Os presidentes dos EUA e de Cuba falaram das suas divergências, e também dos interesses comuns, que fundamentam uma perspectiva de cooperação.
Segundo o presidente cubano, o seu país tem uma visão ampla dos direitos humanos, incluindo neles o direito à alimentação, à saúde, à educação, à habitação e a um salário igual para trabalho igual.
Mas Raul Castro sublinhou que este entendimento não o impede de querer uma coexistência civilizada com os EUA. Afirmou que o afrouxamento do bloqueio económico contra Cuba consiste numa série de passos da Administração Obama, positivos mas insuficientes, sendo esse bloqueio o principal obstáculo ao desenvolvimento económico de Cuba.
Barack Obama confirmou a existência de divergências profundas e reclamou-se da defesa da democracia, da abertura política e económica. Reconheceu contudo que Cuba tem no seu activo realizações importantes, na área da educação e da saúde.
Segundo o presidente norte-americano, as críticas cubanas sobre a pobreza e as relações raciais nos Estados Unidos são bem vindas, tal como pretende, ele próprio, poder pronunciar-se sobre a evolução da política cubana.
Obama afirmou, no entanto, que os EUA não pretendem ingerir-se na política cubana, e que esta deve ser livremente decidida pelos próprios cubanos. O presidente norte-americano homenageou o inspirador da luta pela independência cubana contra a colonização espanhola, José Martí.