o bloco independentista poderá conseguir maioria absoluta de deputados, mesmo que o Ciudadanos seja o partido mais votado.
A correspondente da RTP em Espanha, Daniela Santiago, está a acompanhar a noite eleitoral da ERC.
20h28: Lentidão no escrutínio de votos
Está demorado o escrutínio de votos, relata o El País. Segundo o diário espanhol, por esta hora, em 2015, já tinham sido apurados duas vezes mais votos. Atualmente, segundo o site da Generalitat da Catalunha, estão escrutinados menos de oito por cento dos sufrágios.
Na rede social Twitter, um dos responsáveis pelo escrutínio confirma que o processo está mais demorado mas garante que tudo segue dentro da normalidade. “Tudo corre bem mas há mais participação, mais votos para contar e recontar e mais debate sobre o potencial voto nulo”, relata Lluís Anaya.
20h20: Cautela no quartel-general do Ciudadanos
Segundo a sondagem do La Vanguardia, o Ciudadanos poderá ser o partido mais votado nas regionais catalãs. No entanto, os partidos independentistas poderão assegurar a maioria de deputados. Por isso mesmo, reage-se com cautela no quartel-general do partido de Inês Arrimadas, como relata a enviada especial da RTP, Ana Romeu.
19h50: O prognóstico da TV3
A televisão pública da Catalunha (TV3) optou este ano por não fazer projeções à boca das urnas devido ao seu elevado custo e aos resultados pouco fidedignos que se verificaram nas eleições de 2015. No entanto, avança com um prognóstico de resultado das eleições, tendo em conta as sondagens feitas nos dias anteriores às eleições.
ERC: 31 a 35 deputados
Ciudadanos: 31 a 36 deputados
Juntos por Catalunha: 22 a 30 deputados
PSC: 19 a 21 deputados
Catalunha em Comum: 8 a 11 deputados
CUP: 5 a 9 deputados
PP: 6 a 8 deputados
19h40: Puigdemont em Bruxelas
Carles Puigdemont já se encontra naquela que será a sede do Juntos pela Catalunha para esta noite eleitoral. O líder do Juntos pela Catalunha entrou pelas traseiras, não tendo sido permitido aos jornalistas acompanhar em direto esta entrada, ao contrário do que tinha sido previamente anunciado.
O partido de Carles Puigdemont aparece em terceiro lugar nas sondagem divulgada por La Vanguardia, atrás de ERC (ex-parceiro de coligação) e do Ciudadanos.
19h37: Resultados provisórios começam a ser revelados
Os resultados provisórios começaram a ser divulgados no site da Generalitat da Catalunha. Estão atualmente apurados 0,08 por cento dos locais de voto. Os resultados podem ser acompanhados em www.gencat.cat
19h07: Ciudadanos em primeiro mas independentistas com possível maioria
A sondagem à boca das urnas do La Vanguardia indica que há um empate técnico entre ERC e Ciudadanos, com o Ciudadanos na frente. A sondagem aponta como provável uma maioria absoluta dos independentistas.
Juntos por Catalunha: 28 a 29 deputados
ERC: 34 a 36 deputados
CUP: 5 a 6 deputados
Catalunha em comum: 7 a 8 deputados
Ciudadanos: 34 a 37 deputados
PSC: 18 a 20 deputados
PP: 3 a 5 deputados
A sondagem do La Vanguardia coloca o bloco independentista (ERC, JxSi e CUP) com 67 a 71 deputados. Para conseguir maioria no Parlamento catalão são necessários pelo menos 68 deputados.
19h00: Urnas fechadas na Catalunha.
18h09: Esperada votação recorde
A menos de uma hora do fecho das urnas, espera-se uma votação recorde neste ato eleitoral. Até às 18h00 locais (17h00 em Lisboa), 68,32 por cento dos eleitores tinham já votado – um valor superior ao registado nas eleições de 2015 (63,12 por cento).
A taxa de participação poderá mesmo superar os 80 por cento. Em 2015, quase 75 por cento dos eleitores participaram nas eleições regionais.
18h06: Puigdemont acompanha resultados em Bruxelas
O Presidente destituído da Catalunha, Carles Puigdemont, acompanha o escrutínio em Bruxelas. O correspondente da RTP na capital belga encontra-se no local a partir do qual o líder catalão irá dirigir-se aos seus concidadãos.
Puigdemont só irá falar quando houver resultados concretos desta noite eleitoral, sendo aguardada uma declaração por volta das 22h00 locais (21h00 em Lisboa).
17h48: "A prisão torna-nos mais fortes"
Uma carta redigida pelo candidato da Esquerda Republicana da Catalunha foi divulgada esta tarde na rede social Twitter. No documento escrito a 8 de dezembro, Oriol Junqueras escreve que “a prisão não nos enfraquece. Pelo contrário, torna-nos mais fortes”.
O candidato da ERC – partido que aparece em primeiro lugar nas sondagens – indica que não quis evitar a prisão porque a considera “testemunho do nosso compromisso absoluto com o humanismo e a violência”.
Oriol Junqueras mostra-se ainda disponível para “dirigir um Governo forte e eficaz” e liderar “um país que de prioridade aos postos de trabalho produtivos e dignos”.
17h36: O que vai acontecer depois destas eleições?
A duas horas do encerramento das urnas, o resultado destas eleições regionais apresenta-se como imprevisível. Nas últimas sondagens divulgadas, as forças independentistas aparecem em vantagem mas não é certo que consigam repetir a maioria absoluta.
Sondagem GESOP para El Periódico – 20 de dezembro
Resultados por partidos políticos:
ERC: 34 a 35 deputados
JxCat: 25 a 26 deputados
CUP: 7 a 8 deputados
Ciudadanos: 30 a 31 deputados
PSC: 20 a 21 deputados
PP: 5 a 6 deputados
Catalunha em Comum 10 a 11 deputados
Resultados por blocos:
Bloco Independentista (ERC, JxCat, CUP): 66 a 69 deputados
Bloco Constitucionalista (C’s, PSC, PP): 55 a 58 deputados
Catalunha em Comum: 10 a 11 deputados
O Parlamento catalão conta 135 deputados, sendo necessários pelo menos 68 mandatos para garantir uma maioria absoluta. Os partidos independentistas são a Esquerda Republicana de Catalunha (ERC – Esquerda), Juntos por Catalunha (Centro-direita) e a Candidatura de Unidade Popular (CUP – Esquerda radical).
Apesar das divergências entre eles, estes três partidos já mostraram ser capazes de aliarem-se com o objetivo de fazer da Catalunha uma República independente.
Afinal, foram estes três partidos que aprovaram no Parlamento a Declaração Unilateral de Independência que motivou a posterior suspensão da autonomia regional decretada pelo Governo de Mariano Rajoy. Com as sondagens a indicar que este bloco pode conseguir maioria absoluta, a Catalunha arrisca-se a regressar à situação política em que se encontrava antes de ter sido aplicado o artigo 155.
No caso de os independentistas não atingirem a maioria absoluta no hemiciclo de Barcelona, o resultado não se apresenta mais simples. As sondagens indicam ser pouco provável que o bloco constitucionalista consiga uma maioria absoluta, atribuindo-lhe um máximo de 58 deputados. Isto porque, na equação política catalã, entra o Comuns, partido próximo do Podemos e que lidera atualmente a autarquia de Barcelona.
Este partido apresenta-se contra a independência da Catalunha mas também rejeita a aplicação do artigo 155. Esta força política, que deverá conseguir entre dez e 11 deputados, defende a realização de um referendo à independência e poderá ter nas mãos o futuro da Catalunha. Uma das questões é precisamente essa: em caso de não haver maioria absoluta nem do bloco independentista nem do constitucionalista, quem vai o Comuns apoiar?
As respostas desta noite eleitoral começam a ser reveladas a partir das 20h00 locais (19h00 em Lisboa).
17h10: Perto de 68% já votaram
67,96 por cento dos eleitores da Catalunha votaram nas regionais desta quinta-feira até às 18h00 locais (17h00 em Lisboa). A taxa de participação é superior à verificada nas últimas regionais, que se realizaram em 2015 (63,12 por cento). Os dados foram revelados pela Generalitat da Catalunha.
Urnas abertas desde as 9h00
As assembleias de voto abriram às 9h00 desta quinta-feira para que os 5,5 milhões de catalães pudessem depositar o seu voto nas urnas. Prevê-se uma baixa taxa de abstenção entre um eleitorado que se apresenta fraturado.
Pelas 13h00, segundo dados publicados no portal da Generalitat, a participação era de 34,7 por cento, cinco décimas abaixo do processo eleitoral de setembro 2015.
Ana Romeu, enviada especial da RTP à Catalunha
São três as frentes que se debatem nestas eleições de significado histórico: os independentistas, representados pelos partidos JuntsxCat, de Charles Puigdemont, ERC e CUP; os “constitucionalistas”, que rejeitam a independência, o Ciudadanos de Inés Arrimadas, o PSC e o Partido Popular; há ainda o Comuns (CatECP), que se distancia do artigo 155 e do caminho unilateral de independência.
Daniela Santiago - correspondente da RTP em Espanha
Esta é a terceira vez, em cinco anos, que os catalães são convocados às urnas e o resultado vai comprovar se o bordão adotado pelos independentistas - uma “maioria social” - constitui ou não uma realidade.
Há cerca de um milhão de indecisos, de acordo com as últimas sondagens.
A RTP dá como terminado o acompanhamento ao minuto da noite eleitoral na Catalunha.
Numa votação com uma afluência histórica, os catalães evidenciaram nas urnas a forte divisão existente na sociedade. O Ciudadanos foi o partido mais votado mas os partidos independentistas voltaram a conseguir maioria no Parlamento.
O Partido Popular aparece como grande derrotado e consegue apenas três deputados. Puigdemont surpreende também e conquista um inesperado segundo lugar. A Catalunha votou mas o problema permanece, com constitucionalistas e independentistas a reclamarem vitória.
A síntese desta noite eleitoral para ler neste artigo.
23h57: Posição da União Europeia “não mudará”
O porta-voz da Comissão Europeia avançou já à France Presse que a posição de Bruxelas não vai mudar perante estes resultados. “Tratando-se de uma eleição regional, não temos qualquer comentário a fazer”, afirmou Alexandre Winterstein.
23h21: 99 por cento dos votos apurados
Com 99 por cento dos votos escrutinados, o Ciudadanos é dado como partido mais votado nas eleições regionais desta quinta-feira.
Apesar de a força política mais votada ser um partido constitucionalista, as forças independentistas mantêm a maioria absoluta no Parlamento.
Bloco constitucionalista (PSC,PPC,C’s): 57 deputados
Bloco independentista (ERC,JxCat,CUP): 70 deputados
Catalunha em Comum: 8 deputados
22h59: "A República da Catalunha ganhou à monarquia"
O líder destituído do Governo regional começa por congratular o povo catalão e defende que o resultado é claro. "A Republica da Catalunha ganhou à monarquia e ao artigo 155. A República catalã ganhou. Ouçam-no bem, tomem nota", afirma Puigdemont.
Puigdemont exige a libertação imediata dos políticos que estão presos em Madrid. "A receita que Rajoy receitou aos catalães e apresentou à Europa fracassou. As coisas estão ainda melhores para o independentismo", garante.
Apresentando-se como "presidente legítimo da Catalunha", Carles Puigdemont pede à Europa que tome nota de que "a receita de Rajoy não funciona" e apoie os catalães. O líder do Juntos pela Catalunha sublinha ainda que mais de 50 por cento dos deputados eleitos defende a realização de um referendo à independência da Catalunha.
"Está na hora de o senhor Rajoy tomar nota, os meios de comunicação social também, nós queremos e temos receitas que podem funcionar. Receitas que contam com as opiniões das pessoas, com a participação das pessoas", garante Puigdemont.
Carles Puigdemont defende ainda que a aplicação do artigo 155 tem de terminar já esta sexta-feira e que os políticos presos devem ser libertados.
22h42: "Independência não tem futuro"
A líder regional do Ciudadanos agradece aos catalães pelo resultado obtido, sublinhando o forte crescimento conseguido pelo partido nos últimos anos. "Somos os vencedores das eleições da Catalunha", afirma Inês Arrimadas. A líder laranja afirma ainda que os partidos independentistas não poderão mais falar em nome "de todos os catalães".
"O Governo dos partidos separatistas perdeu as eleições, perdeu votos, perdeu assentos no Parlamento e perdeu força", afirma Arrimadas. "Ficou ainda mais claro que o independência não tem futuro. Vamos continuar a lutar", prometeu.
22h35: PSC pede "soluções políticas"
O líder do Partido Socialista da Catalunha comparece perante os catalães para defender que a solução não passa “nem pelo independentismo nem pelo imobilismo”. Miquel Iceta pede a Madrid e Barcelona que conversem no respeito pela lei.
“O problema político da Catalunha é um problema político que exige soluções políticas”, afirma o primeiro-secretário dos socialistas catalães.
22h13: PP da Catalunha reconhece "mau resultado"
O líder do Partido Popular da Catalunha reconhece a derrota nestas eleições regionais. Xavier Garcia Albiol comparece perante os catalães e admite um “mau resultado”. “Não nos podemos sentir orgulhosos”, afirma.
Garcia Albiol congratula o Ciudadanos por ser o partido mais votado e mostra-se “muito preocupado com o futuro social e económico da Catalunha se houver uma maioria independentista”.
22h02: Ciudadanos na frente mas com maioria independentista
Com 91 por cento dos votos escrutinados, o Ciudadanos segue na frente com 36 deputados. O Juntos pela Catalunha aparece em segundo lugar com 34 deputados, à frente dos também independentistas da ERC. O partido de Carles Puigdemont consegue um melhor resultado do que aquele que era indiciado pelas sondagens.
Apesar de o Ciudadanos aparecer em primeiro lugar, o bloco independentista tem maioria absoluta de deputados, apesar de ter menor percentagem de votos.
21h30: Resultados provisórios continuam a dar maioria aos independentistas
Com 76 por cento dos votos contados, os resultados apontam para a maioria para os partidos que defendem a independência. O Ciudadanos continua a ser o mais votado.
21h03: Resultados provisórios apontam para maioria independentista
Com 45 por cento dos votos apurados, os resultados provisórios dão maioria absoluta aos partidos que defendem a independência da Catalunha. O Ciudadanos aparece como partido mais votado. Para ter maioria absoluta são necessários 68 dos 135 deputados do Parlamento catalão.
Bloco independentista (ERC, JxCat, CUP): 70 deputados
Bloco constitucionalista (PP, PSC, C’s): 57 deputados
Catalunha em Comum: 8 deputados
20h59: Como a Catalunha chegou aqui?
As eleições desta quinta-feira são mais um episódio de uma história que começou há vários séculos. Recuperamos este artigo que relata como a guerra militar de outrora deu lugar a uma guerrilha jurídica e política em que as duas partes se apresentam de corpo inteiro.
20h48: Um dia histórico
Enquanto se aguarda pelo (longo) escrutínio de votos na Catalunha, recuperamos este dia histórico naquela região espanhola. Em plena crise independentista, com candidatos presos ou no exílio e com a autonomia suspensa, as eleições regionais decorreram num clima pacífico mas inquietante.
A reportagem é dos enviados especiais da RTP Ana Romeu e Pedro Rothes.
20h38: Ciudadanos na frente com 18% escrutinados
Com 18,14 por cento dos locais de voto escrutinados, o Ciudadanos aparece na frente da contagem com 24 por cento dos votos. O Juntos pela Catalunha de Carles Puigdemont aparece em segundo lugar, seguido da ERC de Oriol Junqueras.
Estes são resultados provisórios oficiais, divulgados pela Generalitat da Catalunha. A contagem continua e está atrasada em relação às eleições de 2015.
20h33: Sondagem evidencia futuro difícil
A sondagem do La Vanguardia coloca ERC e Ciudadanos em situação de empate técnico, com ligeira vantagem para o partido de Inês Arrimadas. No entanto, o bloco independentista poderá conseguir maioria absoluta de deputados, mesmo que o Ciudadanos seja o partido mais votado.
A correspondente da RTP em Espanha, Daniela Santiago, está a acompanhar a noite eleitoral da ERC.
20h28: Lentidão no escrutínio de votos
Está demorado o escrutínio de votos, relata o El País. Segundo o diário espanhol, por esta hora, em 2015, já tinham sido apurados duas vezes mais votos. Atualmente, segundo o site da Generalitat da Catalunha, estão escrutinados menos de oito por cento dos sufrágios.
Na rede social Twitter, um dos responsáveis pelo escrutínio confirma que o processo está mais demorado mas garante que tudo segue dentro da normalidade. “Tudo corre bem mas há mais participação, mais votos para contar e recontar e mais debate sobre o potencial voto nulo”, relata Lluís Anaya.
20h20: Cautela no quartel-general do Ciudadanos
Segundo a sondagem do La Vanguardia, o Ciudadanos poderá ser o partido mais votado nas regionais catalãs. No entanto, os partidos independentistas poderão assegurar a maioria de deputados. Por isso mesmo, reage-se com cautela no quartel-general do partido de Inês Arrimadas, como relata a enviada especial da RTP, Ana Romeu.
19h50: O prognóstico da TV3
A televisão pública da Catalunha (TV3) optou este ano por não fazer projeções à boca das urnas devido ao seu elevado custo e aos resultados pouco fidedignos que se verificaram nas eleições de 2015. No entanto, avança com um prognóstico de resultado das eleições, tendo em conta as sondagens feitas nos dias anteriores às eleições.
ERC: 31 a 35 deputados
Ciudadanos: 31 a 36 deputados
Juntos por Catalunha: 22 a 30 deputados
PSC: 19 a 21 deputados
Catalunha em Comum: 8 a 11 deputados
CUP: 5 a 9 deputados
PP: 6 a 8 deputados
19h40: Puigdemont em Bruxelas
Carles Puigdemont já se encontra naquela que será a sede do Juntos pela Catalunha para esta noite eleitoral. O líder do Juntos pela Catalunha entrou pelas traseiras, não tendo sido permitido aos jornalistas acompanhar em direto esta entrada, ao contrário do que tinha sido previamente anunciado.
O partido de Carles Puigdemont aparece em terceiro lugar nas sondagem divulgada por La Vanguardia, atrás de ERC (ex-parceiro de coligação) e do Ciudadanos.
19h37: Resultados provisórios começam a ser revelados
Os resultados provisórios começaram a ser divulgados no site da Generalitat da Catalunha. Estão atualmente apurados 0,08 por cento dos locais de voto. Os resultados podem ser acompanhados em www.gencat.cat
19h07: Ciudadanos em primeiro mas independentistas com possível maioria
A sondagem à boca das urnas do La Vanguardia indica que há um empate técnico entre ERC e Ciudadanos, com o Ciudadanos na frente. A sondagem aponta como provável uma maioria absoluta dos independentistas.
Juntos por Catalunha: 28 a 29 deputados
ERC: 34 a 36 deputados
CUP: 5 a 6 deputados
Catalunha em comum: 7 a 8 deputados
Ciudadanos: 34 a 37 deputados
PSC: 18 a 20 deputados
PP: 3 a 5 deputados
A sondagem do La Vanguardia coloca o bloco independentista (ERC, JxSi e CUP) com 67 a 71 deputados. Para conseguir maioria no Parlamento catalão são necessários pelo menos 68 deputados.
19h00: Urnas fechadas na Catalunha.
18h09: Esperada votação recorde
A menos de uma hora do fecho das urnas, espera-se uma votação recorde neste ato eleitoral. Até às 18h00 locais (17h00 em Lisboa), 68,32 por cento dos eleitores tinham já votado – um valor superior ao registado nas eleições de 2015 (63,12 por cento).
A taxa de participação poderá mesmo superar os 80 por cento. Em 2015, quase 75 por cento dos eleitores participaram nas eleições regionais.
18h06: Puigdemont acompanha resultados em Bruxelas
O Presidente destituído da Catalunha, Carles Puigdemont, acompanha o escrutínio em Bruxelas. O correspondente da RTP na capital belga encontra-se no local a partir do qual o líder catalão irá dirigir-se aos seus concidadãos.
Puigdemont só irá falar quando houver resultados concretos desta noite eleitoral, sendo aguardada uma declaração por volta das 22h00 locais (21h00 em Lisboa).
17h48: "A prisão torna-nos mais fortes"
Uma carta redigida pelo candidato da Esquerda Republicana da Catalunha foi divulgada esta tarde na rede social Twitter. No documento escrito a 8 de dezembro, Oriol Junqueras escreve que “a prisão não nos enfraquece. Pelo contrário, torna-nos mais fortes”.
O candidato da ERC – partido que aparece em primeiro lugar nas sondagens – indica que não quis evitar a prisão porque a considera “testemunho do nosso compromisso absoluto com o humanismo e a violência”.
Oriol Junqueras mostra-se ainda disponível para “dirigir um Governo forte e eficaz” e liderar “um país que de prioridade aos postos de trabalho produtivos e dignos”.
Carta de Junqueras:
— Oriol Junqueras 🎗️ (@junqueras) 21 de dezembro de 2017
"Estimats amics! La presó no ens afebleix. Ans al contrari. Ens fa més forts..." pic.twitter.com/5iscpdfNap
17h36: O que vai acontecer depois destas eleições?
A duas horas do encerramento das urnas, o resultado destas eleições regionais apresenta-se como imprevisível. Nas últimas sondagens divulgadas, as forças independentistas aparecem em vantagem mas não é certo que consigam repetir a maioria absoluta.
Sondagem GESOP para El Periódico – 20 de dezembro
Resultados por partidos políticos:
ERC: 34 a 35 deputados
JxCat: 25 a 26 deputados
CUP: 7 a 8 deputados
Ciudadanos: 30 a 31 deputados
PSC: 20 a 21 deputados
PP: 5 a 6 deputados
Catalunha em Comum 10 a 11 deputados
Resultados por blocos:
Bloco Independentista (ERC, JxCat, CUP): 66 a 69 deputados
Bloco Constitucionalista (C’s, PSC, PP): 55 a 58 deputados
Catalunha em Comum: 10 a 11 deputados
O Parlamento catalão conta 135 deputados, sendo necessários pelo menos 68 mandatos para garantir uma maioria absoluta. Os partidos independentistas são a Esquerda Republicana de Catalunha (ERC – Esquerda), Juntos por Catalunha (Centro-direita) e a Candidatura de Unidade Popular (CUP – Esquerda radical).
Apesar das divergências entre eles, estes três partidos já mostraram ser capazes de aliarem-se com o objetivo de fazer da Catalunha uma República independente.
Afinal, foram estes três partidos que aprovaram no Parlamento a Declaração Unilateral de Independência que motivou a posterior suspensão da autonomia regional decretada pelo Governo de Mariano Rajoy. Com as sondagens a indicar que este bloco pode conseguir maioria absoluta, a Catalunha arrisca-se a regressar à situação política em que se encontrava antes de ter sido aplicado o artigo 155.
No caso de os independentistas não atingirem a maioria absoluta no hemiciclo de Barcelona, o resultado não se apresenta mais simples. As sondagens indicam ser pouco provável que o bloco constitucionalista consiga uma maioria absoluta, atribuindo-lhe um máximo de 58 deputados. Isto porque, na equação política catalã, entra o Comuns, partido próximo do Podemos e que lidera atualmente a autarquia de Barcelona.
Este partido apresenta-se contra a independência da Catalunha mas também rejeita a aplicação do artigo 155. Esta força política, que deverá conseguir entre dez e 11 deputados, defende a realização de um referendo à independência e poderá ter nas mãos o futuro da Catalunha. Uma das questões é precisamente essa: em caso de não haver maioria absoluta nem do bloco independentista nem do constitucionalista, quem vai o Comuns apoiar?
As respostas desta noite eleitoral começam a ser reveladas a partir das 20h00 locais (19h00 em Lisboa).
17h10: Perto de 68% já votaram
67,96 por cento dos eleitores da Catalunha votaram nas regionais desta quinta-feira até às 18h00 locais (17h00 em Lisboa). A taxa de participação é superior à verificada nas últimas regionais, que se realizaram em 2015 (63,12 por cento). Os dados foram revelados pela Generalitat da Catalunha.
Urnas abertas desde as 9h00
As assembleias de voto abriram às 9h00 desta quinta-feira para que os 5,5 milhões de catalães pudessem depositar o seu voto nas urnas. Prevê-se uma baixa taxa de abstenção entre um eleitorado que se apresenta fraturado.
Pelas 13h00, segundo dados publicados no portal da Generalitat, a participação era de 34,7 por cento, cinco décimas abaixo do processo eleitoral de setembro 2015.
São três as frentes que se debatem nestas eleições de significado histórico: os independentistas, representados pelos partidos JuntsxCat, de Charles Puigdemont, ERC e CUP; os “constitucionalistas”, que rejeitam a independência, o Ciudadanos de Inés Arrimadas, o PSC e o Partido Popular; há ainda o Comuns (CatECP), que se distancia do artigo 155 e do caminho unilateral de independência.
Esta é a terceira vez, em cinco anos, que os catalães são convocados às urnas e o resultado vai comprovar se o bordão adotado pelos independentistas - uma “maioria social” - constitui ou não uma realidade.
Há cerca de um milhão de indecisos, de acordo com as últimas sondagens.