Os candidatos Carlos Neves e Aurélio Martins entregaram hoje no Tribunal Constitucional (TC) documentos para a formalização das respetivas candidaturas às eleições presidenciais de 18 de julho, em São Tomé e Príncipe.
"Eu decidi avançar para esta corrida às eleições presidenciais tendo em conta a minha longa vivência desse país, profundo conhecimento que tenho da sociedade são-tomense e dispondo-me a sujeitar-me ao escrutínio dos eleitores no sentido de ajudar São Tomé e Príncipe mais uma vez a seguir em frente na via do progresso", afirmou Carlos Neves.
Oriundo da coligação UDD-MDEFM, Carlos Neves está confiante de que o povo "vai fazer a escolha certa" entre os mais de uma dúzia de candidatos que concorrem ao cargo de Presidente da República no escrutínio de 18 julho, prometendo fazer a apresentação pública do seu manifesto eleitoral "dentro de dias".
"Os eleitores são-tomenses já têm maturidade suficiente para avaliar todos os candidatos. Eles vão ver o perfil de cada candidato, vão ver a sua história, o seu passado e em função disso tomarão a decisão que acharem mais certa", considerou.
O candidato defende a união dos são-tomenses, o combate à corrupção e a transparência na gestão da coisa pública nas mensagens que vai levar às populações.
"Uma delas é a da união dos são-tomenses, acabar com a cultura do ódio que infelizmente acentuou no nosso país e que só dificulta o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, outra mensagem é que devemos ter um Estado mais transparente", explicou.
"Isto obriga a que o sistema judicial funcione na sua plenitude e isto é um combate que o Presidente da República deve fazer com acutilância para que o país seja reconhecido tanto interna como externamente como um país onde se pode fazer investimentos", acrescentou Carlos Neves, que defende também "um combate muito forte à corrupção".
Aurélio Martins também formalizou hoje a sua candidatura junto do TC, através do seu mandatário, José Luís Vera Cruz.
Martins concorre às eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe pela segunda vez em 10 anos, tendo desta vez como objetivo "vencer o pleito eleitoral".
"O objetivo do nosso candidato é manter o país num clima de paz, estabilidade para permitir o seu desenvolvimento em benefício de todos os cidadão são-tomenses", disse José Luís Vera Cruz.
Antigo presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), Aurélio Martins avança para a corrida como independente e acredita na possibilidade de vencer as eleições, não receando a divisão de votos que vão provocar as diversas candidaturas, cinco das quais das fileiras do seu próprio partido.
"São Tomé e Príncipe pode ser muito próspero, desde que tenha à frente dos seus destinos um candidato honesto e de confiança. Vamos basear a nossa campanha incutindo nos eleitores mensagens de prosperidade e acreditamos que o nosso candidato é capaz de mudar o quadro que vivemos, mudar o panorama social deste país", explicou o mandatário.
A cerca de dois meses das eleições presidenciais, marcadas para 18 de julho, perto de uma dezena de políticos já formalizaram a sua candidatura, mas vários outros já anunciaram a intenção de entrar na corrida ao `Palácio Cor de Rosa`, incluindo pelo menos cinco militantes do MLSTP-PSD, partido no Governo.