A cápsula espacial CST-100 Starliner tem a sua estreia no espaço marcada para sexta-feira e poderá transportar os primeiros astronautas no verão do próximo ano, anunciou hoje a Boeing, que construiu o novo veículo.
O lançamento da cápsula - que viajará até à Estação Espacial Internacional (EEI) e fará uma manobra de acoplagem levando a bordo um boneco de testes carregado de sensores que irão recolher dados sobre todos os sistemas da cápsula durante as diferentes fases da viagem - é o último teste antes do primeiro voo tripulado ao serviço da agência espacial dos Estados Unidos (NASA) previsto para o verão de 2020.
A CST-100 Starliner levará também presentes de Natal e guloseimas para os seis astronautas atualmente a bordo da EEI e 500 sementes de árvores semelhantes às que voaram para a lua na missão Apollo 14, em 1971.
Chris Ferguson, que comandou o último voo do vaivém espacial da NASA em 2011 e se tornou o astronauta-chefe da Boeing foi designado, juntamente com dois astronautas da NASA, para a primeira tripulação da CST-100 Starliner, que será lançada por um foguetão Atlas V, da empresa United Launch Alliance, uma das empresas privadas contratadas pela agência espacial norte-americana para operarem veículos espaciais.
A CST-100 Starliner, para cujo desenvolvimento a Boeing recebeu da NASA quatro mil milhões de dólares, será a primeira cápsula espacial dos Estados Unidos a aterrar no solo - as cápsulas do programa Apollo caíam no oceano - e deverá ser reutilizada para uma segunda missão.
Informação divulgada pela Boeing indica que a CST-100 Starliner, com cinco metros de altura e 4,5 metros de diâmetro, pode transportar até sete pessoas. O gigante da indústria aeronáutica anunciou que pretende vender lugares a bordo da cápsula destinados a investigadores particulares ou turistas.
Na sexta-feira, a manequim Rosie seguirá a bordo da cápsula espacial vestida com um fato de macaco azul e usando na cabeça um lenço vermelho com bolas brancas, numa evocação da operária que ilustrava um poster de mobilização dos americanos para o esforço de produção industrial durante a segunda guerra mundial com a frase "we can do it" (nós conseguimos).