O presidente chadiano, Idriss Deby Itno, afirmou que a situação está "totalmente sob controlo" na capital chadiana, onde foi destruída hoje de manhã uma coluna de rebeldes.
"A situação está completamente sob controlo. A coluna (rebelde) foi destruída (Ó) e fizemos prisioneiros", assegurou o presidente chadiano num contacto telefónico com a Rádio France Internationale.
Deby confirmou que os rebeldes da Frente Unida para a Mudança, que qualificou de "mercenários do Sudão", tinham conseguido chegar perto da Assembleia Nacional, onde ocorreram confrontos, mas insistiu em que a situação está totalmente controlada.
Os "mercenários" conseguiram fazer uma incursão até à capital porque "os deixámos ir até ao sítio onde os esperávamos. Foi um suicídio. A sepultura esperava-os em N`Djamena", adiantou.
Afirmou, noutro passo, que, por enquanto, as forças chadianas são suficientes para fazer frente à ofensiva e negou aviões franceses tivessem participado "directa ou indirectamente" nos combates de hoje de manhã.
"A aventura (dos rebeldes) terminou" e "a calma regressou", sintetizou.
Entretanto, o ministério da Defesa francês negou formalmente qualquer bombardeamento de cidades do leste do Chade por aviões militares franceses, como indicara um porta- voz dos rebeldes da Frente, em Paris.
Na óptica do presidente chadiano, os acontecimentos de hoje são "mais uma prova das reiteradas tentativas de desestabilização" do Chade, "de forma programada", pelas autoridades de Cartum.
Nesta sequência, instou o Sudão a "deixar de desestabilizar o Chade" e a comunidade internacional a "condenar o que acaba de acontecer".
O representante da Frente em França e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Chade, Laona Gong, afirmou quarta- feira à noite que os rebeldes controlam "mais de 80 por cento" do território e que o seu único objectivo é "relançar o processo democrático".
A França colocou terça-feira em estado de alerta o seu dispositivo militar no Chade, que inclui 1.200 soldados, e enviou para N`Djamena 150 soldados estacionados em Libreville no Gabão.