Por um dia, as principais cadeias de notícias da televisão norte-americana, como a CNN ou a Fox, esqueceram sexta-feira a guerra no Iraque para se dedicarem quase exclusivamente a um processo que apaixona a América há cinco meses.
Trata-se do julgamento de um homem de 32 anos, Scott Peterson, acusado de ter assassinado a sua mulher, uma beldade morena, grávida de oito meses, e cujo cadáver terá feito desaparecer na baía de São Francisco.
O réu, um homem com ar sexy e cuja cara é conhecida agora de todos os norte-americanos, foi sexta-feira à noite considerado culpado do assassínio em primeiro grau da sua mulher Lai e de homicídio em segundo grau da criança que ela trazia no ventre.
O júri esteve reunido durante sete dias antes de pronunciar o veredicto, devendo reunir-se de novo a 22 de Novembro para decidir se Scott Petterson vai ser condenado à morte por injecção letal ou a uma longa pena de prisão.
A decisão do júri foi anunciada às 21:00 de Lisboa mas muitas horas antes e depois as atenções das principais cadeias de notícias estavam centradas neste assunto, esquecendo todo os outros temas das actualidades interna e internacional.
Laci Peterson, uma professora de 27 anos, tinha desaparecido na véspera do Natal de 2002.
Quatro meses depois, o seu corpo, sem cabeça, e os restos do feto foram encontrados numa margem da baía de São Francisco.
Pouco depois do desaparecimento de Laci, Scott Peterson foi detido em San Diego, detectando-se a presença de sangue nos cabelos e barba.
Durante o processo, foi revelado que Scott mantinha uma ligação com outra mulher, Amber Frey, que afirmou, por entre lágrimas, que desconhecia que o seu amante era casado.